Capítulo 37- Cortejos

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   Guilherme conduz Justine por um breve jardim ao lado e em seguida chegam até ao tapete vermelho e ela fica admirada pela beleza daquela simples decoração que parecia ter saido de seus sonhos.
   Tudo estava lindo; cadeiras separadas em lados diferentes e cobertas por um véu, pétalas brancas ao chão marcando sua chegada ao som da marcha nupcial tocada ao vivo por violinistas, flores desde a entrada até ao arco de núpcias e o mais importante, seu amado á  sua espera, fardado de branco acompanhando com um kappy e uma espada de lado.
   Ao vê-la Hernandes tira seu kappy e o entrega a Marcelo indo se encontrar com a noiva (como no ensaio da cerimônia), que deslumbrava a todos com seu vestido (calda longa, tomara que caia bordado e com pedrarias do corpete até ao véu que cobria seu rosto, segurado por uma singela tiara que imitava diamantes).
   Guilherme conduzia Justine lembrando de cada cena e palavra do dia do ensaio, olhando fixamente para Evelyn sentindo a mesma emoção retribuia-o com sorrisos.
  Ele beija a testa da prima entregando-a em seguida para Hernandes e caminha para o altar, se posicionando ao lado de Evelyn no altar que adimirava seu charme dentro daquele (smolk preto, cabelos curtos e amarrados e ainda de cavanhaque)
   Guilherme também fica encantado com  simplicidade da beleza de Evelyn em um vestido sem detalhes, mangas longas e salmon, comprimentando-a.

- Você estar linda. (Sursurra em seu ouvido beijando em seguida seu rosto)
-Obrigada Guilherme (Sorrir ao falar disfarçadamente) Você também.

   No decorrer da cerimônia Marcelo encontrava-se enfurecido por outro estar em seu lugar ao lado de sua noiva, tentando controlar suas ações e emoções ao perceber os olhares de um para o outro, torcendo para que a cerimônia acabasse logo e pudesse sair com Evelyn daquele local.
   O momento da troca de alianças chega e é Marcelo que vai até ao casal entregar as alianças numa bandeja pequena de alumínio enquanto seus pais também ficavam do seu lado e lhe entregam seus votos.
   Hernandes começa a ler cada palavra antes dita por Guilherme durante o ensaio, emocionando não somente a noiva como também a madrinha, ficando assim um pouco tonta.
   Percebendo a palidez de Evelyn discretamente ele se aproxima pondo a mão em sua cintura procurando tranguiliza-la.

-Evelyn? (Sursurra ao seu ouvido)
-Estou bem. Foi só uma leve tontura.
-Não se preocupe, estarei bem aqui se precisar.

   Após a leitura de Hernandes, é Evelyn e Guilherme que vai até o casal e entrega a Justine seus votos, mas ao abrir o papel Evelyn reconhece sua letra e sobre os olhares agradecidos de Justine esculta com carinho a interpretação da amiga aos seus sentimentos.
   Durante a leitura Guilherme trocava olhares apaixonados com Evelyn ao reconhecer algumas palavras daquele papel e deduzir que eram os votos criado por Evelyn que não havia sido lido naquela tarde, incomodando Marcelo que via toda a cena e procurava se aproximar na surdina da noiva.

- Perdi meus intintos no momento que te vi ( lia Justine a segurar a mão de Hernandes) e em apenas alguns segundos soube que não poderia ser tocada novamente se não fosse pelas suas mãos...

  Evelyn repetia cada palavra do papel junto a Justine com os lábios silenciosamente.

-... E não que não havia distância que limitasse esse estranho desejo de ser completa ao seu lado...

   Justine chorava a cada palavra que lia, sentindo um misto de sentimentos naquele instante; A alegria de estar casando com o homem que ama e a tristeza de estar abrindo uma ferida ainda não cicatrizada na vida de seus dois melhores amigos.

-...Hoje sou sua lua e a única coisa que quero é que fique do meu lado, você não precisa ir...

  Guilherme toca levemente as mãos de Evelyn que ao seu lado podia sentir sua pulsação acelerar.

- ...E se o "pra sempre" for apenas um mito, então uive meu querido, pois, mesmos distantes um do outro saberão que somos um...

   Evelyn podia sentir as palavras  inflamarem seu peito recebendo o conforto da amiga que naquele momento olhava para ela, cúmplice de seus sentimentos.

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