Eu quero você

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    Já era de manhã. Acordei deitado no sofá meio tonto e com um pouco de dor de cabeça, imaginando: isso não pode ter sido um sonho, por favor! Tem que ser real.

    Levantei, vi a garrafa de champanhe jogado no meio da sala e logo pensei: tudo bem, não foi um sonho. Eu repetia isso em minha mente diversas vezes enquanto ia em direção do banheiro.

   Lavei meu rosto, escovei os dentes e ficava me encarando no espelho. Peguei o celular do meu bolso e fui ver se tinha alguma mensagem de Lucas. 

    Passava diversas mensagens, mas nenhuma do garoto que eu queria. Confesso que naquele momento eu fiquei chateado por não Lucas não ter mandando sequer uma mensagem. 

    Respirei fundo e fui indo para o meu quarto. Então para a minha surpresa quando abri a porta me deparo com Lucas deitado em minha cama abraçado em meu travesseiro. Eu naquela hora fiquei sem reação. Senti algo diferente dentro de mim e apenas o encarava e sorria feito um bobo apaixonado.

    Deixei o celular numa mesinha do lado da cama e deitei do lado de Lucas enquanto eu o abraçava.

   - Já está na hora de acordar, preguiçoso - falei sussurrando em seu ouvido. 

   Lucas abriu os olhos com aquele rostinho de sono, sorriu e colocou a mão em minha nuca e me deu um beijo. 

   - Olha, eu não lembro como é que fomos dormir ontem e nem que horas... mas o importante é que você está aqui do meu lado - eu disse.

   - O senhor vai ficar sendo fofo o tempo todo? - respondeu Lucas semicerrando os olhos. -  E respondendo sua pergunta, você terminou de beber aquela garrafa sozinho e acabou caindo no sono. 

   - Mas e o seu pai... não vai ficar bravo de você ter passado a noite aqui?

   - Eu avisei ontem a noite que eu iria dormir na casa de um amigo do tênis, então sem preocupações, senhorzinho. 

   - Perfeito. Tenho o dia todo com você.

    Eu saí da cama e fui para o lado de Lucas pegando em sua mão fazendo-o levantar.

   - Você pode usar o banheiro e ir para cozinha se quiser, beleza? Eu vou na padaria aqui perto para comprar nosso café manhã. Volto em cinco minutos.

    Fui correndo para a padaria e comprei pães de queijo, bolo e alguns doces. 

    - Parece estar mais feliz hoje, Adam - disse Márcia, a atendente da padaria, sorrindo. 

   - Sim... talvez eu esteja mesmo - respondi retribuindo o sorriso.

   Voltei com as sacolas na mão e me deparei com o Lucas fazendo um suco com as laranjas que eu havia comprado na semana anterior. 

   Coloquei a sacola na mesa e o abracei por trás.

   - Você não perde tempo não é mesmo? - eu disse.

    Fui para a mesa para tirar as coisas da sacola enquanto Lucas foi colocando os copos e o suco numa jarra. 

   Depois de tudo estar pronto, sentamos e comemos. 

    - Eu queria que você conhecesse meus amigos hoje, se você quiser é claro. - disse Lucas enquanto comíamos.

   ''Eu não faze-lo pensar que tenho sentimento por você'', ''eu não falo um eu te amo nem mesmo para minha mãe''  aquelas frases que ele havia falado na noite anterior passavam em minha cabeça. Eu não queria achar que estava me iludindo, mas ao mesmo tempo sabia que no fundo eu poderia fazer com que aquilo que Lucas tinha falado poderia mudar. Eu estava confuso e com medo e ser convidado para conhecer os amigos de Lucas foi uma coisa inesperada para mim. 

    - Adam? - disse Lucas.

    - Ah, me desculpa. É claro que eu quero! Não precisava nem perguntar. 

   

    

A Droga do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora