Renato e André - Uma história de amor

Capítulo 7

Capitulo 7

André procurou não pensar mais em Renato, seguiu com a vida, ele entendeu que Renato e André como um casal nunca daria certo. Eles eram diferentes demais. Então André voltou à rotina como se nada tivesse acontecido.

Nos aplicativos de pegação, procurou alguém mais parecido com Renato, as vezes sua mente lhe pregava peças e ele sentia falta de Renato, André tolamente achou que transar com alguém com o físico parecido com o de Renato iria ajudar, ele transou, não ajudou.

Mas nada melhor que o tempo.

As semanas passaram e André cada vez menos pensava em Renato.

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Renato entendeu que não havia dado certo porque ele ainda não estava pronto, era muito cedo para ter um relacionamento. Renato sabia que devia se concentrar no seu trabalho acima de tudo.

Renato decidiu também que gostaria de ser pai. Ele se achava pronto para isso. Ele e uma criança se dariam bem. Renato procurou uma agencia de adoção e fez seu cadastro. Estava ansioso, mas não obteve resposta.

Mas com o passar das semanas Renato esqueceu tanto a rejeição de André, quanto a rejeição da agencia de adoção.

Renato focou no trabalho e em nada mais.

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André saiu do trabalho e foi para casa, tomou um banho, vestiu um short e uma camiseta, colocou os fones de ouvido e saiu para correr, correu um tempão pelo parque até que do nada, começou uma chuva visceral, com raios, trovões e uma ventania estrema. André achou um toldo para se esconder e ali ficou por vários minutos esperando a chuva passar, ouvindo a musica no fone, olhando a paisagem, a rua vazia, a agua correndo, então André olhou e viu um gatinho, ele estava no meio da rua, sendo arrastado pela agua, André não pensou duas vezes, saiu do esconderijo e correu para a rua para salva-lo, ele pegou o gato no colo e quando se virou o carro já estava lá, indo na sua direção, o carro freou a poucos centímetros, mas ele caiu de bunda no chão molhado.

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Renato dirigia com cuidado na chuva forte, ele virou uma esquina e a poucos metros a frente um homem corria no meio da rua, Renato buzinou e freou. O carro aquaplanou até parar, Renato segurou forte o volante, não sentiu a pancada no carro, mas também não via o homem. Tirou o cinto abriu a porta e saiu correndo na chuva para frente do carro. Sua surpresa quando sentado no chão todo encharcado estava André segurando um gato.

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—Você tá bem? – Renato gritou por cima dos trovões.

— Qual o seu problema? Por que você me atropelou de novo? Existem jeitos mais fáceis de se livrar de um homem sabia? – André estava estranhamente feliz por ter quase sido atropelado por Renato e feliz pelo homem de terno não estar chorando ou pela chuva estar disfarçando isso.

Renato corou e estendeu a mão para André, ele aceitou e os dois foram para o carro. Renato ligou o ar condicionado e pegou os lenços no porta luvas, ofereceu para André que secou o gato, Renato tentou se secar da melhor forma possível.

—Você bateu a cabeça?

—você não chegou a me atropelar, eu cai de bunda no chão pelo susto.

— E esse gato?

—Ia morrer sendo levado pela chuva, eu não podia deixar.

— Vai ficar com ele?

—Se ele sobreviver, você pode nos dar uma carona até em casa?

— Claro.

Renato ainda se lembrava para o caminho para casa de André, ele dirigiu em silencio e André foi acariciando o gato que miava e miava. Quando chegaram André convidou Renato para subir e se secar. Renato negou o convite. Eles repetiram as despedidas.