Capítulo 16 - Deixa de ser exagerado.

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Fomos para a casa de Julie, era uma casa muito grande e muito chique. Ela estava sozinha em casa, ela pediu para que nós nos sentíssemos em casa. Julie foi até a cozinha e voltou com várias garrafas de bebidas alcoólicas, ela ligou seu computador e acessou sua conta do spotify, na primeira música da playlist dela eu já soube que iria gostar dela, começou a tocar Close do Nick Jonas.

Estávamos bebendo e dançando na sala. Era hilário, Emma e eu sempre que bebíamos ficávamos rindo de cada bobeira e ás vezes nem acontecia nada, apenas olhávamos um para o outro e começávamos a rir. Ficávamos olhando para as meninas não conseguindo parar em pé porque já estavam muito bêbadas e ainda mais de ver o Lucas tentando encher o copo dele. Eu me levantei e fui até Lucas. – Você precisa de ajuda aí? – Perguntei. Ele apenas me olhou com aquele e deu um sorriso encantador. – Sim, por favor. – Respondeu ele.

– Sabe Max, você é bonito. Eu queria beijar um menino tão bonito assim. – Disse Lucas.

– Você está bêbado, quando melhorar vai ver a realidade. – Falei.

– Eu posso te beijar?

– O que?

– Desculpa Max, é que... Eu posso te beijar?

– Bom, eu... não sei. Éé...

Lucas se aproximou e me segurou pela cintura, ele ficou me encarando durante alguns segundos. Seus lábios foram se aproximando aos meus, quando percebi nós já estávamos nos beijando. Nós não estávamos muito bem, fomos andando para trás enquanto nos beijávamos e de repente e tropeço e acabo caindo no chão. Ele se abaixou no chão e se deitou ao meu lado e ficamos rindo sem parar.

Quando abri meus olhos, eu estava deitado no chão e Lucas estava do meu Lado. Julie e Emma estavam deitadas no sofá e Raissa e Bella estavam deitadas em colchões infláveis. Eu me levantei e fui para a cozinha e fui ver algo para comer. Peguei alguns ovos e os fritei com queijo e bacon, coloquei tudo em cima da mesa e me sentei, sem perceber acabei dormindo novamente, só acordei quando Lucas chegou na cozinha e me chamando. – Você deu para dormir na cozinha agora? – Perguntou ele rindo de mim. Ele se sentou à mesa e começou a comer.

– Você quem fez? – Perguntou ele.

– Sim, eu achei que vocês iriam acordar com fome, então eu fiz.

– Está muito bom, ovos com bacon e queijo. Meu café da manhã preferido.

– Será que a Emma já acordou? Eu preciso ir embora, da última vez que me atrases dez minutos para chegar em casa minha mãe chamou a polícia. Ela deve ter parado a cidade e estar colocando fotos minhas nos postes da cidade escrito 'desaparecido'.

– Deixa de ser exagerado menino. – Disse Lucas dando risada.

– Você não conhece minha mãe.

– Toma, liga para ela. – Disse Lucas enquanto me entregava o celular.

Eu disquei o número da minha mãe, mas por algum motivo ela não me atendia. Ela nunca foi de acordar tarde, ela sempre acorda cedo. Por certo ela deve ter saído para ver meus avós ou algo do tipo. – Ela não atende. Obrigada. – Disse.

– Tenta o seu pai, talvez ela atenda. – Falou Lucas.

– Eu não... não tenho pai.

– Ele morreu? Eu sinto muito.

– Não, ele não morreu. Quer dizer, morreu para mim. Ele abandonou minha mãe quando descobriu que ela estava grávida, minha mãe me criou sozinha.

– E ele nunca te procurou? Nunca mandou nenhuma mensagem, e-mail ou carta?

– Não, nunca. Eu nunca esperei nada dele, não quero nada dele. Estou feliz com minha mãe e ela é tudo para mim.

– Você já contou para ela que você gosta demeninos?

– Não, ainda não! Mas irei contar logo.

Nós, Nós mesmos e o Tempo [1 e 2]Onde histórias criam vida. Descubra agora