IX - Novos companheiros

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O caminho seguia em uma grande extensão de areia, já estava escurecendo e resolvemos parar para dormir... não foi uma grande ideia.

Acordei assustado com o barulho, algo começou a sair da terra ao meu lado. Um gincho horrível veio dele e vi que era um verme cinza enorme.

Arregalei os olhos quando ele desceu para me dar o bote, rolei para o lado, conseguindo me levantar e correr. Vi linkas tocando Groot e o broto se tornou uma arvore de novo. Darius se levantou gritando e partiu para o ataque, o corpo do homem inconsciente, que ele vinha sempre carregando, ficou largado no chão.

Vi vários fios de fumaça entrando na bolsa que Samhaime carregava. A garrafa tinha feito de novo, puxando vários de nós lá para dentro na ideia de nos proteger.

O problema é que nunca sugava todos, e os que ficavam acabavam sofrendo.

Bem, era melhor parar de reclamar e agir. Saquei minhas espadas e corri na direção da criatura.

A bocarra desceu de novo quando eu passava perto de Groot, consegui desviar, mas o pobre ent foi engolido.

Tofu me alcançou e juntos atingimos a criatura, enquanto Darius a cortava sem parar

Vimos Groot descendo por sua garganta. Ele não parecia morto, estava lutando lá dentro. O verme ginchou mais uma vez e deu outro bote, mais uma vez pulei para o lado saindo da mira dele, no entanto, Oguway foi pego.

Darius batia sem parar, eu fiquei paralisado vendo a criatura levantar a boca e ver mais um companheiro descendo por sua garganta.

— Ei, garoto! Faça alguma coisa!

O grito do guerreiro me tirou do choque, segurei o punho das espadas com mais força que o necessário, gritei e pulei.

As espadas entraram fundo na criatura e desci rasgando seu corpo. O som que saiu dela foi mais estridente dessa vez. Se contorceu e por fim tombou.

Me agachei tentando recuperar o folego. Um som veio de dentro do bicho quando Groot e Tofu o rasgaram e conseguiram sair, completamente cobertos de gosma.

Cai para trás, rindo aliviado.

A batalha pelo menos deu em algo, achamos um pedaço de metal negro do tamanho de um punho dentro do verme, e uma outra pedra esquisita que Linkas analisou e conseguiu "ativar", ela começou a rodar próximo de sua cabeça... magia.

Voltamos a dormir, com um turno de vigia mais reforçado. No entanto, não tivemos mais problema.

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Seguimos andando pela grande cratera e percebemos um pequeno movimento mais ao centro. Olhando com atenção vimos uma garotinha e um cachorro preso pelo que parecia uma coleira.

A menina soltou o cachorro que veio até nós, Darius segurou no cabo da arma, Maltael, Aira e Samhaime saíram da garrafa naquele momento, olharam em volta e perceberam que todos nós estávamos muito tensos. A menina encarou o celestial, com uma expressão séria.

O cachorro se aproximou abanando o rabo e ficou perto de Oguway que, surpreso, se abaixou e começou a acariciá-lo. A coleira se soltou, mostrando ser apenas uma bandagem azul. O cão a pegou e pôs na mão no monge, depois começou a voltar para sua dona.

Nós o seguimos e a menina continuava olhando de cara feia para o anjo. Ela se aproximou de Tofu e estendeu a mão que segurava um baralho estranho.

— Toma. — Então apontou para Maltael. — Não gosto dele.

Com essas palavras ela passou a mão no cachorro e começou a ir embora, no entanto, pareceu lembrar de algo e parou.

— A entrada que procuram é ali.

Eariel - História de um ladinoOnde histórias criam vida. Descubra agora