O Reencontro

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LUNNA

Eu não tinha certeza se ele viria. Na verdade, não tinha certeza de absolutamente nada, muito menos da loucura que eu estava prestes a cometer. Estava em Los Angeles há alguns dias e sabia que em um momento ou outro eu o encontraria. Estava cansada de me esconder, de ver nas revistas com quantas namoradas ele saia.

Essa última, por Deus, parecia um grito de desespero. Ele parecia estar com ela única e exclusivamente para me atrair de volta e estava conseguindo.

Mas isso não era só por ele, era por mim também. Eu não suportava mais. Ele errou ao me trair, mas meu lado maduro entende toda a situação. Terminamos daquela forma tão dolorosa e acho que o tempo nos fez repensar muitas coisas. Eu repensei e repassei esse filme diversas vezes nesses últimos cinco anos e já era hora de tomar uma atitude.

Foi quando pintou o convite da Rolling Stone e eu, de imediato, aceitei. Sou fã da revista há muito tempo e seria uma ótima oportunidade de reencontrá-lo. E deu certo.

Ao chegar à festa eu fiquei de costas de propósito. Aliás, tudo naquela festa era de propósito, inclusive esse vestido maravilhoso e sexy que encontrei na Versace. Nunca fui de comprar essas coisas caras e extravagantes, mas o momento e o objetivo pediam algo do tipo.

Quando fui informada de sua chegada respirei fundo e bebi uma taça de champanhe quase de um gole só. Depois peguei outra e fiquei com ela nas mãos, só bebericando, pra fingir que era chique (na verdade, esse mundo de "glamour" é cheio de gente fútil e vazia, coisa que eu nunca fui e nunca serei).

Quando recebi o sinal de que ele estava me observando atenta e avidamente eu resolvi me retirar e seguir para a área externa. Inventei uma desculpa qualquer para aqueles senhores e me dirigi ao lado de fora do salão. Conversei atentamente com o funcionário, pedi que não permitisse que ninguém passasse, a não ser o Taylor. Alguns dólares na mão do rapaz e tudo estava resolvido.

Sai e esperei. Não demorou muito e eu senti o clima mudar. Nossa conexão era incrível. Eu estava de costas, observando a cidade vista de cima. Muitas luzes enfeitavam a noite e mal se podiam ver as estrelas. Ouvi seus passos quietos... Acho que ele estava tão nervoso quanto eu. Senti um sopro de vento passar e percebi que ele parou (será que sentiu o meu cheiro?)...

Depois recomeçou a dar passos leves, chegando mais perto. Senti seu calor ao se aproximar de mim... Que saudade que eu tinha desse corpo quente... Ele tocou os meus braços e eu fechei os meus olhos. Senti-o ainda mais perto, seu corpo me aquecendo as costas. Senti seu narizinho gelado e seus lábios carnudos tocarem meu pescoço... Minhas pernas quase desfaleceram.

Em poucos segundos tudo o que vivemos estava mais vivo ainda em minha memória. Minha pele estava arrepiada, senti que estava excitada (minha intimidade estava rígida e molhada instantaneamente e meus seios, meu ponto fraco, estavam com os bicos duríssimos... Esse era o efeito que ele me causava). Sentindo o corpo dele colado ao meu eu falei:

– Eu sabia que você viria...

– Estive esperando todo esse tempo. – ele me respondeu com aquela voz grossa e rouca, perto do meu ouvido. Eu era capaz de transar com ele ali mesmo, mas eu teria que ser forte por nós dois.

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