[ Voltei! :) ]
Emily's POV
Assim que acordo, levo um tempo sem conseguir abrir os olhos. Os barulhos são tão mínimos e, quando vejo algo, é uma lâmpada. Fecho os olhos de novo e ao tentar mexer os dedos percebo que tudo dói. Quero gemer de dor, mas minha boca está seca demais.
Quando consigo abrir meus olhos, minha cabeça começa a latejar de um dos lados. Mesmo assim, a viro, encontrando minha mãe sentada do meu lado.
- Emily? - Ela me chama baixo e mexe com leveza no meu cabelo. Tento sorrir mas o que sai é algo bem menor. Minha mãe recebe isso de uma forma tão bem, o que me faz questionar como estou. - Está tudo bem?
A olho mais a fundo querendo fazer perguntas, mas só consigo assentir e, depois de um tempo e esforço, perguntar o que aconteceu.
- É melhor a gente falar disso outra hora. - Dona Judith suspira e eu queria ter forças para questionar mais, porém minha cabeça ainda lateja. Ao me atentar para o local, constato que somos só eu e minha mãe no quarto.
O médico e uma enfermeira entram na sala e minha mãe levanta da sua cadeira.
- Então doutor? - Ela pergunta e o homem balança a cabeça pedindo um momento ao passo que vem até mim.
- Imagino que você não deve estar conseguindo falar muito, então vou fazer perguntas, você responde sim ou não com a cabeça e depois eu te explico tudo, ok? - Assinto e vejo a enfermeira atrás do Dr. Fray, como está no seu jaleco, colocar algo no soro que está em minha veia. - Você está sentindo dor de cabeça?
Estranho a pergunta por que imagino que dor de cabeça seja um sintoma normal depois de qualquer tipo de acidente. Mesmo assim, faço que sim com a cabeça.
- Lado esquerdo? - Assinto novamente. - Formigamento? - Nego e Dr. Fray balança a cabeça afirmativamente antes de pegar um banquinho e o colocar do lado da cadeira da minha mãe, ainda olhando para mim.
A enfermeira termina e a quantidade de seringas que estão na bandeja me assustam. Eu não preciso de tanto remédio.
- Emily. - Dr. Fray chama e eu volto minha atenção para ele. - O salão onde você estava pegou fogo, que começou na cozinha. Como você estava praticamente de frente para ela, acabou sendo atingida em cheio. Algumas queimaduras poucas de segundo grau, mas o que mais nos preocupou e preocupa foi a sua batida. Demos alguns pontos nas suas costas, por que a cristaleira para a qual você foi arremessada quebrou e alguns cacos entraram. Quando a encontramos, sua cabeça sangrava muito, mas você estava acordada, embora não realmente consciente. Por conta disso, realizamos alguns exames, mas vamos precisar de mais alguns para algo mais preciso. Ao que tudo indica, você sofreu pancadas consecutivas na cabeça, ou seja, um traumatismo craniano de nível elevado. Além disso, constatamos um quadro de hipoxemia, faltou oxigênio no seu sangue, e tudo isso culminou no desenvolvimento de um aneurisma. Vamos avaliar o caso com mais recursos daqui a pouco, inclusive para termos noção do que isso causou em você. - Dr. Fray se levanta com os lábios apertados sabendo que não deu uma boa notícia.
Definitivamente, não era uma boa notícia.
Quando ele sai da sala, percebo que os lábios da minha mãe tremem e eu sinto vontade de abraçá-la e dizer que que vai ficar tudo bem, mas antes que eu consiga pronunciar qualquer palavra, meus olhos vão fechando devagar. Tinha sedativo naquele soro?
Quando volto a acordar, o quarto está quase todo escuro e frio. Já conseguindo mexer melhor as outras partes do meu corpo, puxo o cobertor para mais perto tendo como auxílio a luz que passa pela fresta da cortina.
Me preparo para virar a cabeça devagar, mas me impressiono quando a pessoa que está sentada ao meu lado não é minha mãe.
- Harry? - Pergunto baixo, mais para mim mesma do que para ele.
- Oi Emily. - Seu olhar passa do chão para mim e sua voz parece cansada. - Eu sei que não é a hora, nem o momento, mas precisamos conversar. Com urgência.
×-------×
Hope you like it :)
Desculpem a demora 😢, mas me dei um descansinho, até mesmo para organizar as ideias da fanfic.
Now, I'm back 😊
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Love you all 💘
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Somewhere 》Styles
FanfictionA vida tem dessas coisas que todo mundo fala: ansiedade, inquietação, angústia, egoísmo, mas nada é mais supervalorizado do que a felicidade, o amor e a tristeza. Se são todos sentimentos, por que esses três seriam constantes? Talvez nosso ma...