Capitulo 18 - Sem saída.

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ELISA P.O.V

SEM REVISÃO

     Sentir os raios de sol em meu rosto foi uma das melhores sensações do mundo, é uma prova que sobrevivi a noite anterior.

— Bom dia bela adormecida. — escutei a voz de Ansel como um sussurro ao meu lado, a primeira coisa que exerguei foi aquela cabeleira loira. — Como você está?

— Tudo dói. — respondi com a voz mais fraca que o normal, ainda estava tentando associar as coisas.

— Você é durona. — ele disse me forçando a sorrir.

— E você um idiota.

— Claro, esse é o preço que se paga por salvar a sua vida. — algumas memórias rápidas passaram em minha mente, Henri....Minha mão...Justin...O disparo.

— Henri? — perguntei quase involuntariamente e Ansel me olhou meio cabisbaixo. — Ele morreu?

— Não, infelizmente.

— Ele mentiu para mim. — confessei, mas com certeza Ansel sabia disso.

— É uma longa história... — falou e deu um longo suspiro.

— Você também mentiu.

— Para te proteger. — ele apertou a coberta com força.

— E olha onde estamos agora Ansel. — seus lábios se contraíram e ele colocou sua mão sobre a minha.

— Você precisa esquecer o que aconteceu ontem. — esquecer?

— Eu matei um homem ontem. — lembrei do cheiro da pólvora e da pressão que arma me fez sentir, isso não me assustava, não mais.

— Mas também salvou um.

— Ele é seu amigo, fiz por você.

— Fez mesmo? — seu olhar semicerrado e sua voz cheia de certeza me fizeram repensar na minha resposta, porque diabos eu salvei a vida do Bieber?

— Sim. — respondi ainda com o sentimento de confusão. Apertei o lençol por debaixo da coberta para tentar expulsar todos os pensamentos referentes a Justin e invés disso sentir uma ardência extrema.

— O que foi?

— Minha mão. — pela primeira vez vi a minha mão depois do incidente, ela estava completamente infachada, aquela noite realmente havia deixado cicatrizes.

— O Dr. Hayes fez um curativo, terá que trocar daqui uma semana.

— Dr. Hayes? — não lembro de ter ido no médico e feito o curativo...

— Sim, o médico particular da familia do Justin. — médico particular? Como posso ser tão sonsa? Rodei meu olhar pelo quarto tentando não ignorar nenhum detalhe.

— Estamos na casa dele. — afirmei e Ansel assentiu. — A mamãe e o papai irão me matar, não dei nenhuma notícia.

— Não se preocupe, peguei o celular e mandei uma mensagem para a mamãe, disse que iria dormir na casa da Sam. — falou com um sorriso maroto nos lábios, acho que o Ansel já estava acostumado a mentir para nossos pais.

— Então preciso ir para casa.

— Nem pensar, irá comer algo primeiro! — no mesmo estante que escutei isso, meu estômago roncou. Desde ontem que não como nada.

— Você venceu. — respondi dando um meio sorriso.

— Não saía daqui, irei na cozinha procurar algo para você.

Querida Elisa #EscritoresdeouroWattysOnde histórias criam vida. Descubra agora