V - Resquícios do passado

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Saímos daquela pirâmide e seguimos pelas escadarias rumo a central. Em certos pontos tínhamos que passar por um terreno bem ruim, as vezes escalar um pouco. Em alguns pontos começamos a ver pedaços de pedra, analisando melhor percebemos que eram pedaços de criaturas petrificadas.

— Esse é o momento em que rezamos para elas estarem aqui há algumas décadas? — perguntei.

— Não acho que adiantaria... — Eliott levantou os punhos.

Olhei para onde ele se virava e vi uma das criaturas saindo em meio as arvores.

Cocatrizes.

Galinhas enormes com assas de morcego, elas tinham quase nossa altura, uma das quatro era maior ainda.

A briga começou. Maltael alçou voo e uma delas foi com ele.

As outras foram para cima do monge barbudo, Darius... e bem, Aira.

Eu ajudei Eliott com a primeira, e apesar da criatura ser ágil, conseguimos dar um fim nela.

— Aaiii!

Me virei ouvindo a voz.

— Desculpa, desculpa. Juro que foi sem querer.

Por incrível que pareça, a cocatriz que enfrentava Aira conseguiu desviar de um golpe de Oguway fazendo ele acertar a meio-gênia.

Bati com a mão na minha cara, sem acreditar, e fui ajudá-los.

Eliott resolveu ajudar Maltael. Vendo o anjo trocando golpes com uma das galinhas gigantes enquanto voavam sobre nós, ele resolveu usar sua funda. Eeeeeee acertou o anjo.

Era impressionante a quantidade de vezes que isso acontecia...

Eu tentei acertar a cocatriz que atacava Aira, mas errei... e não, não acertei ela, obrigado.

Eliott, decidiu que era melhor se juntar a nós e com um par de socos impressionantes derrubou a criatura.

Pudemos respirar por um segundo, e foi quando olhei em volta, só para ver que um de nossos companheiros estava com problemas.

Samhaime olhou para a gente, parecia não entender no começo, então olhou para as mãos e só teve tempo de xingar antes de ficar completamente petrificado.

Senti uma terrível sensação, um arrepio na nuca.

— Ah, merda... — disse o velho monge ao meu lado.

Darius e Maltael tinham acabado com as últimas cocatrizes, mas outras duas criaturas apareceram. Lagartos gigantes, dentes afiados, e o olhar... o olhar petrificador de um basilisco.

Me escondi, do meio das arvores tentei me aproximar de um deles, enquanto via Darius arrancar a cabeça do outro com um único golpe de sua espada.

Oguway correu para cima do último que sobrou, chegou muito antes de mim e forçou a criatura a recuar. Seu olhar não funcionava no monge, por mais que tentasse. E então o basilisco entrou na sua toca.

— Nós não podemos deixar essa coisa viva, ele virá atrás de nós de novo. — Linkas se aproximou.

— Posso tentar rastreá-lo. — disse, me colocando ao seu lado.

Oguway, se aproximou de mim.

— Precisamos tirá-lo da toca. Alguém tem fogo grego?

— Eu tenho — respondi.

— Ótimo.

Rapidamente achei duas outras entradas como a que a criatura tinha usado para escapar. Se ele ainda estivesse se arrastando pelos tuneis, só precisaríamos fazê-lo sair por uma delas, e era ai que entrava o fogo grego.

Eariel - História de um ladinoOnde histórias criam vida. Descubra agora