Tessa.

89 20 0
                                    

O dia amanheceu, eu acordei, tomei banho, me vesti e ouvi batidas na porta. Fui até ela, a abri e era um dos cavaleiros de Relia. Ele me olhou e falou:

— Bom dia, senhorita Tessa.

O olhei e falei:

— Bom dia. Aconteceu alguma coisa?

Ele suspirou e falou:

— O nosso mestre convoca a sua presença na sala dele imediatamente.

Afirmei com a cabeça e fui até a sala, bati na porta e ele falou:

— Entre.

Ao entrar ele estava lá acompanhado de um rapaz, o olhei e falei:

— Precisa de algo, mestre?

Ele afirmou com a cabeça e falou:

— Sim. Você e o seu grupo terão uma missão hoje ao anoitecer.

Eu o olhei e falei:

— Claro, senhor. O que teremos que fazer?

Ele levantou, colocou a mão no ombro do rapaz e falou:

— Esse rapaz, o Adrian, nos trouxe uma informação muito importante.

O olhei e falei:

— Desembucha, cara.

O Adrian me olhou e falou:

— Eu descobri alguns traidores do reino, um deles matou aqueles dois soldados que encontraram. Eles estão pensando em fugir para Pandora hoje ao anoitecer.

Cruzei os braços e falei:

— Como você sabe que são traidores?

Ele sorriu e falou:

— Porque eu estou me abrigando na casa deles. E eles acham que eu sou confiável, então me contaram tudo e me convidaram a ir também.

O olhei e falei:

— Como eles se chamam?

Ele respirou fundo e falou:

— Alex Rider, Kailan, Venus e Owen.

O olhei assustada e falei:

— Owen? Não pode ser, porque eu o matei.

O Kerri o olhou e falou:

— Você tem certeza disso? Porque ele está morto.

Ele nos olhou e falou:

— Eu tenho sim, eu escutei esse nome.

Meu coração doeu muito, porque matá-lo foi a coisa mais difícil que eu fiz na minha vida. Mas eu precisava ou iriam matar os meus pais. Eu nunca havia pensado em fazer mal ao Owen, porque eu o amava... acho até que ainda o amo. Eu não poderia negar a ordem do Kerri, então eu teria que ir atrás dele, mais uma vez.

Eu estava assustada, mas no fundo eu estava feliz por ele estar vivo. O olhei e falei:

— Eu nem sei o que falar.

O Kerri me olhou e falou:

— Tessa, você estará encarregada de trazê-lo para mim. Junte o seu grupo, alguns soldados e ao anoitecer, vá acompanhada do Adrian até a casa.

Eu o olhei e falei:

— Sim, senhor.

Ele veio até mim e sussurrou no meu ouvido:

— Maldição do controle do corpo e da mente, eu te reativo.

Senti meu corpo inteiro ficando mole e em seguida tudo ficou escuro e senti meu corpo caindo no chão.

↜✾↝

Acordei algumas horas depois e já estava quase anoitecendo. Eu levantei, vesti minha roupa de combate, sai do quarto, fui até os outros e falei:

— Temos uma missão a cumprir.

Eles em olharam e falaram juntos:

— Vamos.

O Kerri havia feito uma maldição para mim, para que eu não desistisse de cumprir suas ordens e o obedecesse sem pestanejar. Por isso eu sempre fazia tudo que ele queria, mesmo sem querer. Além de pensar nos meus pais eu praticamente não tinha uma escolha.

Fomos até o Adrian, seguimos até a casa que ele nos levou e ao chegarmos lá, eu o vi. Ele estava diferente, mais forte, mais seguro, mais confiante e extremamente poderoso.

Eu atirei nele e ele não sofria um arranhão. As balas eram engolidas pelo seu corpo e ele lançava raios. Eu fiquei assustada e impressionada, eu nunca havia visto e sentido tanto poder.

Eles dizimaram meu pelotão praticamente inteiro, só sobramos eu e mais dois, estávamos muito machucados. E então conseguimos fugir com vida, graças a um dos feitiços de fuga.

~•~

Ao chegar em casa, eu estava sentindo muita dor. Minha perna estava queimada e eu gemia de dor, o Kerri veio até nós e falou:

— Mas o que aconteceu com vocês?

O olhei e falei:

— Um massacre, o Owen realmente está vivo. E muito poderoso, eu nunca senti tanto poder assim, mestre. Ele tirou a vida de um dos nossos com a mão e o jogou no chão, ele estava parecendo um cadáver quando caiu. Nossas balas não o machucavam, seu corpo engolia as balas e nada acontecia. Eu estou muito assustada e confusa, não vai ser fácil ganhar essa guerra.

Ele me olhou e falou:

— Não pode ser... Como eles conseguiram isso? Como eles trouxeram... eu preciso fazer alguma coisa.

O olhei e falei:

— Mestre...

Antes de sair ele me olhou e falou:

— Maldição do controle do corpo e da mente, eu te desativo.

Eu suspirei sentindo as coisas voltando ao normal e nos levaram para a enfermaria. Ao chegar lá fizeram os curativos na minha perna e falaram feitiços de cura. Eu olhei para o lado para ver os meus amigos e falei:

— Eles irão ficar bem?

Uma das curandeiras nos olhou e falou:

— Sim, eles só precisam descansar.

Ela me entregou um copo com chá, eu afirmei com a cabeça, tomei todo o líquido e em seguida adormeci.

Meu pé de cerejeira branca - Livro I.Onde histórias criam vida. Descubra agora