Capítulo 29

1.2K 86 29
                                    

Estou trancada no banheiro olhando a mim mesma no espelho, tentando descobrir que pessoa eu me tornei. Aquela que se livra de uma prisão, mas não consegue controlar seus próprios impulsos? Provavelmente. Foi vergonhoso ter passado essa noite com Luke. 

"Amor para com isso vai." Luke fala. 

Ele está tentando me fazer abrir a porta a pelo menos dez minutos, mas eu estou com tanta vergonha de mim mesma e raiva de nós dois que eu sou incapaz disso. 

"Vai embora Luke. Eu não quero ver você agora, eu não quero ver ninguém." Digo. 

"Por que?" 

"Porque eu não queria ter passado a noite com você e você insistiu, me fez fazer isso." Falo. 

"Sim você queria, sua mente pode ser que não, mas seu corpo queria, seu coração também." Ele fala. "Eu não te obriguei a nada." 

Ligo o chuveiro. 

"Não vai abrir?" Ele pergunta. 

"Não, você me traiu ontem e depois me fez agir como uma vadia que não pode ficar sem sexo. Eu me recuso a ver você antes da raiva passar." Digo a ele. 

"E vai passar?"

Suspiro pesado. "Passa todas as vezes não é?" Respondo com outra pergunta. 

Amar ou não amar Luke não está dentro das minhas possibilidades de escolha. É assim e pronto. Demoro muito tempo no banho e quando saio Luke já não está mais no quarto. Melhor assim. 

"Não precisa agradecer por eu e Tom termos conseguido abafar seu mais recente escândalo." Marshall já entra falando. Eu ainda estou de roupão, mas decido não me importar com isso, afinal Marshall é inofensivo. 

"Obrigada." Falo. 

"Então está tudo bem agora?" Pergunta. 

"Não sei." Digo. "Mas para você estar aqui agora é algo de trabalho, então vamos lá, me anime."

 Ele me entrega um envelope. "O que é?" 

"Um convite para um baile de gala beneficente que acontecerá essa noite na cidade, Gayle ligou e disse para você ir, porque é em prol de uma instituição para crianças que foram afastadas da família por maus tratos." Ele explica. 

Gayle é a responsável pelo projeto do qual sou embaixadora, que dá importância a educação das crianças e aos direitos delas. 

"Eu vou." Digo. 

"É um convite duplo, ou seja, pode levar um acompanhante." Fala. 

Abro o envelope e vejo os convites. "A não ser que queira ir comigo eu vou sozinha." Falo. 

"Eu não posso, tenho que ficar e preparar tudo para nosso último dia de turnê." Ele declina. 

"Certo. Mas eu preciso de um vestido de gala para essa noite." Eu me lembro. 

"Tiffany, Maya e Debby, suas três mosqueteiras fieis, estão te esperando para fazer compras." Ele diz. "Já pensei em tudo." 

"Você sempre pensa." Aproximo-me e dou um beijo em sua bochecha. "Marshall quando voltarmos eu não quero que seja apenas meu assessor pessoal, eu quero que me agencie, seja meu empresário." Peço. "Então eu vou entrar nessa briga com minha mãe, se você achar que pode com isso."

"Eu ficaria honrado." 

Vou a loja de uma das grifes que costumo usar nesse tipo de evento e eles me mostram alguns vestidos. 

"Você o perdoou? Simples assim?" Tiffany pergunta. 

"Eu não perdoei." Tento garantir. 

"Rebekah você o viu beijar outra e depois foi pra cama com ele, isso quer dizer claramente que o perdoou." Debby opina. 

Detrás dos holofotesOnde histórias criam vida. Descubra agora