capítulo 9 - a chegada

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Teresa passou a viagem toda pensando em Enzo. Em como em poucos horas já sentia tanto sua falta. Imaginou se ele também estaria pensando nela. E seu coração se encheu de felicidade ao acreditar que sim.

Quando desembarcou na Vila. Teresa estava nervosa. Não sabia como a mãe a receberia e nem como as pessoas a olhariam depois do que fez. A verdade era que ela não se importava com a opinião alheia. Tudo que ela desejava era o perdão e a bênção da mãe.

Caminhou pela pequena Vila até sua casa. Evitando os olhares de quem passava por ela.

Ao  Passar pela Ponte  parou um momento para admirar a beleza das do lugar. As águas estavam tranquilas, como um lençol a cobrir a cama. Um peixe pulou ao longe fazendo com que as águas se agitassem por uns segundos. E logo tudo estava silencioso tranquilo como antes. Teresa sorriu ao se dar conta da saudade que sentia daquele lugar.

Ao chegar em frente a casa da mãe. Ela parou e observou o lugar. A casa de madeira pintada em azul marinho e branco, rodeada por uma varanda que a mãe tanto ama. As flores ao redor da casa davam uma aparência bem feminina ao lugar. Ela sentira muita falta de tudo. E só agora se dava conta.

- Teresa?

Ela estava tão distraída que nem percebeu que alguém se aproximava por trás.
A voz da mãe a trouxe de volta a realidade.
Ela virou e encontrou o rosto da mãe a encarando com olhos marejados.
Quando ia falar alguma coisa a mãe correu até ela e a envolveu num abraço apertado. Teresa se sentiu tão bem e aconchegada nos braços da mãe.

- Oh filha. Senti tanto sua falta. - Ela dizia com a voz embargada pelas lágrimas.

-Também senti mamãe. Me perdoe. - Teresa falou tomada pela emoção.

- Não diga nada meu amor. Você está aqui novamente. Isso é oque importa. Eu amo você minha filha.

- Também te amo mãe.

Teresa se afasta pra olhar a mãe. Limpa as lágrimas que nem percebeu estarem caindo.
A mãe a conduz para dentro de casa. Os irmãos correm para abraça-lá.
Tudo está tão igual. Eles almoçam juntos conversando sobre tudo. Foi como se ela nunca tivesse ido embora. A mãe a olhava com amor. Os irmão felizes por estarem juntos novamente. Tudo está ótimo. So faltava Enzo e ficaria perfeito.

...

A tardezinha as duas estão sentadas na varanda olhando o sol se por.

- Eu conheci alguém mãe. Um rapaz. - Teresa diz quebrando o silêncio.

- Eu sei querida. - A mãe afirma. Teresa olha para o rosto da mãe procurando qualquer sinal de irônia. Tudo que vê é certeza. A mãe realmente sabe.

- sabe?

Dona Sônia deixa de olhar o horizonte e encara a filha.

- Eu orei por você todos os dias filha. Pedi a Deus para lhe proteger. Pedi que me mostrasse como você estava. E ele me escutou e me atendeu. Eu sei como você está. Eu pedi a Ele que trouxesse você de volta pra mim querida. Para eu cuidar de você.

Teresa não sabia o que dizer. As palavras da mãe pareciam dizer além do que ela compreendia.

- Eu sei querida. Não fique assim. Você vai entender tudo.

A mãe a abraça e as duas ficam ali juntas até o cair da noite. Teresa não se importou em não entender as palavras da mãe. Tudo que importava e que estavam juntas outra vez.

Já passava das dez quando Teresa foi para o quarto descansar. Ela estava tão feliz de estar com a mãe que nem viu as horas passarem.
Deitou em sua cama e pensou em seu amado Enzo. Sentia falta dele. Foi então que lembrou da carta que ele lhe entregara. Buscou rapidamente em sua bolça. Ao encontra-la deitou novamente em sua cama e ficou olhando o envelope em sua mãos. Não tinha nada escrito na parte externa. Apenas o papel Branco.
Não aguentando de curiosidade e saudade do amado. Ela abriu a carta.

TERESAOnde histórias criam vida. Descubra agora