Capítulo 21- Sim

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   Os dias foram passando e Justine já havia voltado para São Paulo para ajudar Marcelo que ocioso não faltava um compromisso, indo as reuniões, chefiando construções e viagens, afim de esquecer os dias de espera por Evelyn.
   Da mesma forma,Guilherme  aguardava seu telefone tocar,mas a cada dia que passava suas esperanças se transformavam em passado, não havia respostas.
   Evelyn se recuperava dia após dia se preparando para o dia que voltaria pra casa,um dia que chegou sem demora e se despedindo de seus amigos antes de entrar no helicóptero, esculta de Susana algo que há dias tirava seu sono.

-Daqui pra frente é você que guiará seus passos sozinha, mas não poderá esquecer jamais de quem a conduziu até eles.
-Eu não vou esquecer Susana,Obrigada por tudo.
-Então volte sempre que quizer, consciente ou de máscaras( Fala Susana na tentativa de faze-la lembrar)
-Sei o que estar tentando fazer Susana, porque a dias também tenho tentado, mas não adianta. Minhas lembranças estão perdidas.
-Não perca a fé. Tudo tem seu tempo e elas vão voltar.

   Susana abraça a amiga que entra no helicóptero acenando com a mão para Mark que procurava consolar a esposa.

-Se toda vez que um hospede nosso for embora eu ver você dessa forma, prefiro feixar o hotel.
- Você pode até ser durão na frente dos outros, mas sei que também se apegou as meninas.

   Ao entrar no helicóptero se desequilibra ao reconhecer o cheiro do perfume do piloto, demorando para colocar o cinto de segurança,procurando ver o rosto dele.

-Eu não acredito. Guilherme?
-Oi Evelyn.
-Por onde andou? Esperava que após sair daquele hospital teria noticias suas, mas você sumiu.
-O trabalho me manteve ocupado.
-Nem ao menos um telefonema?

   Irritado pelo rumo da conversa, Guilherme liga os motores, silenciando Evelyn.

-Espero que aproveite a viagem.
-Tudo bem (Responde desapontada) Podemos ir.

   Em secreto Guilherme quardava um novo sentimento por Evelyn, um amor tão imenso que era capaz de deixa-la ser feliz com outra pessoa, escolhendo não persuadi-la a mudar suas escolhas,sim, ele podia brigar por este amor, mas imaginava que se ela não sentisse o mesmo, não teria motivos para lutar pela causa e tinha esperanças que a qualquer momento poderia acordar daquele infortúnio, dando a ele a chance de serem felizes juntos.     Eram um dos minutos mais cruéis da vida de Guilherme, entregar seu secreto amor para outro, mas era parte do seu trabalho e alendo mais, Evelyn não havia lembrado de nada.
   Quando finalmente chegaram ao terraço das empresas SENIOR, Evelyn desce do helicóptero triste pela reação fria de Guilherme e como um último recurso volta a olhar para trás vendo-o cabisbaixo e assim ganha sua atenção ao chama-lo.

-Obrigada Guilherme.
-Só fiz o meu trabalho.
-Qual é o seu problema?! ( Grita) Outro dia no hospital pensei que pudesse haver algo entre nós e hoje você estar agindo com tanta frieza.
-O que espera que eu fizesse? Estar aqui agora não estar? Fez sua escolha.
-Mas poderia ter cido diferente.

   Guilherme desce do helicóptero e vai em direção á Evelyn segurando suas mãos, estando próximo ao seu rosto, costrangindo-a.

-Me diga agora Evelyn, o que poderia ser diferente?
-Eu não sei...
-Porque estar aqui agora?
-Eu não sei...
-Eu estou aqui. Pronto para beija-la, isso quer dizer alguma coisa pra você?
-Eu não sei! (Grita em seguida ficando de costas)

   Guilherme confirma seu temor e se despedindo de Evelyn volta para o helicóptero.

-Estar mais do que claro pra mim Evelyn que estar consciente com sua escolha e eu espero de coração que seja feliz.

   Justine sobe ao terraço não chegando a tempo para impedir que seu primo fosse embora, vendo Evelyn perdida em pensamentos, contento lágrimas que teimavam em cair, correndo para seu encontro. 

-Eve! O que houve?
-Nada. (Falava ela abraçando a amiga) O dia hoje exige muito de mim.
-Se quizer posso leva-la pra casa.
-Não Ju, obrigada. Preciso seguir.

  Mesmo sem vontade Justine conduz a amiga ao elevador até para juntas descerem até a sala de reuniões, mas ao perceber as expressões de Justine, Evelyn procura respostas.

-Porque estar tão calada Ju?
-Meus motivos não devem ser sua prioridade agora Eve.

    Sentindo-se contrariada, Evelyn para o elevador para a surpresa de Justine.

-O que você tem Ju?
-Pare de bobagem Eve. Estamos atrazadas.
-Olhe pra mim Justine! O que te incomoda tanto?
-Você nunca me chama assim, a não ser...
-Sim. Estou chateada sim! Com você,  com Guilherme, com essa situação, comigo e não sei porquê! Qual é o problema? Acho que tenho o direito de saber!
-Fora o fato de estar levando você para o matadouro?
-Como é?!
-Serio? Vai querer de volta pra sua vida alguém que tanto te prejudicou?
-Então é isso?(Responde compreensiva ) Conheço você Ju, sei que se preocupa comigo e sei que não entederia.
-Então porque o expanto com minha reação?
-Não foi só a sua reação, mas a de Guilherme também. Ju entenda. Eu amo Marcelo, mas ainda não me casei com ele.
-Então o que estar fazendo aqui?!
-Dando uma segunda chance.
-Você é louca Eve.Ele não merece.Estar pondo em risco sua felicidade e pra quê?
-Pode até ser um tiro no escuro, mas sei que fazendo assim, vou saber reconhecer meus sentimentos.

   Evelyn aperta o botão voltando a descerem os andares do prédio até ao escritório de Marcelo, tendo o apoio da amiga que apertava firme a sua mão.
   Ao chegarem a sala, que a porta do elevador se abre, dão de cara com o pessoal do escritório em peso aplaudindo-a, Justine sai do lado da amiga para atender a um telefonema,enquanto todos levantando suas taças para cima abrem caminho para Marcelo que sai dentre eles,se aproxima de Evelyn e se ajoelha num momento mais que esperado por ele.

-Descobri que você é a mulher da minha vida e espero que me deixe ao longo dos anos reparar meus erros, te fazendo a mulher mais feliz deste mundo. Por isso pergunto,Evelyn Montez, você aceita ser minha esposa pelo resto de nossas vidas?
-(Suspira Evelyn) Sim.

   Elegantemente Marcelo bebe a champanhe de seu copo segurando nos lábios uma aliança, em seguida levanta toma a mão direita de Evelyn, colocando a aliança em seu dedo, arrancando suspiros e aplausos de seus amigos que felicitavam o casal.

-Eu te amo Evelyn.

   Marcelo puxa sua noiva pela cintura saciando-se com um beijo prolongado e cheio de atitude, em seguida rodopia com ela em seus braços comprimentando os convidados que lhes presentiavam e lhes parabenizavam por aquele momento único.

-Onde estar Justine?...

  Do outro lado da linha Guilherme ouvia a alegria daquele momento que para ele seria mais uma lembrança triste da sua caminhada, tendo que ainda escultar as reclamações de sua prima que insistentemente não aceitava aquela situação.

-Não acredito que aceitou o pedido de Marcelo para trazer Evelyn!
-Era um trabalho Justine.
-Não! Não era! E voce sabia disso! Era um teste de confiança.
-Sim, eu sei Justine.Aceitei o serviço na esperança que ela escolhesse a mim ao invés dele, mas ela o escolheu.
-Você nem ao menos tentou.
-Não iria abriga-la a sentir o qoe suas lembranças apagaram.
- E agora ela estar nos braços de alguém que não a ama.
-Ela estar feliz?
-Que pergunta é essa?
-Ela estar feliz?
-Aparentemente sim.
-Então só me resta aparentemente dizer adeus...

Entre o Amor e a RazãoOnde histórias criam vida. Descubra agora