Part.3

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Pegamos um táxi logo de manhã, o dia estava ensolarado, pedindo uma praia, o trânsito não estava um dos melhores mas uma horinha depois chegamos no nosso antigo condomínio.
-Filha, me ajude aqui com as malas!- disse a minha mãe quase gritando.
Eu não estava no meu ótimo humor, acho que estava de tpm ou sei lá, mas estava sem saco pros gritinhos histéricos da minha mãe.
Apartamento 203, me lembro como se fosse hoje, passei uma boa parte da minha vida aqui, e hoje eu tô voltando pra realmente ficar.Não sei porquê, mas me bateu uma saudade do passado, assim que destranco a porta, ajudo minha mãe a levar as bagagens, o lugar está um pouco empoeirado, mas nada que uma boa limpeza ajude.
Começo tirando os plásticos que encapavam alguns objetos nossos, tudo ainda estava no lugar, só que com o tempo algumas coisas precisavam ser jogadas fora.Algumas horas depois, e eu minha mãe terminamos a faxina, e o apartamento está um brinco!
Tudo limpinho, como era, assim que finalizamos, minha mãe foi se apressar em fazer o almoço, e eu fui tomar uma bela ducha, porque eu precisava e muito.
Após o almoço, que foi uma bela macarronada( Amo de paixão! 😍), fomos assistir um pouco de Tv, e minha mãe foi dormir, antes que ela se deitasse, pedi a ela se eu pudesse caminhar um pouco pela orla, e ela deixou.
Nada se compara com aquela brisa batendo no meu rosto, acho que eu sentia falta desse lugar, da areia entre os meus dedos, do sol de 40 graus, já estava no final da tarde, e eu decidi ir com um shortinho jeans, uma regata e minhas havaianas mesmo.
Prendi meu cabelo em um coque solto, e lá fui eu, com meu celular no bolso, caso minha mãe decidisse me ligar.
Sei que vai ser uma barra pra mim, porque a maioria dos meu amigos ficaram lá, e só tenho uma semana antes de voltar a minha rotina normal.
Colégio, amigos novos, já passei por isso uma vez quando fui morar no exterior, mas aqui é diferente, lá eu tinha uma vida, e aqui eu vou começar do zero.Parei em um quiosque pra tomar uma água de coco, e viajando em meus pensamentos, quando do nada uma menina me para me pedindo informação e me tirando do transe.
-Oi, dá licença rapidinho, tava te observando de longe e vc se parece muito com uma amiga minha, sei que é estranho eu te perguntar isso, mas qual o seu nome?-A menina loira me pergunta.
-Sou a Giovanna, e o seu?- eu pergunto.
-Prazer, Gabriela, e me cumprimentou com dois beijinhos.Em um momento, pensei que ela meio que chegou em mim pra me paquerar e tal, mas ficamos conversando ali, e nem vi o tempo passar, contei um pouco do meu dia pra ela, e ela fez o mesmo.
-Desculpa te falar isso, mas jurei que vc fosse dar em cima de mim, e que tinha usado aquilo como desculpa.- eu falo pra ela morrendo de rir.
-Que nada, amor, dá fruta que vc gosta eu como até o caroço- ela diz e caímos na gargalhada juntas.Conversa vai, conversa vem, olho na tela do meu celular minha mãe me ligando, e meio que entro em desespero, já estava tarde, e me despeço da Gabi, dei meu número pra ela, e prometemos manter contato.Fui voada pra casa, minha mãe deveria estar uma fera por eu não estar em casa ainda, mas não importa, até que meu dia terminou bem.
Entrei na pontinha do pé, mas ela estava na sala e com uma cara de que ia matar alguém, expliquei pra ela o que tinha acontecido, e meio que ela entendeu, mas falou que não queria que isso se repetisse.
Não gosto desse jeito da minha mãe querer me proibir de tudo, ela sabe muito bem como eu sou, bato a porta com força já irritada, desses pitis dela.
Tomo o meu banho, escovo os meus dentes e coloco meu baby doll de pimentinha( ganhei de aniversário do um amigo, Foto na multimídia) e decido dormir que é a melhor coisa que eu faço.

Você de NovoOnde histórias criam vida. Descubra agora