MEU PRAZER É VOCÊ (LIVRO 2) FAMÍLIA GREEN

Capítulo 31

Liam

Irritado.

Essa é a definição do meu sentimento neste exato momento.

- Está, escutando, Liam? - o médico perguntava pela milésima vez. - Não quero vê-lo aqui por um bom tempo, só volte para a sua consulta daqui há um mês. Não ouse quebrar uma só unha. - o velho de meia idade com olhos puxados escrevia algo em sua prancheta. - Nada de esforços, tente não caminhar demais durante essa semana. Já que você não quer usar a cadeira, irá usar essa bengala, só para garantir a firmeza de sua perna. Qualquer dor forte na região da cabeça é só tomar o medicamento que eu prescrevi. Caso não passe em torno de duas horas na segunda dosagem é aconselhável ligar para o hospital. Mesmo que na tomografia não tenha acusado nada como sequelas é melhor ficarmos de olho.

Eu apenas assenti, queria tanto ir embora.

Katharyn estava ao meu lado, segurando a minha mão e olhava atentamente para o médico. Ainda não podia acreditar que eu seria pai.

Kath definitivamente me fez ser o homem mais sortudo do mundo. Tinha uma família que apesar das merdas que eu havia cometido me amava, estavam lá por mim.

Eu precisava fazer algo muito especial para a minha namorada e foi por isso que um dia antes tinha chamado Alice e Kennedy aqui. Eles iriam comprar as alianças de noivado para que eu pudesse entregar a Kath.

Alice com certeza sabia sobre os gostos da amiga, então isso seria bem mais fácil.

E o resto eles sabiam o que fazer.

- Liam... Liam... - alguém me chamou. - LIAM!

Olhei para o lado e vi a minha pequena garota olhando para mim.

- O que foi? Tá tudo bem? Quer que eu avise que você não está bem?

- Não, eu sou estava pensando no quanto é bom sair desse lugar...

- É o que eu diga... Isso aqui já era a minha segunda casa. - ela arrumava as malas. - Já podemos ir, seus pais foram assinar a sua alta. - parou com um sorriso ao lado da maca onde eu estava sentado. - Estou feliz por você.

Olhei para ela e vi um brilho diferente em seus olhos. Um frio percorreu a minha espinha, mas eu apenas sorri.

- Eu estou feliz por nós. - peguei o seu rosto com as minhas duas mãos e a beijei, lentamente para que pudesse saborear cada pedaço de sua boca, como se fosse o meu primeiro beijo.

Cauteloso, era a palavra.

Ela sorriu entre o nosso beijo e então segurou minha nuca e com a outra mão pegou em meus cabelos.

- Eu sinto a sua falta. - ela falou.

Sabia o que ela estava querendo dizer.

- Eu também sinto a sua. Prometo que vou recompensá-la essa noite.

Depois de beijar meu pescoço ela disse:

- Uma promessa é uma dívida. Eu vou cobrar.

Desci minhas mãos até a sua bunda e apertei, fazendo ela gemer baixo.

- Não sou um homem de promessas vazias, baby.

Sorri e a puxei para fora do quarto antes que eu tomasse posse dela ali mesmo naquela cama hospitalar com a porta e janelas abertas, sem me importar com nada e nem ninguém.

****

Katharyn

Eu estava morrendo de saudades do corpo quente daquele homem. Não via a hora de tê-lo dentro de mim. Mas nada é como queremos.