01

1.6K 98 29
                                    


Prólogo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Prólogo

Estou em um beco escuro e sujo da periferia localizado em uma área onde o estado não mais atua, um lugar e a que todos apenas se referem como o Expurgo.

Está frio, venta muito e é alto da noite. Trovões denunciam o aproximar de um temporal.

Começou a garoar e estou sem a porcaria da capa de chuva. Em poucos minutos fico toda encharcada.

O chuvisco aliado ao vento forte e gelado parece chicotear minha pele, meu caro vestido parece que está sendo arrancado do meu corpo.

Sinto uma estranha sensação. Parece que eu não estou aqui, apesar de estar, é como se eu estivesse assistindo de longe a minha própria vida e não a protagonizando.

Tudo é um grande déjà vu e a impressão que tenho é a de estar revisitando tudo isso. Meu palpite é de que o que estou vivenciando já aconteceu e agora estou apenas seguindo um roteiro.

Estou confusa. O que estou fazendo aqui na rua a uma hora dessas?

Não me lembro exatamente quais foram as motivações que me levaram até aqui. A única coisa que sei é que tenho que estar em um local específico e pontualmente na hora marcada para tratar de algo do meu interesse com alguém que nunca vi antes.

Esse algo mudará minha vida para sempre, mas nem me vem a cabeça qual será o assunto.

Estou preocupada, ofegante, nervosa e meu passo é apressado. O que está me causando toda essa ansiedade? — Pergunto-me.

 O que está me causando toda essa ansiedade? — Pergunto-me

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Não consigo me lembrar. Apenas sigo andando como se eu estivesse no automático e as minhas pernas não fossem minhas mesmo, mas sim obedecendo as ordens de uma outra pessoa.

Tudo é muito estranho, afinal eu poderia ter realizado essa reunião, fosse com quem fosse, em um ambiente virtual quentinho e agradável no Metaverso por meio de avatares.

Mas não, eu tinha que estar aqui de aparecer de corpo presente. Resultado: cá estou eu tomando toda essa chuva. A esta altura dos acontecimentos já estou encharcada, não corro mais o menor risco do meu vestido ser erguido pelo vento, ele já grudou em mim.

Quem me matou? (1º Lugar no 4º ScifiBR)Onde histórias criam vida. Descubra agora