Aquele certo...

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Um mês. Exatamente um mês para postar. Sinceramente, minha vida anda movida a coincidências. 

{...}

Eu havia acordado no final da madrugada, e ficar olhando para aquele quarto exageradamente luxuoso estava me deixando desconfortável. E mesmo sentindo que eu estava ultrapassando os limites da hospitalidade de Luque, sai do quarto de hospedes com um cobertor enrolado no corpo, e fui caminhando lentamente pelo apartamento, tentando não fazer muito barulho, porque com certeza não seria agradável eu interromper o sono do Luque. Passando pela sala de estar, me aproximei da porta da varanda e a abri cautelosamente.

Senti uma brisa leve bater no meu rosto, que por reflexo me fez apertar o cobertor um pouco mais forte em volta do meu corpo. Deixei a porta aberta e me sentei em um sofá que estava próximo. Respirei fundo sentindo o ar gelado da manhã, enquanto ele resfriava os meus pulmões. Os primeiros feixes de luz do sol estavam começando a surgir dentre o mar de prédios, o que ajudava no controle da temperatura.

— Eu não faço ideia de onde eu estou — Murmurei. Eu estava tão atordoada e enjoada na noite anterior, que sequer a ideia de olhar as placas do bairro passou pela minha cabeça.

O barulho abafado de uma ambulância era capaz de ser escutado mesmo da altura o qual aquele apartamento ficava, olhei para a rua, e comecei a segui-la com os olhos até fazer a curva em uma rua e seu barulho ir abaixando gradativamente até sumir. Eu gostava de ouvir o som dos passarinhos de manhã quando acordava na minha antiga casa, mas agora o barulho de ambulâncias, carros de policia, e de conversas no metrô eram os sons que eu geralmente escutava de minha manhã, e por mais estranho que isso possa ser, eu estava me acostumando.

— Pensei que você tivesse indo embora — Ao invés de virar meu rosto assustada em sua direção apenas me deixei corar de vergonha.

Acredito que não seria nenhum sacrifício ele chegar de uma forma menos sutil para que eu pude-se ouvi-lo andando ou quem sabe não se anunciar de forma tão sarcástica e triunfal.

— Sinto muito e-eu... — Antes que eu acabasse de falar, fui brutamente interrompida.

— Você não cometeu nenhum crime vindo até aqui — Disse por fim.

Permaneci calada. Ele soltou um breve suspiro e se sentou do meu lado em cima de uma parte do cobertor. Ele encarou os prédios, calado com sua costumeira expressão, neutro. Discretamente eu o olhava de canto. Ele se encontrava em uma situação inusitada e minha maior vontade naquele momento era tirar uma foto sua e espalhar pelo escritório. O seu rosto ainda um pouco inchado do sono e o cabelo completamente bagunçado.

Ficamos ali algum tempo à trilha sonora do barulho dos carros que passavam na avenida, até Luque quebrar o silencio que reinava entre nós dois.

— Vamos tomar café — Aquilo não era uma pergunta, mas não soou como uma ordem.

— Irei, em um minuto — Disse, eu tinha que ir ao banheiro antes.

Ele se levantou com calma e entrou novamente no apartamento, dobrei o cobertor e levei até o quarto colocando-o na cama. Fui rapidamente até o banheiro e escovei os dentes com uma escova de dente que estava guardada no armário do banheiro — Ela estava na embalagem, então imaginei que fosse caso uma visita precisa-se — Acabei o que eu tinha que fazer no banheiro e fui até a cozinha encontrar Luque.

Ele estava apoiado na bancada enquanto bebia o que parecia ser uma xícara de café, ele sentiu minha presença e trouxe seu olhar em minha direção. Sentei em um pequeno banco que estava do lado oposto da bancada

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⏰ Última atualização: Dec 08, 2016 ⏰

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O Príncipe e a ExecutivaOnde histórias criam vida. Descubra agora