Capítulo 33- Renúncias

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   Evelyn sai daquela sala totalmente destruída por dentro, já havia rejeitado várias ligações de Guilherme, descarregando em Justine toda as suas murmuras.
   Mais tarde um pouco mais tranguila, conduz seu trabalho tendo que com sorrisos enfrentar aquele dia terrível ao lado de Marcelo, passando agora a ser seu porto seguro, mesmo que por um bom período a sua vida houvesse deixado de existir.
   Voltando a sua sala já terminado os trabalhos dos dias, toma coragem para atender a ligação de Guilherme que esperava seu telefonema ancioso durante todo o dia.

-Eve? Até que enfim amor! Já estava para ir ai na empresa pra te procurar. O que houve?
-Amo quando me chama de Eve.
-Sua voz estar tão estranha Eve. Estar tudo bem amor?
-Estou precisando te ver agora.

   Emotiva Evelyn disfarça sua voz tremula e suas lágrimas que maos parecia uma cachoeira, para escultar aquele que deveria ser seu último telefonema.

- Também estou com saudades e esperei sua ligação a tarde toda, ainda estar no trabalho?
-Sim. Acabei de sair de uma reunião longa para um longo dia também. (Suspira sufocada)
-Então vou te buscar. Tenho uma surpresa pra você.
-Você não existe Gui...
-Eu amo você Eve e hoje vai ser o começo de uma longa vida que teremos juntos.
-Precisamos comversar...
-Sim. Temos muito o que falar, agora me deixa desligar. Chego já ai.
-Gui?
-Oi amor.
-Obrigada por tudo.
-Agora estar me preocupando Eve. Você não estar bem.
-Estou só cansada.
-Eu prometo que vou cuidar de você hoje.
-Então vem logo.
-Já estou indo meu amor. Thau.

   Evelyn desliga o telefone não podendo responder a Guilherme deixando-o intrigado e vai até a sala de Marcelo avisar que eatar saindo deixando-o desconfiado.

-Marcelo? Estar ocupado?
-Pra você? Nunca. Entra.
-Não precisa. Só vim avisar que vou sair com Justine e não sei que horas vou voltar.
-Pensei que iamos pra minha casa hoje.
-Desculpa, mas preciso ficar sozinha hoje.
-Eu entendo. Amanhã então?
-Conversamos depois esta bom? agora preciso ir.

   Marcelo vai até Evelyn se inclinando para beija-la, mas ela vira a cabeça para o lado e ele acaba beijando seu rosto e irritado só espera que ela saisse da sala para jogar objetos na parede por saber que era com ele que sua noiva se encontraria.

-Desgracado! Uma noite apenas Guilherme e ela será minha pra sempre...

   Guilherme para o carro na frente da empresa e Evelyn entra silenciosamente, ele beija sua mão e em seguida se distanciam da cidade indo para o litoral norte em direção á Ilhabela.
   Evelyn permanecia calada e distante, pois, não sabia como agir ou falar que havia trocado uma eternidade de alegrias por instantes de felicidades ao lado de Marcelo, enquanto Guilherme naquele mesmo instante feliz programava todo um ritual para o que não sabia ser a última noite ao lado de sua amada.
   Ao chegarem a praia estaciona o carro na sua vaga e em seguida vai para o outro lado abrir a porta do carro para que Evelyn descesse, tirando seu sapato e os dela.

-Onde estamos Gui?
-Em casa. Lembra?

   Caminhando descalço até uma parte escondida da praia, Evelyn emocionada fica imóvel ao ver bem a frente um jantar a luz de velas á sua espera.
   Uma mesa na areia para dois lugares, velas ao chão ao redor da mesa e um pouco afastado uma tenda improvisada com lenços, almofadas ao chão e correntes de luzes pequenas por fora, como uma tenda indiana que apreciava ao voltar a olhar para Guilherme.

-Que lindo!
-Eu prometi e vou cumprir. Esta noite vou cuidar de você.

   Guilherme apertava forte sua mão e agora sorridente ficava bem a sua frente acariciando seu pescoço com paixão.

-Eu te amo Eve.

   Constrangida por tanto amor, Evelyn baixa sua cabeça travando os lábios para não chorar sentindo o toque das mãos  de seu amado, mas ele volta erguer seu rosto voltando beijando a ponta de seu nariz e em seguida lhe dando um longo e carinhoso abraço.

- Meu amor, não tem porque ficar assim, essa é a primeira de muitas noites que quero passar ao seu lado.
-Gui me deixe falar...

   Sentindo seu coração pesar ao lembrar das palavras de Justine, Guilherme põe seu dedo acima dos lábios de Evelyn silenciando sua voz para viver aqueles instantes de prazer ao seu lado.

-Se essa for nossa última noite juntos, quero vive-la intensamente ao seu lado. Por favor Eve, sem nenhuma culpa ou arrependimento.
-Quando essa noite acabar Guilherme, lembre-se sempre que eu te amei de verdade.
-E você, lembre-se sempre que você é o amor da minha vida...

   Naquela noite o faz de conta era o protagonista de uma noite intensa, mas real, por isso, não havia pressa e totalmente sozinhos compartilhavam juntos seus desejos e dores em toque de lábios seguido de carícias e sursurros de juras de amor.
   Logo sorrisos aparecem conduzindo-os a correrem pela praia, caindo e voltando a se levantarem numa busca constante de serem somente uma alma e quando assim conseguem são seus beijos apaixonados que os levam até a tenda.

-Quero você nesta noite Eve... (Sursurra Guilherme ao seu ouvido)
-Eu sempre vou ser sua...

   Guilherme sai da tenda e rodeando-a baixa os véus sobre os olhares atentos de Evelyn que sentada o esperava anciosa, ele por sua vez entra na tenda, apaga as luzes e somente a luz da lua, senta-se a sua frente e ambos compartilham de sabores ao se deliciarem de algumas frutas que estavam ao lado da cama improvisada na areia da praia entre beijos.
   Naquela noite lágrimas se confudiam com suor, roupas trocadas por lençóis, corpos se fundiam em um e lamentos em gemidos, eternizando cada momento, cada gesto e cada palavra.
  E quando tudo parecia enfim eternizado Guilherme tira debaixo do travesseiro de Evelyn uma caixinha vermelha e ainda deitado sobre ela lhe tira todas as lágrimas possíveis guando abre a caixa e segura o anel de compromisso em sua mão admirando-a com tanta paixão.

-Eu seria o homem mais feliz do mundo se fosse estivesse ao meu lado amor.
-Oh meu Deus Gui...
-Casa comigo Evelyn Montez?

  

Entre o Amor e a RazãoOnde histórias criam vida. Descubra agora