A Força Do Amor // Shawn E Troye

12."Posso saber onde você está?"

Já eram quase 8:30 e nem um sinal de Troye, nem ligação, nem mensagem nem nada. Confesso que estava preocupado com essa coisa dele ir dormir na casa da "Prima", até porque, que prima beija primo na boca? Essa história deve estar meio mal contada.

Bem se ele não sente ciúmes, me desculpe, mas eu não sou obrigado a ser igual. Melanie era uma garota bonita, diferente e estranha, mas bonita. Resolvi ligar, e se ele não atendesse, eu já saberia que algo estava errado.

O telefone tocou uma vez, nada, outra, nada, mais outra, nada de novo -minha paciência estava indo pro espaço-, até que na quarta vez, ele atendeu.

-Troye?

-Eu -falou com voz de sono.

-Estava dormindo até essa hora?-perguntei.

-Algum problema?-retrucou.

-Troye -alguns segundos de silêncio-, posso saber onde você está?

-Na casa da Mel.

Mel? Pensei. Quanta intimidade.

-Que tal sairmos hoje?-mudei o tom pra ser mais discreto.

-Pelo o que sei não tenho nada pra fazer, então tá.

-Vem logo pra cá -falei com um ar autoritário.

-Saindo daqui vou passar em casa pra tomar um banho e falar com minha mãe, daí vou pra sua casa.

-Só não demora.

-Beijo -ele se despediu.

-Beijo -retribui.

POV Troye

Shawn estava estranho, como se algo estivesse o incomodando. Nós precisávamos conversar. Eu precisava deixar claro pra ele tudo o que eu estava sentindo, porque se eu queria levar isso pra frente, tinha que ser logo.

Eu havia acordado fazia alguns minutos, mas a preguiça de sair daquela cama e ir enfrentar a vida social estava me consumindo. Me sentei na cama, olhei para o lado e Melanie ainda estava dormindo.
Me levantei, vesti minha camisa que estava na cabeceira da cama, coloquei o celular no bolso da calça e quando me virei novamente, ela estava me olhando.

-Bom dia vadia -me ajoelhei no lado da cama e sorri pra ela.

-Bom dia vadia que transa mal -ela colocou a mão no rosto.

Peguei um travesseiro e joguei na cara dela.

-Quem transa mal é sua mãe -levantei e fui em direção a porta.

-Seu louco -ela se sentou na cama-. A minha mãe não transa. E onde você pensa que vai?

-Buscar sua mãe no ponto -brinquei.

Ela jogou um travesseiro em mim e deu um gritinho.

[...]

Cheguei em casa, minha mãe não estava na sala nem na cozinha, então subi direto pro quarto. Tomei um banho, não muito demorado e logo fui escolher uma roupa.
Peguei uma calça preto, uma camisa cinza com a logo do Nirvana na frente, uma jaqueta de couro preta e um tênis vermelho.
Sai do quarto, e quando desci minha mãe estava na sala.

-Onde pensa que vai?-ela perguntou me olhando de canto.

-Sair -cheguei perto dela e lhe dei um beijo na bochecha.

-Mal chegou e já vai sair?-ela me olhou autoritária- Afinal senhor, onde você passou a noite?

-Mãe, eu dormi na Melanie.