XXXXVII / Yara.

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-Por que está chorando? - perguntou uma mulher vestida de preto com os cabelos brancos lisos enormes. Sentou ao lado de uma outra mulher que chorava sentada em um tronco.

-Quem... quem é você? - perguntou a mulher que chorava.

-Por que estava chorando?

-Meu namorado terminou comigo para ficar com a minha irmã. - falou fungando o nariz. A mulher com o ar sombria mas com a voz doce olhou para o céu estrelado.

- Sei o que é isso. - afirmou a estranha mulher.

-Sabe?

-Sei. - Seus olhos da cor do mel as encontraram com a da mulher que chorava. - O amor da minha vida também me trocou pela minha melhor amiga.

-Sério?! E... o que você fez? - perguntou intrigada.

-Os matei. - falou com frieza na voz. - Você precisa se vingar.

-Me... me... vingar?!

- Éh! se vingar, eu posso de ajudar com um pouco da minha magia a gente...

-Mas... mas é a minha irmã. - a mulher levantou apontando para ela.

-Diga que você quer vê-la sofrer! Diga que você quer quê ela sinta a mesma dor que você está sentindo!

-Eu... eu... eu quero. - falou com dúvida.

-Diga que você quer vê-lo sangrar! Diga que você quer vê-los MORTOS!

-Quero!

- Essa dor que você está sentindo só ira passar se a matá-la! sua irmã tem que sofrer tem que morrer, ela tem que morrer!- a mulher que chorava levantou com ódio transparente.

-Por quê quer tanto que eu mate minha irmã?

- Uma profecia. - se afastou. -Diz a profecia que uma mulher de duas irmãs gémeas terá um bebê que esse bebê irá me matar! Destruir meus poderes e isso não pode acontecer. - falou a mulher sombria.

-Mas eu nem sei se ela está grávida...

-Enquanto você estava aqui se lamentando em lágrimas, eles já devem estar na cama desfrutando o amor que conquistaram, fecundado aquela criatura que vai ME matar. - a mulher que chorava começou se aproximar.

-Não vou negar, queria muito ver minha irmã sangrar de tanto chorar de tanto se lamentar, eu amaria ver ele morrer de tanto sofrer de angústia e desespero. - empurrou a mulher sombria que sentou no tronco. - Mais não! Por mas que eu queira, não! ela e minha irmã e quero ver muito a felicidade estampado no rosto dela, quero ver ele a amando. Não quero eles mortos apesar de estar desejando isso aqui dentro. - apontou para o próprio peito. A mulher sombria levantou com ódio, agarrou os braços da mulher que chorava cravando as unhas enormes, que inexplicavelmente cresceram rápido. Os olhos da cor do mel se transformaram em pretos sem vida.

- Sua estúpida! Passei décadas, séculos, milénios para chegar agora e uma pirralha vir e me matar. - sua voz não era mais doce era maligna. - Você vai matar sua irmã para que aquela maldita criança NÃO NASÇA!

- EU NÃO VOU! o que vai fazer?

-Esse corpo não presta mais, preciso de algo como; você. - a mulher sombria se desfez para dentro da mulher que chorava, ela começou a se debater mas foi inevitável, ela caiu desacordada.
Seus antigos olhos azuis que transparecia humildade e ingenuidade não existiam mais, no lugar era um azul misturado com mel transparencendo raiva, ódio e morte. Sentou no chão se analisando. Seus lábios esboçaram um sorriso satisfatório com o sucesso.
-Aquela criança não vai nascer, eu não vou deixar. - falou com a voz maligna.

Acordei assustada por causa do sonho sentei tentando controlar minha respiração, olhei para todos os lados e vi a televisão ligada.
Foi só um sonho, mas... foi tão real como se tivesse acontecido, que sonho estranho. Pensei. Olhei para o lado e vi o Jassy dormindo serenamente, respirei fundo me ajeitei com calma ao seu lado. Apreensiva fechei os olhos passei meu braço envolta do Jassy, respirei fundo porém os abri novamente por mas que eu queira não conseguia mais dormir, levantei bem devagar para não acordá-lo.

Desci as escadas com calma ando em direção a cozinha talvez um pouco de água me ajude, pus a água no copo levando-o até os meus lábios no entanto um choro de criança chamou minha atenção. Pus o copo na mesa e fui para sala mas o som vinha lá de fora. Como uma criança pode está lá fora nesse frio?
Abri a porta devagar esfregando meus braços para me aquecer do frio, procurava a menina mas não a achava, parei estremecida de medo quando senti uma presença por trás de mim.
Virei com os olhos arregalados.

-Você quer ser tão protetora que não pensa que pode ser uma armadilha. - falou Millena. Uma observação rápida vi que seus olhos era iguais a do meu sonho, dei uns passos para trás enquanto ela aproximava.

-Por que quer tanto me ver morta?! - falei amedrontada.

-Pergunta para sua tia. Áh! é não vai poder vê-la agora. - esticou as mãos para mim. Fechei os olhos para o clarão que surgiu quando a escuridão me domou.

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