VI - A sala de treinamento

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No dia seguinte resolvemos continuar explorando a pirâmide, e chegamos a um andar onde havia golens de metal branco guardando uma porta que dava para uma sala de treinamento.

A porta se abriu e quando atravessei senti algo muito estranho, pela expressão dos outros, deviam ter sentido também. Era algum tipo de magia, mas não fazíamos ideia da sua função.

"O teste começa agora."

— Aaaahhh! — Dei um pulo com o susto e olhei em volta, mas a voz pareceu vir do nada.

Me recuperei e segui o grupo. Chegamos ao centro do salão, havia algumas portas, e uma fonte em um canto, mas algo chamava mais a atenção. Uma pequena área, onde várias estatuas estavam dispostas, quatro em cada parede lateral, na parede do fundo havia apenas uma, cercada por várias armas. Todas as estatuas mostravam uma mulher segurando uma espada e um espelho... ah, e claro, a estátua central falou:

— Há duas opções para armas conseguir. Todos juntos, e uma com certeza terão. Um por vez, e talvez todas as vezes falharão.

Beeemm... a coisa funcionava assim. Oito estatuas, apenas uma igual a principal, se todos tentássemos juntos teríamos tempo de sobra para descobrir. Se não, teria que ser um por um, e nesse caso, cada um teria um minuto... difícil, mas não impossível, e foi isso que escolhemos.

Infelizmente eu não consegui nada, mas Linkas conseguiu uma lança, e Maltael, uma espada... era alguma coisa.

Assim seguimos para a primeira porta, acima dela estava escrito " Conheça a si mesmo", não entendi, mas entramos nela, e a escuridão nos abraçou, a porta se fechou atrás de nós, algumas estatuas cabeçudas, como as que tínhamos encontrado no pátio, estavam a nossa frente.

E todos sumiram, era apenas a escuridão e uma das estatuas. Ela começou a se mexer, e enquanto mexia, se transformava, me assustei e dei alguns passos para trás. De repente eu via a mim mesmo.

O eu estatua sacou as espadas.

Não parei para pensar, saquei o arco e atirei. Acertei o braço dele, mas ele continuou vindo, peguei minhas espadas e ataquei. Trocamos golpes, e ele me cortou o rosto, mas com um bloqueio rápido e uma estocada eu fiz uma das minhas espadas atravessar seu peito.

Ele caiu morto... e a sensação foi horrível... me arrepiei inteiro, até que ele voltou a ser marmore de novo e me lembrei que não era eu.

Olhei em volta e lá estava o grupo, parecia que todos tinham passado pela mesma experiência.

Ouvimos um barulho, e na nossa frente uma porta se abriu, em cima dela uma nova inscrição. "Conheça seu aliado."

Ótimo, já tinha uma ideia do que viria.

Adivinhe só, fomos isolados de novo, mas dessa vez, a estátua que me acompanhou virou o Darius.

Um desgraçado Darius! Cem quilos de musculo e armadura, careca e sem sobrancelhas... aquilo não seria legal.

Comecei a correr e atirar flechas, mas não dava para atravessar aquele ridículo escudo de corpo que ele tinha, eu sabia que ele não continuaria assim por muito tempo, ele também tinha um arco.

Então me aproximei, e com uma espada tentei cortar a corda do arco dele. Errei, ele foi rápido o bastante para desviar. Com isso eu já não tinha mais para onde correr, vi a espada descendo na minha direção.

Merda, então é isso...

Acaba aqui...

Merda.

Eariel - História de um ladinoOnde histórias criam vida. Descubra agora