Água, aço e látex.

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Fui morrer no peito do meu algoz
O peito branco e liso me convidou a dar um último suspiro do sono

Fui morrer no peito do meu algoz
No derradeiro adeus das minhas lágrimas

Fui morrer no peito do meu algoz
Porque em mim já não existia sossego
Em mim já não existia amor
Já não existia nada

Minha garganta aperta feito nó de cadarço, queimando no desespero
E eu me afogo na piscina de álcool que construí em volta da minha casa
Eu me afogo em tantas coisas que não disse, e tanta outras que disse demais

Me afogo em meu próprio sangue
E me afogo nas estrias da terra, na cevada, na navalha e no sexo
Como se isso fosse preencher o buraco negro que existe em meu peito
Como se isso fosse colar os pedaços
Ou fosse aliviar o peso

Fui morrer no peito do meu algoz
Como tantas outras vezes procurei fazer
Mas dessa vez, como a mais bela
E a última de todas delas.

Eu e o VentoOnde histórias criam vida. Descubra agora