Nós, Nós mesmos e o Tempo [1 e 2]

Capítulo 13 - Por que a polícia está aqui?

 Me arrumei e fui acompanhar Noah, eu confesso que estava curioso para saber onde ele iria me levar. Fomos caminhando, conversando e rindo. Noah era uma pessoa bem legal e diferente de tudo o que imaginava. Para mim ele era uma das piores pessoas do mundo, mas de repente, ele se tornou algo inexplicável, mas era bom, um sentimento bom. Depois de tanto caminhar, chegamos num prédio abandonado, já estava anoitecendo e aquele lugar parecia bem arrepiante e eu estava torcendo para que o lugar não fosse ali. – Chegamos. – Disse Noah apontando para o prédio.

– Que legal, um prédio! –

– Só vem... – Disse ele puxando o meu braço.

Fomos subindo as escadas até chegar no último andar. Lá em cima era uma espécie de varanda enorme e como era alto dava para ver a cidade por inteira. Era lindo ver as luzes da cidade todos acesas, olhar para o céu e ver as estrelas e ver a lux cheia.

– E aí, gostou sr. Max?

– Uau, é lindo. Como você descobriu esse lugar?

– Esse prédio era do meu avô, ele estava construindo para ampliar os negócios da família, mas aí ele morreu. Aí isso aqui ficou abandonado.

– Eu sinto muito.

– Tudo bem, relaxa! Eu venho aqui sempre quando quero ficar sozinho, olhar essa paisagem, o céu, as estrelas e a lua é um ótimo remédio sabia? Esse é meu lugar favorito.

– É um lindo lugar Noah, gostei bastante.

– Que bom, porque aqui pode se tornar o nosso lugar. O que acha?

– Nosso lugar?

– Sim, eu não sei você, mas eu acho que seria melhor se a gente tiver um pouco de privacidade. Dar uns beijinhos, ficar abraçadinhos e sei lá, curtir nossos momentos.

– Eu.. Por mim tudo bem.

Noah se aproximou de mim e beijou na bochecha e em seguida foi se sentar em um bando que havia ali perto. – Senta aqui do meu lado. – Disse ele. Eu me sentei do lado dele e ficamos horas admirando a paisagem, me distrai tanto que acabei me esquecendo das horas.

– Meu Deus Noah, que horas são?

– São 23h49m. Por que?

– Droga, minha mãe já deve estar em casa. Temos que ir. Ela deve estar muito preocupada.

– Liga para ela e avisa que está tudo bem

– Eu esqueci o celular em casa. – Disse desesperado.

– Calma, vai ficar tudo bem! Só relaxa, o que pode acontecer de tão ruim? Ela chamar a polícia achando que você foi sequestrado?

– É você tem razão.

Voltamos e quando Noah e eu nos aproximamos de casa nos deparamos com uma viatura de polícia em frente à minha casa, na hora eu gelei. Abri a porta de casa e nós dois entramos.

– Aí graças a Deus. Por onde você foi garoto? – Gritou minha mãe.

– Por que a polícia está aqui mãe?

– Uai Max, eu achei que você tinha sido sequestrado, você nunca foi de sair sem avisar e muito menos de sair por aí e voltar tarde. E sem falar que você sempre sai com a Emma, mas eu liguei para ela e saca só essa! ELA NÃO SABIA ONDE VOCÊ ESTAVA. Aí meu filho, eu quase morri do coração, aí chamei o Victor meu amigo policial, para ele me ajudar.

– Fala sério mãe, a polícia?

– Sobe para o seu quarto agora garoto, antes que eu te mate. E oi, Noah, me desculpe.

– Escutou isso né. Policial? – Disse zoando com minha mãe.

– Olá. – Disse Noah.

Puxei o braço de Noah e subimos as escadas e fomos para o quarto. Ligamos a televisão e ficamos assistindo filme até minha mãe entrar no quarto.

– Me desculpe por hoje filho, preocupação de mãe entende? – Disse ela.

– Relaxa mãe, tudo bem! – Respondi.

– Noah, eu trouxe cobertor e um pijama velho do Max para você vestir.

– Ah obrigado senhora!

– De nada que isso.

As horas passaram e Noah e Max acabaram pegando no sono durante o filme. A mãe de Max foi até o quarto dele durante a madrugada e acabou vendo os dois dormindo de conchinha, ela não estava entendo o que era aquilo ou porque dois estarem dormindo daquele jeito, naquele momento ela não conseguia uma explicação para nada, mas na verdade ela preferia ficar sem entender, pelo menos por enquanto. Ela respirou profundo e voltou para seu quarto e tentou voltar a dormir, mas seu sono tinha ido embora, então ela ficou acordada se lembrando da cena que acabou de ver.