3 dias depois...
Já era dia 23 e estavam todos a mil. Os preparativos estavam quase prontos, pois a dona Luísa gostava de ter tudo pronto com antecedência para que se houvesse algum imprevisto não estragar tudo.
E foi justamente o que aconteceu, a avó de Marriah - dona Clara - chegou mais tarde do que o previsto e não pode ajudar na preparação dos doces.
A casa estava uma zona com todas as coisas de natal espalhadas pela casa. O lado de fora também estava decorado tanto no jardim quanto no quintal. Inclusive a piscina tinha bóias temáticas natalinas.
Na varanda dos fundos tinha quadros com escritos Hohoho, desenhos de renas, pinheirinhos, doces de alcaçuz, meias, presentes... as almofadas das namoradeiras tinham listas vermelhas e brancas.
Marriah estava se sentindo como o Radar de cidades de papel com tantos papais noéis enfeitando a casa. Se existisse a categoria no Guinness de família mais animada para o natal a dela com certeza ganharia.
Depois que comprou os doces para a sua mãe resolveu descansar e assistir um pouco de tv. Ligou a televisão e passava o expresso polar, em outro o natal da turma da Mônica, o show do Roberto Carlos, operação presente e acabou se decidindo por assistir mean girls, que mesmo tendo a cena de Jingle Bells era o menos temático.
Marriah já estava super estressada com o natal e ainda nem era o dia. A sua mãe e a Clara não paravam um segundo, as comidas que não estragavam já estavam todas prontas. Porém não tinha lugar o suficiente para o número de pessoas que iriam celebrar lá dormirem.
- Oi Majú, pode falar?
- Claro Marriah, o que foi?
- Você por um acaso tem colchões infláveis pra nos emprestar?
- Claro tenho sim, dois de casal servem?
- Sim Sim. Obrigada, daqui a pouco passo aí pra buscar.
- Beleza, beijo.
Já eram cinco da tarde e ela não tinha nem almoçado, fez um misto quente e comeu rápido. Foi até a casa da Majú e buscou os colchões, mas como era muito desastrada acabou derrubando-os.
- Imagina se isso quebra - disse um menino ajundando-a a recolher as caixas.
- Obrigada - disse ainda olhando para o chão - PEDRO! - gritou e pulou em seu colo quando percebeu quem era.
- MARRIAH! - gritou imitando-a.
- O que você tá fazendo aqui?
- Ah, é assim? Vou embora então.
- Não, sério. Você entendeu.
- Vim passar o natal aqui.
- Talvez o natal não seja tão ruim assim - refletiu.
- E aí o que faz?
- Nesse momento tô levando esses colchões da Majú lá pra casa. Me concede a sua companhia?
- Óbvio.
Chegaram na casa dela e ele foi recebido como se ninguém estivesse ocupado. Todos o cumprimentaram e estavam morrendo de saudades do melhor amigo da filha.
- Bem que você podia passar o natal aqui em casa né, Pedro?
- Queria, mas vou passar com a minha família. Falando neles eu vou ligar pro meu pai pra avisar que eu vim aqui.
Os pais dele foram para a sua casa já que o seu Carlos e a dona Luísa eram muito próximos deles. Já que a mãe do Pedro ela resolveu ajudar a dona Luísa a cozinhar o que faltava para a ceia.
Marriah e Pedro foram para o quarto dela.
- Queria eu ter esse quarto.
- Nem vem, o seu é muito bonito.
- Marriah, você quer realmente comparar? O seu é muito criativo e o meu é decorado por alguém aleatório. O seu tem história, o meu não.
- Claro que tem, as memórias que você cria nele. Tá, okay. Talvez você não tenha entendido muito bem o que quis dizer.
- Entendi e faz sentido.
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O Natal (inesperado) De Marriah - Conto
Short Story"Sorte é uma palavra que não existe no vocabulário de Marriah. Mas sorte não existe, o que existe é a força do destino tentando fazer algo acontecer. Você só tem que aceitar e deixá-la te guiar." O natal de Marriah perdeu a graça quando se deu conta...