Capítulo 15.

154 29 0
                                    

Acordei na manhã do dia seguinte, a Vênus estava dormindo na poltrona do lado, segurando minha mão. A olhei, apertei sua mão e ela despertou, me olhou e falou:

— Meu amor, como você está? Fiquei tão preocupada.

A olhei, respirei fundo e falei:

— Estou bem. E você?

Ela sorriu, acariciou meu rosto e falou:

— Agora estou bem.

Quando olhei para o lado, a Hera e o Ares estavam chegando, ela nos olhou e falou:

— Como está meu paciente?

A olhei e falei:

— Melhor.

Ela sorriu e falou:

— Muito bom saber. Já está de alta, você desmaiou porque perdeu muito sangue.

O Ares sorriu e falou:

— Muito bom saber que já está melhor. Mas eu preciso que você me conte o que aconteceu, quem te atacou.

Sentei na cama, respirei fundo e falei:

— Eu estava cavalgando pela floresta e de repente, meu cavalo parou. Ouvi uns barulhos estranhos e um rapaz todo de preto, com os olhos laranjas, me atacou. Ele falava umas coisas estranhas, partiu para cima de mim e tentou me matar. Usei meus poderes nele, acabei queimando seu capuz e vi seu rosto.

Ele interrompeu e falou:

— Como ele era?

Eu o olhei e continuei:

— Ele era careca, tinha uma tatuagem de galhos mortos no rosto e uma cicatriz enorme. E vale ressaltar que ele tem uma risada horrorosa.

Ele me olhou e falou:

— Você atacou ele? O que ele dizia para você?

Eu o olhei e falei:

— Sim, eu o queimei e fiz um corte em sua nuca. Ele dizia que minha ruína estava chegando, assim como a da nossa tribo. Ele disse isso várias vezes e na uma última vez, desapareceu e subiu uma fumaça preta. Mas quem é ele e por que ele me atacou?

Ele respirou fundo e falou:

— A guerra está cada vez mais próxima. Ele é o líder da tribo dos Erinios, se chama Kerri. Ele veio tentar nos intimidar, mas ganharemos.

Afirmei com a cabeça e ele falou:

— Aquela cicatriz que ele tem, foi eu que causei.

Eu o olhei e falei:

— Como?

Ele me olhou e falou:

— Na última invasão, eu e ele entramos em combate, quase lutamos até a morte e eu deixei aquela cicatriz. E ele me deixou algumas também, mas estou vivo, é isso que importa.

Afirmei com a cabeça e ele falou:

— Se não quiser treinar hoje, tudo bem.

Eu o olhei, levantei e falei:

— Eu vou treinar, até me tornar mais forte e melhor. Eu quero a cabeça dele numa bandeja de prata. Agora isso virou pessoal, ele vai se arrepender de ter cruzado o meu caminho.

Ele deu um sorrisinho disfarçado de canto e falou:

— Tudo bem, os espero mais tarde.

Sai junto com a Vênus e ela falou:

Meu pé de cerejeira branca - Livro I.Onde histórias criam vida. Descubra agora