Living in my Dreams | Segunda Temporada

Surpresinha

Justin estava entrando em umas ruas vazias que eu nunca havia visto antes. Com a noite caindo, tudo ficava ainda mais sinistro.

Havíamos passado por uma estrada de terra. Com o luar, ela ficava escura, aparentando ser um convite para a morte ou pelo menos para o sombrio.

Nós demoramos cerca de quarenta minutos até Bieber entrar em um pátio totalmente isolado que tinha apenas três caminhões, pareciam abandonados.

Ele estacionou o carro e nós saímos dele. Segui Justin até um dos caminhões que dentro estava cheio de cocaína e lsd.

Eu estava com uma bolsa, colocamos algumas drogas nela e uma boa parte da droga escondida no carro.

Nós tomamos nossos lugares e Bieber novamente deu partida para a tal festa que iríamos vender as drogas.

- Como vocês encontraram o pátio? - perguntei enquanto procurava um chiclete no porta luvas.

- Ashton e seu computador. - Drew respondeu com os olhos fixados na estrada.

- Claro. - falei colocando o doce na boca.

As ruas estavam quietas, mas era de se entender já que o local era todo isolado. Nem parecia que alguém frequentava aquelas ruas.

Justin estava praticamente na metade do caminho quando seu celular começou a tocar. Era Ashton, ele atendeu e colocou no viva voz.

- Que foi? - ele falou seco.

- Drew, tem um carro indo na sua direção. Eu ampliei a imagem, não da pra perceber quem está no carro.

- Relaxa Irwin, não deve ser nada demais. Eu sei me cuidar, muito obrigado pelo aviso. - Justin falou finalizando a ligação, enquanto eu o olhava inconformada.

- Você realmente vai fazer isso? Você não acha que está se colocando em risco?

- É só um carro, Lauren. Não é nada de mais. - Justin falou calmo com os olhos ainda na estrada.

Eu fechei os olhos e comecei a pedir pra qualquer coisa parecida a um deus, pra não deixar nada de ruim acontecer com o Justin.

Eu abri os olhos quando senti o carro parar. Haviam dois carros, um em cada lado, nos impedindo de continuar o trajeto.

Eu reprimi meus lábios e olhei para o teto do carro, estava não com medo, mas irritada por Drew não ter ouvido Ashton.

Peguei minha bolsa e rapidamente, retirei uma arma quando vi alguém encapuzado se aproximar do veículo.

Justin carregou sua arma e assim que o encapuzado se aproximou, Bieber abriu a janela pronto pra meter bala.

- Acho bom você tirar isso da cara. - Justin falou apontando a arma pra pessoa, enquanto ela ria.

- Se fosse você não cometeria algo assim, Justin Drew Bieber. - a pessoa falou tirando o capuz, era Jeremy. Assim que vi seu rosto, engatilhei a arma e apontei pra cara dele. - Olá, Lauren.

- O que você quer? - Justin falou ríspido encostando a arma na testa de Jeremy.

- Eu acho bom você me tratar com o devido respeito, ou vou ter que mandar meus homens matarem vocês dois! - ele falou com um sorriso no rosto.

- Um devido palhaço gosta de ver o circo pegar fogo, uma pena não termos querosene pra começar a catástrofe. Então acho bom você ir direto ao ponto. - falei entre dentes.

- Está mais afiada que antes, Lauren. Você soube muito bem doma-la, filho. - ele falou rindo.

- Apenas fale o que você quer e deixa eu cair fora! - Justin falou colocando o dedo no gatilho.

- Eu só queria dar um aviso pra vocês, é uma coisa ótima. - ele falou sorrindo. - Vou ao casamento de vocês, e o melhor, vou levar uma surpresa. - eu estava olhando pra Jeremy, mas quando meus olhos se focaram na estrada me mostrando os dois carros, pude ver Calum no banco de trás de um deles.

- Já deu seu recado, pode ir embora agora. - Justin falou seco como das outras vezes.

- Até daqui três dias pombinhos. - Jeremy falou andando em direção ao seu carro.

Logo ele e os homens dele foram para um caminho diferente do nosso e Justin voltou a dirigir em direção a balada.

- Eu vi. - falei ainda estática pelo que tinha visto.

- Viu o que, Lauren? - ele falou preocupado.

- Eu vi Justin. Eu vi o Calum, ele é a surpresinha do Jeremy.

- Não faz sentido. Jeremy sabe que estamos procurando Hood, por que ele o traria até nós? Não se encaixa. - ele falou me fitando e logo em seguida voltando a olhar a estrada.

- Talvez ele queira nos ameaçar usando Calum. Eu não sei.

- Mais tarde conversamos sobre isso, agora nós precisamos lucrar. - Justin falou aumentando a velocidade do carro.

Nós demoramos um pouco até chegar a festa, mas finalmente chegamos.

Colocamos o máximo de droga que dava na minha bolsa, depois entramos pelos fundos da boate.

Ela estava lotada, cheia de pessoas dançando e bebendo, não acho que seria tão complicado vender toda aquela droga.

- Retiro o que disse. - Justin falou gritando por conta do som alto. - Acho melhor nós ficarmos juntos até vendermos tudo. - eu assenti.

Ele pegou em minha mão e saímos andando nos infiltrando nos grupinhos de amigos.

Nós oferecíamos a droga e sem pensar duas vezes, eles compravam. Eram jovens, queriam se divertir de alguma forma e o melhor método para isso de acordo com a cabeça deles, era se drogando.

Justin e eu ficamos a madrugada inteira assim, vendendo as drogas. Nós queríamos consumir um pouco, mas não podíamos. Colocamos na nossa mente que estávamos ali a trabalho e não diversão.

- É vocês que estão vendendo as paradas? - uma menina com outras amigas perguntou. Justin e eu assentimos. - eu quero trinta gramas de cocaína. - ela falou estendendo uma nota de cem. Eu peguei a droga na bolsa e dei o saquinho com o crack dentro.

- Nós vamos vender por mais quanto tempo? Já são cinco da manhã. - falei me sentando em uma mesa.

- Falta pouco pra droga acabar, nosso objetivo é vender tudo. Só faltam quatro saquinhos de cocaína e dois adesivos. Nós já vamos pra casa, eu prometo. - Justin falou mordendo meu lábio inferior e pegando em minha mão para que eu levantasse.

Até que não demorou muito, as últimas drogas nós vendemos para apenas uma pessoa. Essa queria ficar bem loucona mesmo.

Não tivemos nenhum problema com a Polícia ou até mesmo com o gerente da boate. Conseguimos vender tudo sem problema algum.

Assim que era a minha vida e a de Justin, vivendo no limite da risca e de vês em quando, ultrapassando ela só pra meter o louco.