- Justin eu…er…eu – foda-se porque estou a gaguejar – não sei – suspirei. Ele me encarou confuso.
- Porquê? – sussurrou.
- acho que não ia dar certo, você e eu na mesma casa durante dois dias ia dar barraca – ri fraco, ele soltou um riso pelo nariz.
- é só isso que tem medo?
- é – falei meia insegura, na verdade nem eu sei bem o porquê de ter medo de passar um final de semana com ele, talvez tenha medo de me apegar mais a ele.
- mas isto não foi uma pergunta foi apenas uma informação – o encarei me fingindo de brava, ele riu e agarrou minha cintura me puxou para cima dele, fiquei com minhas mãos a volta do pescoço dele – se não aceitar te arrasto – me deu um selinho demorado. Gargalhei.
- queria ver isso – desafiei. Suas mãos desceram para as minhas coxas as agarrando e se levantou comigo no seu colo, com uma perna de cada lado e começou a andar em direção a porta, arregalei os olhos.
- JUSTIN – berrei, ele me deu um tapa na bunda mas continuou andando – estamos nus – lhe lembrei.
- e? – me encarou divertido, viado deve estar se divertindo com a minha aflição.
- e? E?! eu to nua, toda a gente me vai ver nua – ele já estava abrindo a porta enquanto me esperneava.
- é não te quero que te vejam nua – se afastou da porta – só eu posso – sussurrou no meu ouvido me fazendo arrepiar.
- só quem eu quero pode...não tem de ser necessariamente você – o provoquei.
- mas só eu te deixo assim – se achou e bom ele tinha razão. Bufei inconformada. Ele riu.
- para de rir – bronqueei. Ele riu mais – deixe de ser palerma – falei brava odeio que riam da minha cara, na hora sua cara se fechou.
-veja la como fala vadia – suas palavras ecoaram na minha mente, vadia sou uma simples vadia.
- vou me vestir – as únicas palavras que consegui dizer e saltei do seu colo.
Peguei minhas roupas espalhadas pelo chão e me comecei a vestir e senti que Justin fazia o mesmo. Não dissemos uma única palavra, alias nem nos encarávamos…isto é tao bobo estarmos assim por uma coisinha que começou por ser sem importância mas bom nos não somos normais nossa relação, seja ela qual for, também não ia ser. Acabei de me vestir, dei um jeitinho no cabelo e finalmente tomei coragem de olha-lo não sei mas acho que evito o olhar porque aquele olhar dele me faz perder os sentidos e ficar sem controle de mim própria e uma coisa que detesto é perder o controle do que quer que seja principalmente de mim própria. Ele estava a acabar de apertar os ténis, levantou e seu olhar foi para mim, me prendendo logo… ficamos nos encarando.
- ta olhando o que? – falou rude, na hora eu me vi no primeiro dia que o conheci com aquele ar de superior e tom de deboche misturado com rudez constante na sua voz. Suspirei pesado.
- nada não – abanei minha cabeça e peguei minha mala e meu casaco – adeus - fui em direção a porta.
- espere – disse me fazendo paralisar como se fosse obrigada a lhe obedecer naquele momento me senti a Ella no filme “Ella encantada”. Me virei para ele arqueando a sobrancelha a espera de um movimento seu mas nada ele ficou me encarando.
- sim? – fiz uma careta – vai demorar muito tempo a falar? – usei meu tom mais rude mas acho que não surtiu muito efeito esse meu esforço, consigo ser rude com toda a gente mas não naquele momento com aquela pessoa.
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The Game of Life PT
FanfictionUma cidade pequena demais para dois traficantes, uma realidade muiyo violenta e perigosa para apenas dois jovens, a mesma vontade de adrenalina e perigo, a mesma "paixão" que resultara em conflitos, uma rivalidade de suas famílias, a mesma personali...