A Entrevista

17 0 0
                                    


TAYLOR

Voltei pro salão e Lunna estava lá, sentada numa mesa e dando autógrafos. Peguei uma das revistas e folheei até encontrar as tais fotos sensuais. Nossa! Gostosa era pouco pra definir o corpo daquela mulher. Estava em fotos seminua, de lingerie em um quarto de hotel, e também tinham fotos ao ar livre, de biquíni (e algumas sem a parte de cima dele, mas sempre cobrindo os seios de forma sutil e delicada). Vi que ela tinha feito uma tatuagem no ombro, de borboleta e tinha escrito no antebraço direito a palavra "liebe" (amor em alemão).

Procurei me concentrar mesmo na entrevista. Queria saber o que ela falou de si mesma, queria saber o que estava pensando, como estava vivendo, como estava seu coração.

"Era um lindo dia em Nova York. O sol brilhava intensamente e o clima era agradável. Era difícil ver isso numa cidade como aquela. Acho que era coisa do destino. Estávamos prestes a encontrar com uma das maiores campeãs do Triátlon atual, o 'Orgulho Canadense' Lunna Benner, e uma figura marcante como aquela merecia ser presenteada com o sol."

É, nisso o repórter tem razão. Ela é mesmo o sol!

"Lunna apareceu no estúdio de jeans claro, camiseta regata branca, uma bolsa enorme Adidas azul bebê e um All Star branco nos pés. Os cabelos estavam presos num rabo de cavalo. Óculos estilo aviador Ray Ban, um relógio azul turquesa, gloss, blush clarinho pra dar um ar de saúde aquela moça já tão saudável."

Saudável também era pouco. Nunca vi uma pessoa tão light em toda a minha vida. Toda a sua alimentação era balanceada, nada de frituras, carboidratos, doces ou qualquer coisa que a fizesse engordar. Ela, como toda humana normal, às vezes fugia da dieta, mas no dia seguinte corria o dobro pra perder as calorias.

"Ela tinha um sorriso convidativo, radiante. Era uma moça simples, de conversa fácil. Quando alguns bajuladores de plantão vieram até ela oferecer-lhe mordomias ela disse que não era necessário nada daquilo: 'Sou como vocês, uma pessoa normal. A diferença é que nosso trabalho atinge um plano maior que o comum.', ela respondeu. A entrevista fluiu de maneira natural, quase como se nos conhecêssemos por uma vida inteira. Se encante você também por essa criatura incomum".

Gostei muito desse começo. Ela não tinha mudado em nada, apenas melhorado em suas qualidades infinitas.

ROLLING STONE: De onde surgiu a inspiração para o seu nome?

LUNNA BENNER: Meu pai estudou astronomia por muito tempo. Pesquisava sobre a lua, até hoje é fascinado por ela. Daí quando se casou e mamãe ficou grávida, ele logo disse que era uma menina e que se chamaria Lunna.

RS: E como surgiu a paixão pelo Triátlon?

LB: Sempre gostei muito de esportes, desde pequena assistia com meu pai aos jogos do nosso time de Hóquei na liga Canadense. Daí, na escola, eu fui participando de várias coisas: Dancei, joguei vôlei, fiz natação. Mas quando entrei na faculdade eu fui começando a pensar nas minhas possibilidades olímpicas. Eu já pensava alto, sabe? Daí juntei as coisas que eu mais gostava e deu Triátlon.

INCOMPLETEOnde histórias criam vida. Descubra agora