MEU PRAZER É VOCÊ (LIVRO 2) FAMÍLIA GREEN

Capítulo 6

A sexta feira logo chegou e com ela toda a empolgação por parte da minha mãe.

- Chris, hoje você irá dividir a cozinha comigo. Quero ajudá-la no preparo do jantar.

- Claro, senhora Green. Porém não se acostume, essa cozinha é minha por muitos anos.

- Sei disso, tomarei cuidado com tudo. Eu sei cozinhar, Christina! - às vezes elas brigam como irmãs.

- E aliás, a comida que minha mulher prepara é maravilhosa. - papai diz, bem orgulhoso.

- Gente, eu só quero comer! Vocês duas são maravilhosas com a comida que preparam.

Todos riem e papai se despede, indo para a empresa.

- Vou avisar Alice o horário do jantar.

- Claro, filha. Encontrei Jerry no jardim hoje mais cedo, ele parece ser realmente calmo.

- Ele é sim. Bom, irei também levá-lo ao veterinário mais tarde.

- Sim, faça isso.

Subo as escadas correndo e encontro o gato no corredor.

- Para um filhote você é bem esperto. Venha, vamos ligar para a tia Alice? Ela irá gostar de você.

Entro no meu quarto, deixo Jerry na cama e pego o celular, discando o número da Ali.

- Oi.

- Kath, você sabe que horas são?

- Oito horas? - olho no relógio do quarto.

- Eu fiquei fazendo um trabalho a noite toda... - ela diz meio cansada.

- Desculpa amiga, mas eu quero avisar que o jantar será as 19:00.

- Eu não vou poder ir, amiga. Meus pais brigaram, está um clima estranho... Me desculpe.

- Eu... Sinto muito, Alice. Se quiser vir conversar, tenho algo para lhe mostrar.

- Vamos nos ver amanhã, se lembra?

- Ah, claro. Eu tenho que desligar, vou sair.

- Tudo bem, vou voltar a dormir, te amo amiga!

- Também te amo, sua louca.

Assim que desligo o telefone, fico pensando: Os pais de Alice sempre vivem brigando. Isso quer dizer que talvez não aja mais o maldito amor entre os dois.

É por isso que eu deixei de acreditar nessa palavra. Há exatamente quatro anos atrás, conheci um garoto na escola. Seu nome era Nathan.

Na minha cabeça, ele era perfeito...

Estudávamos juntos na mesma sala. Eu perdia horas a fio olhando para ele.
Alto, com seus cabelos louros, macios, seus olhos cor de avelã, sua boca aveludada, carnuda. Ele realmente chamava a atenção de todos.

Ele jogava no time da escola, e era bastante popular.

Os garotos queriam ser seus amigos. As garotas, no mínimo, queriam estar em sua cama, com as pernas abertas e nuas.

Eu queria me aproximar e apresentar-me a ele. Naquela época eu ainda era inocente, virgem, sonhava com o meu príncipe encantado com o cavalo branco. Ele viria e iria me salvar da torre.

Só que dessa vez foi diferente. Ele veio me maltratar.

Eu estava guardando o material de química mo armário, quando senti alguém me observando, mesmo assim não me importei. Continuei a fazer o que antes fazia, quando sinto a presença de Nathan ao meu lado.