Dois

205 30 31
                                    

Mais um pouquinho de Marcelo e Joana pra vocês. Deliciem-se! :*



Meu rosto com certeza estavatomado pela vergonha e por conta disso fiquei um tempo virado decostas para ela, não tive coragem de olhar em seus olhos. Me xingueiem pensamento. Como posso ser tão distraído?

Senti um toque em meu ombro.Reuni a pouca coragem que tenho e me virei em direção a ela. Umgrande sorriso me saudou. Com a luz dos faróis sobre a gente,consegui ver melhor seu rosto.

A bela moça que veio me ajudaré uma linda mulata, com olhos negros e alegres e um sorrisoestonteante.

– Joana.

– Hã? – distraído olhandopara o rosto dela, demorei a entender que ela estava se apresentando.

– Meu nome é Joana.

– Ah sim. Marcelo.

– Então Marcelo, vocêsempre espera o reboque vestido desse jeito? Porque se for, aqui estámeu número, você pode me chamar a qualquer hora que eu vou. –entregou-me um cartão.

– Ér... – cocei a cabeçasem saber o que responder.

– Vai continuar me seduzindo?– Olhei para ela sem entender e Joana apontou para baixo.

– Merda! Desculpa. – abri aporta do carro e peguei a calça.

Vesti rápido. Peguei minhacarteira também.

– Quanto foi...

Quando me virei, Joana jáestava se aproximando da pick-up.

– Seu dinheiro! – gritei.

– Fica por minha conta! –acenou se despedindo.

Joana entrou na pick-up, deupartida e quando passou por mim piscou os faróis e buzinou.

E só quando ela foi embora queeu notei que estava todo ensopado novamente.


****


Cheguei a casa dos meus paisdepois do horário marcado. A casa já estava cheia. Meus irmãos,suas esposas e filhos já haviam chegado. Sou o filho mais novo decinco filhos. Michel, Jonatan, Gustavo, Rodrigo e eu. O únicosolteiro sou eu. Meus pais ficam no meu pé, afinal eles querem mever entrando na igreja como todos os outros, ter filhos e formarminha família.

Minha mãe me recebeu na portade casa com muitos beijos. Cumprimentei todos e fui tomar um banho etrocar de roupapela quarta vez,porque tive que trocar de roupa na estrada novamente já que fiqueiigual a um palerma parado embaixo de chuva olhando a mecânica irembora. Meu pai me acompanhou até meu antigo quarto, disse-me que nojantar de Ano Novo desse ano teríamos convidados e que era para eunão demorar. Entrei no quarto e ele passou direto indo para o seu.Ele tinha que tomar o remédio para controlar a pressão arterial.

Deixei minhas bolsas em cima dacama e me dirigi ao banheiro. Dez minutos depois já estavacompletamente vestido. Calça preta e camisa social branca. Passei umperfume, recoloquei meus óculos e o relógio, calcei os sapatos.Peguei meu celular e vi o cartão da mecânica em cima das roupasdentro da mala. Só em ver o cartão fiquei com vergonha, lembrandocomo nos conhecemos.

Bem, não podia ficar mechafurdando na vergonha, afinal já tinha acontecido e não dava pravoltar atrás. Saí do quarto e desci as escadas para então jantarcom minha família e convidados. Alguns já estavam pela sala, osoutros na segunda sala era um casal que eu conhecia desde pequenos,nossos vizinhos.

Como encontrei você - conto 1Onde histórias criam vida. Descubra agora