" CONFIANÇA.
* crença na probidade moral, na sinceridade, lealdade, competência, discrição etc. de outrem; crédito.
* crença de que algo não falhará, de que é bem-feito ou forte o suficiente para cumprir sua função."
Meyjor está de pé mexendo nos finos dedos retorcidos na entrada fétida do bloco de celas a leste do seu próprio bloco. Profundamente sonolenta após duas madrugadas em claro, observando a luz do dia nublado estreitando-se por entre as barras de ferro, guarnecendo os vitrais expostos á longa extensão do corredor, listrando o concreto em sombras douradas entrecortadas, ela tenta conter-sê e ignorar a dor latejante que lhe envade a cabeça. A garota veste um grandioso moletom preto desbotado, com algumas estampas envelhecidas.- o tecido está tão desgasto e velho que parece vir de vinte anos luz.- e uma calça jeans um número acima do seu, seus pés pálidos calçam sandálias da virada do século, deixando seus dedos e tornozelos á mostra. Os olhos da menina oscilam variáveis vezes, e os lábios branquicentos/pálidos abrem-sê e fecham-sê ao ar conforme seu bocejo dura momentaneamente.- Espere um momento, querida...não é necessário preocupar-sê, estará bem dentro de alguns dias!.- afirma o veterinário Hershel, demonstrando convencimento em seu diagnóstico, ajoelhando-se diante de seu modesto kit de primeiros-socorros.
Ao perceber a presença da menina a espreita, ele sorri para ela com um olhar observador sobre a mesma.
Com uma das mãos o veterinária mantinha contato com a porta em matéria de metal, mantendo-a entre-aberta e com a outra.- a esquerda.- ele levantava para o interior do bloco de celas.
- Quantos dias ?- uma voz vagarosa a ganhar forma e tons audiveis ressoa ao interior.
- Mínimos, posso lhe garantir, mocinha! Agora venha, desejo que conheça uma pessoa...
Poucos passos, variável entre seis e oito ao mínimo, são nitidamente audiveis, vindos da mesma direção em que o braço do idoso sê mantém estendido, um andar cansadio soa junto á um breve ressoar de um cumprimento:
- Olá.
Meyjor desvia a face, sentindo uma descarga sentimental peculiar e excessiva sobre si.- tristeza, apreensividade, pena.- todas misturando-sê em seu peito como roupas a lavar freneticamente há uma máquina super potente.
A menina encara o concreto da parede sólida a sua frente, detendo sua visão há uma mancha acinzentada contida na própria, forçando-sê a engolir a náusea.
- Meyjor ?
Hershel deve ter notado o olhar penal e revolto exposto há face da garota, porque ele agora fala firme com Meyjor, como que reprovando seu ato de desvio de atenção e carinhosamente a alerta-sê.
- Perdoe-me eu...- Meyjor apoía-se ainda mais junto a parede e respira profundamente.
Uma pequenina menina acena com a cabeça, ao pequeno fixe entre aberto da porta, e volta a repetir cautelosamente:
- Oi, sou Paige.
- Sou Meyjor.- a garota tenta não encarar a menina de longos cabelos castanhos claros.- Olá.Por um breve instante, toda as emoções que invadiram os sentidos de McRayle enche seus pensamentos de uma onda pesada.
- Faça um esforço.- Hershel resoa sussurante, transparecendo compreender o afligimento da garota resistente.