Acordei na manhã do dia seguinte, a Vênus estava dormindo na poltrona do lado, segurando minha mão. A olhei, apertei sua mão e ela despertou, me olhou e falou:
— Meu amor, como você está? Fiquei tão preocupada.
A olhei, respirei fundo e falei:
— Estou bem. E você?
Ela sorriu, acariciou meu rosto e falou:
— Agora estou bem.
Quando olhei para o lado, a Hera e o Ares estavam chegando, ela nos olhou e falou:
— Como está meu paciente?
A olhei e falei:
— Melhor.
Ela sorriu e falou:
— Muito bom saber. Já está de alta, você desmaiou porque perdeu muito sangue.
O Ares sorriu e falou:
— Muito bom saber que já está melhor. Mas eu preciso que você me conte o que aconteceu, quem te atacou.
Sentei na cama, respirei fundo e falei:
— Eu estava cavalgando pela floresta e de repente, meu cavalo parou. Ouvi uns barulhos estranhos e um rapaz todo de preto, com os olhos laranjas, me atacou. Ele falava umas coisas estranhas, partiu para cima de mim e tentou me matar. Usei meus poderes nele, acabei queimando seu capuz e vi seu rosto.
Ele interrompeu e falou:
— Como ele era?
Eu o olhei e continuei:
— Ele era careca, tinha uma tatuagem de galhos mortos no rosto e uma cicatriz enorme. E vale ressaltar que ele tem uma risada horrorosa.
Ele me olhou e falou:
— Você atacou ele? O que ele dizia para você?
Eu o olhei e falei:
— Sim, eu o queimei e fiz um corte em sua nuca. Ele dizia que minha ruína estava chegando, assim como a da nossa tribo. Ele disse isso várias vezes e na uma última vez, desapareceu e subiu uma fumaça preta. Mas quem é ele e por que ele me atacou?
Ele respirou fundo e falou:
— A guerra está cada vez mais próxima. Ele é o líder da tribo dos Erinios, se chama Kerri. Ele veio tentar nos intimidar, mas ganharemos.
Afirmei com a cabeça e ele falou:
— Aquela cicatriz que ele tem, foi eu que causei.
Eu o olhei e falei:
— Como?
Ele me olhou e falou:
— Na última invasão, eu e ele entramos em combate, quase lutamos até a morte e eu deixei aquela cicatriz. E ele me deixou algumas também, mas estou vivo, é isso que importa.
Afirmei com a cabeça e ele falou:
— Se não quiser treinar hoje, tudo bem.
Eu o olhei, levantei e falei:
— Eu vou treinar, até me tornar mais forte e melhor. Eu quero a cabeça dele numa bandeja de prata. Agora isso virou pessoal, ele vai se arrepender de ter cruzado o meu caminho.
Ele deu um sorrisinho disfarçado de canto e falou:
— Tudo bem, os espero mais tarde.
Sai junto com a Vênus e ela falou:
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Meu pé de cerejeira branca - Livro I.
Narrativa generaleSempre me fiz perguntas e quase todas elas eram sem respostas. De onde eu vim, quem são meus pais, porquê eu estava aqui, qual o sentido da vida, porquê nada nunca deu certo, porquê eu sou diferente de todos, entre várias e várias outras. Passei min...