Acesso a memória e a assisto imersa como se a câmera fosse subjetiva.
Posso sentir tudo que ela sentiu, inclusive seu humor e ver tudo que os olhos dela puderam capturar naquele momento.
A experiência me faz pensar que eu estou "vestindo" a Jéssica.
Ela está em uma academia de ginástica bastante movimentada com Marcelo.
Jéssica odeia academias, posso sentir isso. Ela não gosta do cheiro de suor e de ferrugem dos aparelhos, ela não gosta da dor e do esforço. Ela é obrigada a estar neste lugar e se pudesse nunca mais colocava os pés de volta.
O motivo para ela estar aqui é que é uma atividade obrigatória. Apesar do estado ser mínimo ele determinou que todos devem fazer exercícios restringindo a liberdade de escolhas das pessoas para se salvaguardar do custo social que teria com saúde.
Como estaria saturado os serviços de saúde com uma população totalmente sedentária? Um caos absoluto até mesmo para os cidadãos de classe A e superiores.
Como todos vivem em estado de auto isolamento em suas casas e imersos no Metaverso o tempo todo rotinas diárias de exercícios físicos se tornaram obrigatórios e para todos os cidadãos foram impostas metas diárias a serem batidas nesse quesito. Sem exceções.
Jéssica e Marcelo acabaram suas séries de exercícios obrigatórios e estavam sentados na lanchonete da academia. Um androide estava servido suas bebidas.
— Seu inútil, — gritou Jéssica para o robô — isso está uma porcaria.
— Amor, acalme-se, todos estão olhando. — Tentou apaziguar Marcelo. O coração dele sempre foi manso.
— Que se dane, ninguém me reconhece sem meu avatar e meu perfil de rede social está oculto. Deixe que pensem e falem o que quiserem.
Ela discute com o robô novamente.
— Anda, vai trazer outro para mim, — ela devolveu o copo com grosseria — este está horrível.
— Eu provei e está ótimo amor. — Disse ele a contrariando.
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Quem me matou? (1º Lugar no 4º ScifiBR)
Fiksi IlmiahUm beco escuro, uma mulher, um estranho vulto. Um assassinato. Oito meses depois a vitima é ressuscitada pela polícia para que ela ajude no encalço do seu próprio assassino. No futuro fantasmas existem... e eles são digitais... O Autor WMachado é pu...