Eu tava lendo Reich aqui no Wattpad (simplesmente amo livros de vampiros!😍), aí o tempo foi passando, passando e ficou tarde, mas como prometido, aqui está o segundo capítulo de hoje.
💕💕💕
Charlote
— Não — disse Stephan respondendo a minha pergunta. — Você não ouviu.
Talvez fosse pelo seu sorriso, mas, ainda que eu tenha o observado apenas por alguns segundos e todo o diálogo que ouvi tenha sido em inglês, eu sabia que ele estava mentindo. Ele deve achar que sou idiota.
— Nossa, você mente tão mal quanto eu ouvi falar — falei com ironia, ao ver seu sorriso ficar maior. — Hilary, não pegue os maus hábitos desse cara, por favor. Isso é feio — falei seriamente ao olhá-la. Quando Hilary balançou a cabeça em concordância, acabei sorrindo.
Stephan disse rapidamente algo a mais para a pessoa com quem conversava e veio até nós.
— Ei, querida, você está linda! — disse pegando a mão de Hilary e girando-a uma vez, fazendo com que a saia rodada do vestido branco se erguesse levemente. Ela sorria alegremente e o que lhe dava um ar angelical. Eu sabia que ela tinha gostado do presente e me sentia feliz com isso. Sua alegria foi um verdadeiro presente em meio a tantos pensamentos turbulentos. — Já que é obviamente mais educada do que eu, você agradeceu, não foi?
— Sim — concordou.
— Isso é ótimo — ele bagunçou um pouco seus cabelos assim como tinha feito comigo antes e se ajoelhou, beijando-lhe a testa. — A tia Margaret ligou, porque não conversa um pouco com ela? — disse, entregando-lhe o celular. Se Hilary parecia alegre antes, agora ela estava radiante. — Vem cá.
Pegando-a nos braços, Stephan a levou em direção a mesa e puxou uma cadeira para sentá-la. Sorri de lado, vendo que ele realmente parecia um pai nesse momento, e saí. Estava prestes a entrar na sala novamente quando sua voz me parou.
— Ei, Charlote, espera.
Virei-me, vendo-o passar para o corredor. Estudei sua expressão suave enquanto ele me fitava.
— Eu ainda não te agradeci pela ajuda. Graças a você, tudo está dando certo, então… Obrigado — disse com sinceridade. — Você me perguntou antes se eu pretendia ficar no Brasil e a resposta é: Por enquanto, sim. Ficaremos até a Hilary decidir que é hora de ir embora. Caso ela queira voltar, providenciarei as passagens o mais rápido possível e realizarei seu desejo. E isso é provavelmente muita falta de consideração da minha parte, mas eu não me importo. Só queria que soubesse o quanto sou grato por me ajudar a fazê-la voltar ao normal novamente.
Pisquei, surpresa.
— Ok — falei franzindo a testa, esticando aquelas letrinhas bem mais do que deveria ser aceitável. — Eu aceito sua gratidão, embora não seja como se eu tivesse feito algo muito impressionante. Mas é meio estranho te ver falando tão educadamente agora que sei que você não é exatamente assim.
— Estou aprendendo com a Hil e tentando ser mais civilizado — retrucou com um sorriso levemente zombeteiro. Uma mudança verdadeiramente drástica. Agora ele não parecia nem um pouco educado.
— Se esse é o caso, eu admiro seus esforços — imitei sua expressão. — E posso até dizer o mesmo sobre o fato de querer fazer ainda mais por ela. Mas não acho que Hilary iria impor algo assim sobre você tão facilmente, ela não é egoísta, por isso, acho bom você começar a se acostumar com a ideia de ficar aqui de forma permanente.
— Isso a alegra?
— Ah, não, isso me faz lamentar até as lágrimas, mais se é por aquela garotinha fofa, estou disposta a tentar aguentá-lo — brinquei.
— Bem, quem diria que você na verdade é uma espertinha — ele disse, cruzando os braços.
— Você não sabe muito sobre mim, não é mesmo? Apesar de que eu estou em muito mais desvantagem considerando tudo. Você se intrometeu na minha vida, e a partir desse momento me senti no direito de me intrometer na sua. Esteja pronto para um interrogatório surpresa a qualquer momento, Stephan. E eu não vou pegar leve.
— Ok, sweet. Estou esperando.
Dando-me uma piscadela de brincadeira, Stephan voltou a cozinha.
E por algum motivo, mesmo que estivesse confusa pelo modo que ele tinha me chamado, ainda tinha um sorriso idiota na cara quando sentei no sofá, encolhendo-me ao lado dos meninos e ligando a televisão.
💕💕💕
Tavinho tinha adormecido rapidamente quando o coloquei no berço hoje a tarde, antes de ajudar Hilary a se trocar, e agora parecia bem desperto em meio ao silêncio que encobria tudo. Éramos os únicos acordados no apartamento. Hilary tinha adormecido rapidamente enquanto eu lhe contava uma história, provavelmente exausta pela quantidade de energia que tinha gastado mais cedo e os meninos só voltariam de madrugada.
— Ei, meu amor, como você acha que o papai tá agora?
Pousei a mamadeira a muito vazia na mesinha de cabeceira e comecei a andar pelo quarto, embalando meu filho em meus braços. Ele permaneceu quietinho, olhando-me daquele jeitinho curioso, como se tentasse compreender o motivo de eu estar tão inquieta.
Como Evandro ou Lara ainda não tinham entrado em contado, tudo o que eu podia fazer eram suposições sobre o que estava acontecendo. E isso me deixava muito além de preocupada.
Stephan tinha me perguntado apenas algumas horas antes se eu ainda amava Evandro, e por mais que eu soubesse que a resposta para essa pergunta era negativa quando se tratava do sentido romântico, aquilo tinha me pego de surpresa por um momento. Foi como se eu voltasse no tempo para mais de dois anos atrás quando descobri que Van tinha uma noiva e aquele sentimento que eu achei ser tão bonito começou a se despedaçar aos poucos. Eu tinha percorrido um longo caminho até aqui e podia dizer seguramente que todo aquele amor tinha se transformado apenas num profundo carinho, mas nem por isso a preocupação parecia vacilar um pouco. Exceto quando eu estava conversando com Stephan esta tarde. Ele tinha conseguido me distrair por mais tempo do que eu achei ser possível e fiquei surpresa depois quando pensei no quanto uma conversa simples e boba tinha me feito bem, prendendo-me a ela por um tempo mesmo depois de já termos terminado.
Mas agora ele não estava aqui e meus pensamentos se voltavam para Evandro e Elisa de novo.
Depois de muito andar em círculos pelo quarto, percebi que Otávio já tinha caído no sono. Por quanto tempo eu estive pensando?
Caminhei até o berço e o coloquei ali com muito cuidado, cobrindo-o parcialmente. Esperava que ele não tivesse uma noite de sono inquieta como acontecia algumas vezes, caso contrário eu sabia que eu acordaria parecendo um zumbi pela manhã graças a noite mal dormida. Não, espere. Eu provavelmente nem conseguiria dormir essa noite com tantos pensamentos me atormentando. Soltei um suspiro pela constatação e velei seu sono até que ouvi um choramingo. Virei em direção a cama e me aproximei quando ouvi Hilary murmurar alguma coisa. Nada que eu pudesse entender, no entanto, quando ela choramingou de novo, pensei se não estaria tendo um pesadelo.
Será que ela estava sonhando com a mãe?
Pressionei os lábios com mais um ponto na minha listinha de preocupações do dia e me deitei ao seu lado. Assim como faço com Otávio, a envolvi num abraço, murmurando palavras tranquilizadoras e acariciei suas costas com movimentos suaves até ela se acalmar.
Eu, definitivamente, não era a única com problemas naquele momento.
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Desculpem-me por qualquer possível erro. Estou com sono.
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Bjos!😘
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Meu Amor Por Você
Чиклит#14 em Literatura Feminina - 21/01/17 Ter engravidado do ex-namorado aos 18 anos tinha sido fruto de uma noite inconsequente, que tinha destruído a pouca civilidade que restava no frágil relacionamento de Charlote e sua mãe. Ser expulsa da vida dela...