INCOMPLETE

Room on Fire

LUNNA

Ele não para de folhear essa revista. Ele nem sequer pisca. Ele vai ler tudo o que eu falei. Ah, que vergonha! Eu poderia ter feito isso de maneira mais sutil. Poderia ter entrado em contato com o agente dele e nós teríamos conversado em particular. Mas eu queria me exibir. Maldita Vaidade!

Agora já era! O jeito era continuar com isso. E o que era aquela menina? Quem namoraria uma criança daquelas? De fato ele estava desesperado. Ele pode arranjar coisa muito melhor...

Mas eu conheço aquela menina de algum lugar, não sei exatamente. Garanto que não vi nenhum filme dela, isso eu sei com certeza. Mas acho que seu rosto não me é nada estranho.

O Taylor estava no meio do salão. Ele sorria alegremente, bebendo champanhe, conversando com umas pessoas e fazendo fotos. Acho que ele não é louco de vir aqui.

Mas que nada! Que boca maldita. Ele está olhando pra cá, está vindo em minha direção. Chegou... Controle-se! Entrou na fila com a revista. Fotógrafos perto dele. Amanhã sai fofoca na certa. Mas danem-se!

– Boa noite... – disse ele com um sorrisinho cínico.

– O que você tem na cabeça?

– Nada! Sou apenas um convidado da festa.

– Com certeza! – respondi irônica.

– Então você foi noiva... – perguntou ele cheio de ciúmes.

– Claro que não!

– Claro que foi! Não mente pra mim.

– Isso não é da sua conta.

– Eu quero saber...

– Como se tivesse o direito.

– AÊ, RAPAZ! TÁ ATRAPALHANDO A FILA! – gritou um homem lá longe.

– Como você quer que eu assine? – perguntei com um sorriso amarelo.

– "Com amor, Lunna". – respondeu o safado.

– Está certo... – comecei a rabiscar – aqui está seu exemplar.

– UMA FOTO, POR FAVOR! – gritaram os paparazzi.

– CLARO! – respondeu Taylor vindo logo pro meu lado, agarrando minha cintura. – Sorria... – ele cochichou.

– Você me paga! – respondi com meu melhor sorriso.

Todos os fotógrafos pararam na nossa frente e nos bombardearam com seus flashes. Pediam pra ficarmos mais colados e o Taylor obedecia na maior cara-de-pau possível. Ele estava apertando minha cintura, mas logo depois senti seus dedos deslizarem em meu decote. Céus, ele estava me deixando molhada, aquele safado. Ele iria me pagar por isso.

TAYLOR

Eu não permitiria que ela fugisse de novo. Atacaria com todas as armas que eu tivesse em mãos. Resolvi provocar, marcar em cima, não perdoar. Fui até ela e permiti que aquelas fotos fossem feitas. Deslizava sutilmente as pontas dos dedos naquele decote generoso e sentia o corpo dela tremendo levemente. Segurava em sua cintura, colava meu corpo no dela, queria que ela sentisse que eu estava ali e que não sairia de mãos vazias.