O Irmão Mais Novo Do Meu Ex

2 - Pegada

Mordi o lábio, pensativa.

Suspirei novamente, profundo.

- Qual foi a parada? - perguntou, Alex, minha melhor amiga. Ela teve que gritar mais duas vezes para que eu entendesse o que ela queria dizer.

A música estava bem alta. A festa rolava adoidado. E eu ainda estava alheia a tudo e a todos.

- Nada... - gesticulei com as mãos, tentando não preocupa-la. Tomei mais um shot.

- Relaxa você vai conseguir seu celular de volta. - ela se esforçou para me animar. - E ainda por cima vai conseguir uma trepada fácil. - me zombou a safada.

Empurrei ela, rindo.

- Não gosto de nada que vem muito fácil. - ri, e levantei minha cabeça, a procura de algo que valesse a pena a noite.

O Barra Music nunca estivera tão lotado quanto hoje. Estava rolando vários shows na casa. E eu estava bem irritada.

Primeiro porque quando depois que saí do metrô, corri direto para casa, pra tentar ligar para o sacana que levou o meu celular.

Mas pelo visto o cretino desligou o meu celular.

Será que ele era um assaltante?

Puta merda. Não tenho sorte mesmo!

E ainda teve minha mãe, ela me deu altos esporros quando disse a ela para não ligar para meu celular, pois eu havia sido "roubada". Ela me proibiu de sair com qualquer cara está noite.

"- Nada de sair por aí com qualquer um, sem celular. Tá me ouvindo?" Ainda consigo ouvir suas recomendações mesmo de longe.

Suspirei novamente, e decidi ir ao bar, encher meu copo de novo.

Fiz um sinal para Alex, nem sei se ela prestou atenção, pois ela enfiava a língua na boca de um loiro magricelo, que havia chegado nela há um minuto.

Mais rápida que o Flash.

Ajeitei minha saia. E caminhei pelo canto da casa de show, tentando não chamar atenção.

Senti uma mão nas minhas costas, empurrei, recusando. O cara se mancou, e foi embora.

Não tô com humor pra isso hoje.

Hoje sou eu que escolho.

Me aproximei do balcão, sorri para Barman, por mais que eu estivesse um pouco distante, ele facilmente me viu, abriu espaço e eu me joguei no balcão, me sentindo em casa.

- Quero o mais forte. Duas por favor. - sorri, ele riu malicioso.

Encarou meu decote, e arqueeou a sobrancelha, mordi o lábio inferior, provocando-o.

- Você manda, e eu te sirvo...? - ele brincou com as palavras.

Balancei a cabeça, avaliando, brincalhona. Ele riu ainda mais, mostrando suas covinhas.

Ele fez dois shots de capivodkca para mim.

Desci o primeiro shot.

- Quem sabe na sua hora vaga. - sugeri, me sentindo mais safada do que o costume.

Sim, a cadela no cio do primeiro capítulo, você lembra?

- Meia hora. - ele falou rápido, com um sorrisinho convincente.

- É o tempo que eu preciso pra ficar com um por aí... - zombei dele, e ele apenas respondeu o que eu tanto queria ouvir naquela noite.

- Fique com cem. Você vai ver que vou te fazer se sentir melhor do que qualquer um desses. - ele falou sério.