Almoço de Família Parte 3 - Escapadas

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LUNNA

Eu tava de bobeira na minha mesa, vendo as cenas que aquela pirralha estava fazendo pra impedir o Taylor de me olhar. Coitada! Tenho pena de pessoas inseguras. Ela está desesperada.

Falo isso sem pretensão alguma, mas ela sabe que vai perder essa batalha, seja pra mim ou pra qualquer outra mulher. Pessoas como ela não ficam muito tempo com alguém, porque ninguém agüenta muito tempo esse comportamento.

Eu ria muito. Nossa! O coitado estava entediado, nervoso. Eu o conhecia bem e sabia que ele queria sair dali voando. Foi quando eu vi, do lado da mesa do Buffet, um enorme freezer, cheia de sorvetes e picolés. Levantei e fui até lá. Tinha um garçom tomando conta do lugar.

– Bom dia moço.

– Bom dia. Você é aquela moça das olimpíadas?

– Sim, sou eu mesma.

– Eu sou seu fã! Você é danada, hein? Corre demais.

– Ah, obrigada! – respondi sem jeito. Estava no papo.

– Você tira uma foto comigo? – disse ele tirando um celular do bolso

– Claro! – ele me entregou o aparelho. Juntei-me a ele e tirei a foto.

– Obrigado! Você é muito simpática. Quer um picolé? – e eu nem precisei pedir.

– Ah, sim! Aceito sim, claro! Vim aqui justamente pedir um...

– Olha, não fala pra ninguém, mas eu só posso abrir esse freezer depois que o almoço é servido. Vou te dar um e a senhorita sai correndo escondido, ta certo?

– Fechado!

Ele me entregou o picolé e retribui a gentileza com um beijo em sua bochecha. Ele ficou feliz e vermelho. Sai escondido como ele pediu. Estava tudo a meu favor.

Sai discretamente e me coloquei perto de uns arbustos bem frondosos, logo de frente pro Taylor. Nossa! Ele estava realmente muito bonito. Seus olhos escuros e brilhantes, naquele momento, estavam tristes e preocupados. Minha idéia faria com que ele se animasse.

Aproveitei um momento em que ele mexia o pescoço e dei alguns sinais. Ele me viu. De repente sua fisionomia mudou. Com o picolé nas mãos eu baixei meus óculos e olhei pra ele com a cara mais pervertida que eu poderia fazer. Fui tirando a "roupinha" do meu sorvete e joguei o papel no chão (dane-se o Greenpeace!).

Ele percebeu o que eu estava fazendo. Comecei lambendo aquele picolé enorme de baixo para cima, sempre trocando olhares com o meu homem. O queixo dele caiu e o seu olhar mudou de triste para fascinado. A cada movimento que eu fazia o rosto dele ficava mais e mais nervoso. Ele estava gostando, eu sabia.

Ele estava completamente entregue a mim quando a rãzinha derrubou uma xícara de chá em cima da mesa. Ele se assustou com o gritinho que ela deu. Rapidamente ele disfarçou e limpou a sujeira dela. Coitado! Seus dotes de ator estavam lhe servindo muito bem naquele momento.

Ele simulou um sorriso e verificou se a Selena estava desconfiada. Quando viu que a sua companhia estava novamente tagarelando ele voltou a me olhar. Eu estava sorrindo pra ele, maliciosamente. Enfiei o picolé quase todo em minha boca, imaginando que estava engolindo vorazmente "outra" coisa. Eu tirava e colocava na minha boca, fazendo leves movimentos de 'entra-e-sai', sempre encarando-o. Ele estava perplexo com minha atitude, e ao mesmo tempo amando tudo o que eu estava fazendo. Nem sequer piscava!

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