Liam.
Acordar em um hospital é terrível. Pior ainda é ter tantas pessoas mexendo em meu corpo e fazendo várias perguntas.
Eu estava totalmente confuso. Tinha certeza que havia escutado a voz de Katharyn. E ela estava chorando.
Por quê?
Eu não sabia por quantas horas havia dormido, mas os médicos afirmaram ao dizer que não daria para fazer uma conta exata.
- Seus familiares e amigos estão todos lá fora. Você nos deu um belo susto, rapaz. - disse o médico enquanto escrevia algo na prancheta e depois olhou para mim, sorrindo. - Você é um milagre, ou talvez sua namorada tenha feito isso com a ajuda do cara lá de cima. Vou sair e eles vão entrar aos pouco. Tente não ficar agitado, mesmo que você tenha dormido por muito tempo, ainda precisa descansar. - ele olhou para uma enfermeira que estava mexendo em algum aparelho e disse: - Temos que fazer mais exames para confirmar que ele está bem. Daqui uma hora prepare a sala de raio X e libere a outra para uma tomografia, senhora Benedity.
Após ela assentir, o médico saiu.
- Acho que está com fome, não é? Sua família vai entrar daqui a pouco. Estão ansiosos para falar com você.
Olhei para ela com uma invisível interrogação no rosto.
- Quanto tempo eu dormi? Vinte e quatro horas, quarenta e oito? - perguntei debochadamente.
- Quatro meses... - ela disse ao terminar de colocar o soro.
Como assim, quatro meses!? Não. Não podia ser... Que brincadeira sem graça.
Olhei para a senhora gordinha que arrumava a bandeja com vários medicamentos.
- Não tem graça, Benedity. - disse com um meio sorriso.
Ela me olhou toda séria e disse:
- Eu não estou sorrindo, você está? - arrumou seus óculos redondos e foi até a porta. - Trarei o seu almoço.
E assim se foi.
Quatro meses? Dessa vez Jeremy havia quase conseguido. Segundo o senhor Green, eles estão cuidando do assunto.
....
Depois que meus pais entraram e me encheram de beijos e abraços, minha mãe chorou. Não quis nem por um segundo sair do meu lado.
Meu pai me fez prometer que não iria mais correr. Para deixá-los mais calmos, apenas assenti.
Ele me disse que agora teria que ser mais responsável e pensar no futuro da minha família.
Minha família eram eles.
Não era?
....
Paul entrou sorrindo falando de um bebê mágico. Alice o cutucou pedindo pra parar.
- E aí, cara? Que susto hein irmão... - ele colocou a mão no meu ombro.
- Quatro meses! - sorri.
- Você é um imbecil. - despejou Alice. - Quase nos matou, quase matou a minha amiga. Agora ela está mal, muito mal. Idiota! - ela começou a chorar. Paul foi para o seu lado e a abraçou.
- Ele não tem culpa, meu amor.
Apenas concordei, pois era a verdade.
- Tem! Tem sim, se ele não fosse teimoso e a escutasse agora estariam bem e ele estaria participando da vida dela. Ela estava aqui, sabia? Quando você acordou. Ou melhor, ela passou mais tempo aqui do que em outro lugar nesses últimos meses. Ela não tem nem ido às consultas.
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MEU PRAZER É VOCÊ (LIVRO 2) FAMÍLIA GREEN
RomanceO que fazer quando o ódio vira paixão? E se a vida fizer de tudo para separar os dois? É quando acontece uma tragédia e tudo pode mudar na vida de todos eles. Será o amor capaz de suportar as barreiras? ~ trilogia, O acordo. 2°Livro ~ Katharyn G...