Capítulo Cinqüenta e Quatro.

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É, estava bem provável que Margô não havia gostado de mim, não sei se causei mal impressão ou se disse algo de errado, mais eu farei o possível para essa situação se ajeitar.

- Não fala assim com ela Margô, que mal ela te fez? - disse Daniel pegando em minha mão.

- Tudo bem Amor, ela só..- Quando Margô me interrompe.

- Não precisa me defender! - quando ela se levanta - não preciso da sua ajuda, sei me virar sozinha, e também só falei a verdade! Com licença tia vou lavar a louça! - quando Margô sai.

- Não sei nem que palavras usar pra te pedir desculpas! A Margô ela é assim mesmo, nunca vai se consertar, ela sempre magoa as pessoas, e faz de tudo para que as pessoas se sintam mal com sua presença, ela odeia perder! - disse Daniel.

- Perder? Mais eu não tomei nada dela amor - disse eu calma.

- O Dani, o Daniel era o namorado dela, eles eram muito pequenos - quando Dona Marines da um suspiro - Margô foi abandonada na fazenda quando ela era pequena, sua Mãe, Edite, a maltratava muito, chegou ate a abandona-la e então eu a cuidei até seus doze anos, ela acostumou a lidar com a minha família, ate que nós considerou família também, menos o Daniel, ela não o considerava como família e sim como namorado, depois Edite pegou a menina de mim, e decidiu cuidar, seu marido Erick, não aceitou ficar longe da menina, por isso ela a pegou de volta, mais mesmo assim Margô ainda senti muita raiva da mãe, só ficou com ela porque seu pai chegou a falecer e então Edite começou a adoecer, e não havia ninguém para cuidar dela, então Margô ficou com a mãe durante uns três meses ate vir pedir minha ajuda, Margô cresceu no meio de brigas e hoje ela tem esse ódio, só Deus pode cura-la, mais ela não quer ajuda! Diz que o mundo a fez assim, e se ele a fez assim, é para que ela viva assim!

- Meu Deus, sei o quanto é ruim ser abandonada, ou rejeitada pela mãe, mais ela tem que entender que existe um Deus que a ama tanto! - quando deixo que meus olhos brilhem pelo brilho de Deus.

- A gente vai conseguir! - disse Daniel - você conseguiu me levar mais perto de Deus, e assim como fez comigo, vou lutar para fazer com ela!

- Tenho certeza que essa aliança, Deus não fez por acaso, vocês serão muito usados por Deus! Vocês vão ver - Disse Dona Marines colocando a mão no coração.

- Nós cremos, nós cremos! - disse Daniel sorrindo.

Terminamos de almoçar e então Daniel foi ajudar Dona Marines a arrumar as malas, e eu, fui ajudar a arrumar a cozinha! Ou, tentei.

- Não preciso da sua ajuda, porque não vai ficar com seu namoradinho! - disse ela debochando.

- Vai Margô, não precisa ser assim, tem muito coisa pra fazer, tenho certeza que precisa de ajuda! - disse sorrindo.

- Já disse que não quero a SUA AJUDA! - quando ela se altera - Garota chata! Deixo meu namorado alguns anos sozinho e você já se estranha pra cima dele né?

O clima ficou um pouco tenso, por um segundo achei que ela iria me bater, resolvi manter a calma e mansidão, não queremos mais briga.

- Margô, não sabia que ele era seu namorado, ele não me disse nada, e também negou sobre esse relacionamento! Não quero me intrigar com você, essa não era minha intenção quando quis conhecer você, não nos conhecemos e temos certeza que nesses tempo que você vai ficar com a gente, podemos nos dar bem! - quando termino a frase ainda calma.

- Pouco me importa! Que se Dane! - disse ela virando as costas e terminando de lavar a lousa.

Enquanto Margô lavava eu a ajudava a guardar, ela me dava um pouco de medo, mais tenho certeza que ela com o tempo iria se acostumar comigo, não queria que ela pensasse que eu era uma ladra de namorados.

Margô era uma garota muito bonita, tirando as roupas decotadas que exibia muito seu corpo, ela era linda, seu cabelo era longo, e sua boca era bem rosada.

Quando terminamos de arrumar a cozinha Daniel me levou para o lugar que ele mais amava na casa, na varanda do seu quarto.

- Esse lugar não é lindo? - disse ele olhando para imensidão do céu - Deus é maravilhoso.

- Nossa! Que vista linda, deve ser maravilhoso acordar e dar de cara com essa vista.

Eu e Dani ficamos sentados na varanda rimos muito e conversamos, a vista, era tão linda quanto ele! Não preciso nem dizer oque eu sentia né, já sabem bem.

- Que pouca vergonha! - disse Margô interrompendo nosso beijo - Não sabia que as santinhas beijavam assim! - quando ela da uma gargalhada - seu papai sabe que você esta sozinha com ele, no quarto dele?

- Não estamos fazendo nada de errado, nada de mais, chega de implicância Margô pelo amor de Deus, os namorados beijam, e eu beijo ela quantos vezes eu achar necessário, ela é minha namorada, e que Deus me julgue se eu estiver fazendo algo tão abrangente assim da maneira que você julga! - disse Daniel já meio alterado.

- Calma amor, respira! - quando eu dou um sorriso para ele.

- Calma amor! Respira! - Disse Margô repetindo minhas palavras com tom de deboche e depois se retira do quarto.

- Ai essa garota esta me deixando estressado, não vai dar pra ficar com ela aqui sozinho não, é impossível, ela é irritante, e implicante.

- Calma, precisa se acalmar, sua avó não vai lá pra passar férias e sim pra ajudar sua... ela é oque sua mesmo?

- Tia, na verdade ela não é nada da nossa família, minha vó, depois que cuidou dela durante aqueles anos, a pegou como filha, e então, quando Edite a pegou de volta, as duas criaram um laço, então Edite considerou vovó como irmã, fazendo com que tecnicamente Margô fosse minha prima, nem de 3° gral! De mil! E eu peguei amor pela Edite, a considerando minha tia.

- É complicado, mais da pra lidar - quando dou um sorriso - precisa aguentar, se ficar reclamando sua vó não vai querer ir! E isso vai prejudicar a ajuda com sua tia.

- Ainda bem que tenho você sabia! - quando ele me beija.

Fomos ajudar Dona Marines a colocar as malas no carro, e em seguidas fomos leva-la ao aeroporto, quando chegamos a acompanhamos ate o seu voo sair, ela estava muito feliz em ir ajudar outra pessoa.

- Bom, então já vou indo, espero que fiquem bem, cuida dele pra mim Lorena, não deixa ela fazer coisa errada - quando ela nos abraça - e Margô, espero que fique bem também, eu a amo muito, e vou fazer o possível para que sua mamãe fique boa, sei que não vê a hora de voltar! Bom me deixa ir seguindo meu caminho, se não ele vai se seguir sozinho - quando Dona Marines nos da às costas e segue ate o portão de embarque.

- Voltar? - disse Margô - Nunca! Isso aqui é mil vezes melhor do que aquela fazenda velha, e aquela inútil da Edite me enchendo.

- Meu Deus Margô, não fale assim da sua mãe! - quando falo indignada.

- Cuida da sua vida, ela merece morrer doente mesmo, pra aprender não abandonar os outros! - disse ela já revoltada.

- Olha, se isso serve de consolo também fui rejeitada, minha mãe me deixou quando eu era apenas um neném, no banheiro do hospital, me deixando sozinha, desamparada, mais graças a Deus, meu Aba, me deu uma família maravilhosa, depois de alguns anos ela veio atrás de mim, me vender para a prostituição, e hoje? - quando eu solto o sorriso mais sincero - hoje, minha mãe, ela é maravilhosa, deixou a vida ruim para trás e segue os passos de Jesus, e não guardei raiva dela! Raiva se quer! Quando Jesus evangelizava pessoas, ele tinha 12 discípulos, que hoje seriam chamados de amigos! Ao ser pregado naquela cruz, nenhum ficou ao seu lado, e ele teve misericórdia de todos! Mesmo sabendo que nenhum o ajudou! Ele ainda os amou, é assim que devemos ser! Espelhos de Cristo.

- Alô, eu não sou Cristo! - disse ela revirando os olhos - eu sou eu, e não preciso ser igual a ninguém, sou original - disse ela virando as costas e entrando no carro.

- A gente vai consegui, você vai ver - disse Daniel entrelaçando suas mãos entre as minhas e me levando ate o carro.

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