Capítulo 9

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Cumprimento os rapazes na porta e depois saio dali o mais rápido que posso. Só não corro porque chamaria a atenção. 

Quando entro no elevador vazio do hotel eu sem pensar encosto-me e escorrego até me sentar. 

"Droga Rebekah." Reclamo comigo mesma. "O que estava fazendo?" 

Luke pode ser lindo, atencioso e divertido, mas eu não posso esquecer quem ele é, e principalmente, não posso esquecer quem eu sou. A razão vem em primeiro lugar, eu não posso me render a impulsos estúpidos. 

Minha mãe disse isso quando eu comecei a fazer a Maddy, desde então sempre que eu penso em fazer algo que vai além do que eu devo me repito a frase, como um mantra. É o que faço agora. Tento fazer, mas Luke está na minha cabeça, ele está em mim, seu cheiro, seu calor, aquela dança. 

Mary estava certa, Luke está interessado em mim e eu estou cedendo. 

"Bekah." O elevador abriu e eu nem percebi, e Tifanny está com George me olhando. 

Merda! Ele está indo ensaiar, e vai contar que eu estava parecendo uma louca no elevador. 

"O que você tem?" Tifanny pergunta. 

Olho para George e me levanto, querendo melhorar minha imagem. 

"Preciso conversar." Digo a Tifanny.

Ela faz sinal para George ir sozinho e nós duas vamos em direção ao meu quarto. "Não vai para a aula?" 

Havia me esquecido absolutamente da aula. 

"Não." Falo. 

Não tenho cabeça para biologia, química ou qualquer coisa agora. Tranco aporta do quarto assim que nós duas estamos dentro. 

"Eu sei que está saindo com George e isso incluir ir a baladas com Luke também." Começo a falar. "Pelo que viu dele e pelo que sabe de mim, quão louca eu seria se me deixasse envolver com Luke?" 

Tifanny dá um sorrisinho como se tivesse me pego fazendo algo errado. 

 "É sério que ainda não tiveram nada? Os caras estavam apostando cinqüenta dólares cada, que Luke e você tinham ao menos se beijado." 

Ela conta. Eu quase tendo uma crise de nervos por estar interessada em Luke e todo mundo simplesmente brincando com isso. 

"Não houve nada." Afirmo. "Eu acho que teria acontecido na sala de ensaio, nós dançamos, e eu queria beijá-lo, mas então eu ouvi os amigos dele e meio que sai correndo." Conto a ela. 

Tifanny fica quieta por um tempinho. 

"Eu vou ser sincera." Ela fala. "Luke é um lindo desastre, como George ou qualquer um desses caras, não se pode entrar na deles esperando nada mais do que diversão. Então, se quiser ficar com Luke só por diversão, tudo bem vai em frente, mas se quiser manter seu padrão é bom ficar longe." 

"Eu não sei." Admito. "Uma parte de mim está louca por liberdade e diversão, mas outra morre de medo do estrago que isso pode causar." 

"Acredite, sei como se sente." Tifanny diz. "Mas quando escolher tem que ser por sua vontade, sem pressão de ninguém, sem colocar a opinião e ninguém acima da sua." 

Tifanny sempre foi uma das maiores defensoras do projeto "Rebekah Dawson agindo por si própria". Assim que ela me deixa sozinha eu ligo o notebook e começo a assistir a minha entrevista com Luke no meu camarim. Agora eu entendo Mary. Luke e eu parecemos estar entrosados, como se pertencêssemos ao mesmo mundo. Como se não existisse entre nós a barreira que eu criei antes de conhecê-lo. Não estamos divididos entre certos e errados. Somos apenas pessoas que encontram algo de bom umas nas outras. Penso no que Tifanny disse há pouco sobre manter o meu padrão.

Detrás dos holofotesOnde histórias criam vida. Descubra agora