Oitenta e Oito

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Já estava de manhã e Bruna havia feito o café e logo iriamos ao hospital, para ver o ultrassom.

- Tomara que esse ou essa coisa perfeita vire para vermos o sexo. - quando pego minha bolsa e chave do carro.

- Não, acho que vai ser menino, pra mim ensinar ele a jogar bola. - João sorri.

- Obrigado! - quando Bruna sorri.

- Obrigado? - disse João em duvida.

- Por se colocar em lugar do pai do meu filho! - quando ela o beija.

- Obrigado por você! Por você aparecer na minha vida! - João a abraça.

- Vocês são lindos! - quando eu sorri. - Entrem. - Abro a porta do carro. - E lá vamos nós!

O caminho estava tranquilo mesmo com o trânsito que não deixava a gente sair do lugar.

- Então, pra passar o tempo, já tem nomes? - Disse sorrindo.

- Se for menina vai ser Emily pra chamar de Emy e se for menino vai ser George.

- Vai ser George. - disse João.

- Aí João! - quando eu sorri. - Você quer oque amiga?

- Oque Deus mandar vai ser muito amado! Não tenho uma expectativa assim, "aí eu quero homem, a eu quero mulher". - quando ela ri. - o que Deus mandar, eu vou amar.

- Eu vi um documentário de uma mulher que ela sonhava em ter uma filha, aí ela ficava falando que iria ser menina a todo o momento, aí quando nasceu era um menino, ela ficou muito triste e não amou o menino, maltratava e tudo mais, aí quando ele tinha quinze anos ele se matou porque a mãe dele não gostava dele. - quando suspirei. - Triste né?

- Nossa porque ela fez isso? - disse João.

- Não sei, acho que ela estava tão viciada em uma menina que simplesmente não suportou ter que cuidar de um menino, é por isso que eu não fico tão assim por causa do sexo. - disse Bruna.

- Olha andou! - quando dei partida.

O trânsito havia começado a colaborar, o hospital era um tanto longe mais logo chegamos.

- Tenho uma consultoria marcada com a Dr. Maria às 14hrs. - disse Bruna para recepcionista.

- Tudo bem, espere um pouco vou avisa-la que já está aqui! - quando a recepcionista pega o telefone.

- A gente vai poder entrar com você? - perguntei.

- Só tem direito a um acompanhante! - quando Bruna faz cara de triste.

- Ah! - disse João.

- Tudo bem eu fico, o João está muito ansioso para isso, mais que você talvez! - quando eu sorri.

- Ah maninha você é um amor de pessoa sábia? - quando ele sorri frouxo.

- Bruna, já pode entrar! - disse a recepcionista.

- Vão! - disse os apressando.

Fiquei na sala de espera, li algumas revistas e logo comecei a sentir uma saudade de Dani, então resolvi ligar:

- Lorena Parker! - diz ele atendendo ao telefone.

- Daniel Smith.

- Como é bom ouvir a voz da minha donzela

- Cavaleiro!

- Que isso, são seus olhos!

Rimos.

- Oque faz de bom amor?

- Estou na clínica com a Bruna, ela veio fazer o ultrassom.

- Verdade você tinha me contado!

- E você?

- Estou sentado no jardim do hospital, seu pai deu uma saída, então não tem nada pra fazer!

- Não foi com ele? Você não é auxiliar?

- Quando ele foi eu estava terminando uma papelada de consulta para amanhã.

- Nossa!

- Vamos ao cinema hoje de noite?

- Não da amor vou jantar com a minha mãe!

- A é verdade, ansiosa?

- Demais, a última vez que eu jantei com ela, ela me disse que estava namorando e que iria noivar, imagina agora? Será que ela está grávida?

- Ele se converteu né?

- Sim!

- Então ela não está grávida, lei do casamento esqueceu?

- A é, então oque será dessa vez?

- Só esperando pra saber, quero todos os detalhes depois!

- Curioso.

- Ah qual é amor, não tem como não ficar!

Eu ri. - É tenho que admitir.

- Vida seu pai acabou de chegar, tenho que voltar ao trabalho!

- Está bom eu te amo.

- Também te amo meu amor, até mais tarde.

- Até.

Quando terminei a ligação existiam algumas mensagens no meu celular.

"Oi filha, como está seu dia?" - Carla.

"Tentei te ligar mais não consegui".

"Oi mãe, eu estava falando com Dani, meu dia está ótimo, e o seu?"

"Está ótimo graças a Deus! Tudo em cima hoje a noite?"

"Tudo em cima!"

"Ok filha, te amo até hoje à noite."

"Até"

Bruna e João estavam demorando uma década, já não aguentava esperar. Algumas horas se passaram, duas horas e meia já havia se passado e eu estava lá sentada, muitas grávidas passavam emocionadas, algumas choravam muito, mais era de completa felicidade, eu não me aguentava, me emocionava também.

- Oi! - quando Bruna sai da sala com os olhos vermelhos.

- Nossa, eu esperei tanto por isso que acho que as horas passaram feito décadas! - quando eu sorri. - E então? Qual o sexo do nosso pequeno?

Bruna me olha sorridente, o sorriso dela era encantador, parecia até mesmo irreal. Então ela abriu a bolsa e pegou um sapatinho e pois sobre a barriga.

- Aí Meu Deus não acredito! - disse eu a abraçando.

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