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Pegamos o carro, saímos pelos fundos da casa, lá estava tão cheio que nem perceberam nossa fuga.Sem dar satisfações ou reclamações, partimos pra festa, e eu já estava mais do que ansiosa para que chegássemos lá.
No finalzinho da tarde a música já rolava solta, pessoas de todo canto cada vez chegavam, e traziam consigo caixas e mais caixas de bebidas.Já estava anoitecendo e eu me divertia como nunca, Gabi gritava e pulava freneticamente conforme a música, e eu claro a acompanhava nessa loucura.
Já tinha bebido tanto que via as coisas girando a minha volta, Felipe de longe estava em uma roda de amigos com algumas garotas dançando.Eu e Gabi chamamos ele umas dez vezes e tentamos arrastar ele pra pista de dança, mas ele recusava.Acho que não estava bêbado o suficiente pra fazer nenhuma besteira, ou até enlouquecer junto com a gente.Desliguei meu celular, se era pra curtir, que eu me divertisse sem ninguém me enchendo o saco, essa era minha noite, e ela é uma criança.
Tô voltando aos poucos a vida baladeira, minha mãe achou que vindo pra cá eu fosse me acalmar, ou até mudar, e mais uma vez ela estava errada.Fiz tanto besteira lá fora, fui presa dirigindo alcoolizada logo no meu aniversário de 16 anos, e no mesmo dia bati feio com o carro do meu pai(prometo que conto depois com detalhes).
E mesmo ter feito tudo isso, não levo nas costas nenhum arrependimento.
Só um, mais isso eu conto mais pra frente.Meus pais não entendem meu modo de levar a vida, e por causa desse motivo, houveram tantas brigas.
Acho que o álcool tá fazendo efeito, porque essas memórias passam como um sonho na minha mente, e depois disso eu apaguei.
-Sua retardadaa!Pensei que tivesse morrido, tá caída aí no chão porque?-A vaquinha colorida alcoolizada pergunta.
-É porque eu queria sentir a maciez desse chão sabe, aí eu não aguentei e tive que me deitar aqui-Falo ironicamente pra ela.
-Palhaça, vou dar na sua cara se continuar sendo debochada haha- Ela ri e mostra a língua.
Felipe que chegava perto de nós, estava morrendo de rir da situação, dava pra perceber o quanto estava chapado de caipirinha, ria que nem criança, acho que eu já estava um pouco sóbria.
Sem ele nem perceber ou sentir, enfiei minha mão em seu bolso da bermuda e peguei as chaves do carro.Ele não ia fazer falta de nós duas, pelo menos por enquanto.
Puxei a Gabi até onde o carro estava estacionado, ela tava muito ruim, e eu ria das barbaridades que ela falava.Ela sem entender nada, e choramingando que nem bebê que não queria ir pra casa, só enfiei ela dentro do carro a força mesmo, liguei o carro e fui dirigindo sem mal saber pra onde estávamos indo.
Parei em um barzinho gay no centro da cidade, e aceitaram nossas identidades falsas, entramos e zoamos muito, o Enzo, colega da Gabi, estava lá por coincidência e a bebida foi por sua conta.Ele teve que praticamente levar a gente, porque estávamos embriagadas de bebida e de sono.Só lembro de ter dado as chaves a ele, e dormido no banco de carona na volta pra casa.Gabi falava coisa com coisa, estava um porre e ainda chata.Coitado do Enzo que teve que escutar as asneiras da vaquinha colorida, que estava tão mal quanto eu.
Ele nos deixou na minha casa, por sorte minha mãe estava cuidando da vovó, e dormiu lá de um dia para o outro.A casa só pra gente, que maravilha!
As duas cambaleando quase caindo com os braços entrelaçados uma na outra, como apoio.Nem sei como cheguei em casa sem nenhum arranhão e ainda viva, só lembro da metade das coisas que eu fiz lá, o resto o Enzo depois conta pra gente.Combinei com ele, de ainda no mesmo dia eu e a Gabi pegarmos o carro na casa dele, o Felipe deve estar nos procurando feito louco, ainda mas pelo o sumiço do carro.
Eu não roubei, só peguei emprestado pra dar umas voltinhas, nada de mais.
Aquela festinha já estava ficando fraca, e como a minha empolgação tava a mil, parti pra outra.A Gabi acabou dormindo no chão da sala e eu jogada no sofá praticamente babando.Madrugamos literalmente, e eu estava com saudades das minhas aventuras, viver perigosamente, a adrenalina de só agir por impulso, eu tava precisando disso.Os meus problemas desaparecem e o efeito dela é como droga no meu corpo, quanto mais eu experimento, o vício se torna maior.
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Você de Novo
Fiksi RemajaApós algum tempo, o destino vem bagunça um pouco a vida de Gi e do Dani. Antes amigos inseparáveis, mas uma viagem inesperada fez com que tudo isso terminasse, só que anos depois, o reencontro e a partir daí tudo começa a mudar. Um amor platônico,co...