Look Good On The Dancefloor, por Frann Strack

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Sinopse: Eu costumo dizer que o destino ri da minha cara, pois então, aqui estou eu. Eu cedi aos meus sentimentos por Evan e minha vida virou de ponta-cabeça. Eu fui uma idiota com ele outra vez. Eu o decepcionei. Ele me deu o troco, me decepcionando. Namorei por um mês com o melhor amigo dele. Descobri que estava grávida de Evan Jackman. Minha irmã teve problemas com a imprensa por minha culpa. Agora, eu estava morando com Evan há três semanas e estávamos felizes com minhas onze semanas de gravidez. E, inclusive, estávamos viajando para comparecermos a um evento de caridade da nossa antiga universidade.
Gênero: Drama
Categoria:
Outros
Classificação:
+16
Status:
Finalizada.
Observações:
Spin-off de Taunting Playbook. Inspirada nas músicas I Bet You Look Good On The Dancefloor, do Arctic Monkeys, Wipped Out!, do The Neighbourhood.

"I made my mistakes, I stumble and fall but I mean these words. I want you to know, with everything, I won't let this go."


"Então, o que aconteceu? Por favor, não enrola porque estou longe e não posso te estapear ou jogar sua xícara do Patriots na parede."
Enviei a mensagem de volta a minha irmã. Ela podia ser mais direta em vez de ficar se prevalecendo só porque não posso ligar para ela por estar em outro código de área. Não estou a fim de pagar ligação cara demais.
"Deixe as minhas canecas em paz."
Sério? Só isso? Ela não ia me dizer?
"Pelo amor de deus, Marjorie! Estou grávida, não posso ficar nervosa por você se enrolar para me contar que porra aconteceu."
"Isso é jogo baixo! Mas tudo bem, vou contar. Greg passou a noite passada aqui e foi incrível."
"Está falando do sexo ou da noite em si? Na verdade, eu nem sei mais se quero saber."
"Ambos. Nunca estivemos tão bem desde quando estávamos namorando na faculdade."
Ri sozinha. Finalmente isso estava acontecendo. Bem quando eu não estava por perto para ficar surtando. Bem, eu não podia reclamar. Eu estava em Kent, Ohio — a cidade natal minha e da minha irmã, onde eu tinha feito faculdade, onde eu havia conhecido Evan Jackman. Sim, Evan Jackman, aquele famoso jogador profissional de futebol americano, o wide receiver* do New England Patriots. Nós havíamos namorado na faculdade, mas eu desisti do que tínhamos porque eu não me dava muito bem com relacionamentos; Eu simplesmente não conseguia me manter em um, não sabia lidar com isso. Então, ele se formou e o Patriots, um time que eu detesto, o contratou. Quando papai morreu, cinco anos depois, minha irmã e eu herdamos a casa que ele tinha em Foxboro — a cidade do Patriots, time que papai era um fã. Deixei Kent para trás e mudei-me para lá, porque era a coisa mais plausível a se fazer. Depois de um ano tentando me esconder do meu passado — que frequentava muito a cidade, pois jogava lá —, Jackman descobriu que eu estava morando lá. Fazem apenas três meses que isso aconteceu.
Eu costumo dizer que o destino ri da minha cara, pois então, aqui estou eu. Eu cedi aos meus sentimentos por Evan e minha vida virou de ponta-cabeça. Eu fui uma idiota com ele outra vez. Eu o decepcionei. Ele me deu o troco, me decepcionando. Namorei por um mês com o melhor amigo dele. Descobri que estava grávida de Evan Jackman. Minha irmã teve problemas com a imprensa por minha culpa. Agora, eu estava morando com Evan há três semanas e estávamos felizes com minhas onze semanas de gravidez.
Hoje, Evan tinha um evento de caridade importante para comparecer — e eu estava aqui, o acompanhando. Tínhamos viajado no final da tarde de ontem, mas até agora, de tarde, ainda não havíamos deixado o hotel.
— Vai ficar deitado aí para sempre? — resolvi encher o saco de Evan.
— Não sei porque você não está aqui comigo — ele fez drama.
— Estou bem aqui — sentei na cama e o beijei. — Temos que nos trocar para ir na universidade. Você tem que dar seu discurso e prometeu uma mini-sessão de autógrafos.
— Você é minha namorada ou meu agente? — ele revirou os olhos.
— Acho que seu agente não te beija ou dorme com você — ri. — Pelo menos, eu espero que não. Evan, você está me traindo com o seu agente, por acaso? — provoquei. — Ah, meu deus! Eu sempre soube.
— Você está parecendo uma criança — disse, sem ânimo.
— Obrigado. Vá se acostumando — pisquei. — Ah, você nem sabe o que aconteceu.
— E nem vou saber até você me dizer — ele riu.
— Você é muito sem graça, Jackman — revirei os olhos. — Marjorie me mandou uma mensagem contando que Greg e ela estão bem.
— Finalmente! Antes de continuar essa conversa, só para saber mesmo, a gente apostou alguma coisa dessa vez?
— Não apostamos. Eles não estavam brigados dessa vez.
— Ah, certo. Nossas apostas só acontecem quando eles brigam.
— E desde o acampamento eles não brigaram.
— Apostas à parte — Evan disse. — Raymond finalmente fez algo a respeito. Ontem mesmo ele estava reclamando comigo sobre isso.
— Ontem?
— Sim. Quando comentei que a gente ia vir para Kent ele disse que você e eu estávamos indo muito bem, que estávamos praticamente casados — ri alto ao ouvir aquilo. — Aí ele começou a se queixar que Marjorie e ele estavam em paz, sem brigar, mas que não iam a lugar nenhum.
— Parece mesmo que ele deu um jeito nisso — abri um sorriso pervertido.
— Eles dormiram juntos? — perguntou, surpreso.
— Eles fizeram muito mais do que dormir, isso eu posso garantir.
— Não acredito que estamos falando da vida sexual da sua irmã — ele começou a rir.
— Pois é. Somos incríveis!
Depois de mais algum tempo na cama, levantamos e fomos nos arrumar. Evan tinha sido convidado para outra coisa além do evento de caridade de hoje à noite. Bem, esse evento estava sendo produzido pelo programa esportivo da universidade, o Golden Flashes. Como Evan Jackman havia sido um quarterback** do time de futebol americano deles que acabara virando um famoso jogador da liga nacional, ele fora convidado para o evento e, mais do que isso, para fazer um discursinho para o pessoal. Após isso, ele havia se comprometido a ficar alguns minutos por lá, distribuindo autógrafos. Eu iria com ele por três motivos óbvios: eu vim até Kent com ele, essa é a minha cidade natal e, bem, eu também era uma ex-aluna de Kent State. Vesti uma blusa preta de mangas compridas e, por cima, a jersey*** azul com amarelo do Flashes — a que tinha o sobrenome Jackman nas costas. Vesti um casaco aberto por cima.
— Não sabia que você ainda tinha a minha jersey da faculdade — observou. — Você está linda vestindo ela, sabe?
— Sei — afirmei, rindo. — Essa camisa foi a única que sobrou. Você lembra que eu tinha mais duas?
— É claro que lembro — falou — Se desfez delas?
— É, eu queimei — ele arregalou os olhos e eu apenas dei de ombros. — A primeira foi um mês depois de terminar com você em 2008, quando eu te vi com aquela garota da Alpha Phi que a Heather odiava.
— Lembro que ela ficava dando em cima do Dustin — ele riu. — Heather a odiava por isso. Você não gostava dela por causa da Heather.
— É claro. E eu a odiei quando ela estava em cima de você — revirei os olhos. — Mas isso não vem ao caso. A segunda jersey em só queimei em 2011, quando desisti de você — fiz careta. — Nunca consegui me desfazer da terceira.
— Isso é irônico — ele disse. — Você terminou tudo o que tínhamos, mas nunca conseguiu me esquecer.
— É como eu sempre digo, o destino adora rir da minha cara.
Descemos, entramos no carro que estava esperando por nós, e fomos. Eu simplesmente não estava acostumada a tudo isso. Era um automóvel preto com um motorista — isso mesmo, um motorista. Não sei como lidar com as coisas que o agente de Evan prepara para ele, ou melhor, para nós. Para mim, era um pouco de exagero, mas, por outro lado, pelo menos eu podia ficar junto dele no banco de trás. Fizemos com que o motorista estacionasse o carro em um dos estacionamentos um pouco mais longe do local onde Jackman tinha que ir, pois precisávamos fazer algo diferente.
Caminhamos de mãos dadas pelo campus da universidade, como costumávamos fazer no passado. Fomos encarados por uma pessoa que deve ter demorado para se dar conta de que, sim, eram Evan Jackman e Fiona Parker. Um casal nos parou para pedir autógrafo à Evan. Enquanto ele autografava, a garota perguntou se eu já sabia se ia ser menino ou menina. Ela pareceu desapontada quando falei que ainda não sabia, então, tive que garantir à ela que postaria no Twitter assim que eu soubesse. Bem, na verdade, eu iria fazer isso de qualquer maneira. Logo em seguida, Jackman estava lá, sendo levado pela mulher da universidade. Evan subiu naquela parte mais alta que havia ali — era como se fosse um mini-palco — e as pessoas foram todas para perto dele. Eu fiquei mais lá trás, fora do tumulto. Ele começou pedindo desculpas por não ter comparecido no último jogo, dizendo que não teve muita escolha pois teve que comparecer aos eventos da Puma no último final de semana. Olhar ele assim, de longe, me fez lembrar de 2011.

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