Detetive Psíquico Yakumo - Volume 1

Arquivo 2 - O túnel escuro

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Esse túnel era o caminho mais curto da área residencial para o distrito de compras, mas quase nenhum dos moradores usavam.

Era um túnel famoso por ter uma alta taxa de acidentes. Havia uma morte a cada ano.

Dentro do túnel, não haviam luzes, e era obscuro e difícil de ver mesmo durante o dia.

Havia uma curva fora do túnel, e carros azarados já sofreram acidentes lá tantas vezes que era quase garantido que qualquer outro que passasse por ela sofreria também.

No entanto, a razão para os acidentes parecia ser mais do que apenas má visibilidade. Há muito tempo haviam rumores intermináveis  sobre como algo misterioso que apareceu no túnel.

Alguns motoristas disseram que viram cabeças humanas voarem pela janela.

Quando tentaram escapar com medo, então seus freios pararam de funcionar, mais evitariam de bater carro da guarda. Outros disseram ter visto inúmeros rostos humanos nas paredes do túnel.

Alguns motoristas de táxi disseram que tinham visto uma mulher molhada na frente do túnel, mas quando eles olharam no espelho retrovisor depois de sairem do túnel, ela de repente sumiu.

Ninguém sabia a verdade.

Tudo o que era certo era que muitas pessoas haviam morrido na saída do túnel.

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Era uma noite tranquila.

— Está frio.

Haruka tentou o seu melhor para não ser atingida pelo vento, colocando o colar no bolso de seu casaco bege enquanto ela andava.

Era tarde da noite, de domingo, então, mesmo que ela estivesse na frente da estação, não havia praticamente ninguém lá.

Ela apenas ouviu o eco de suas botas batendo no chão.

Ela tinha ido a uma festa porque Miki a tinha forçado, mas quando ela entrou percebeu que era uma social. Talvez ela estivesse obsoleta, mas não gostava de festas desse tipo.

Miki morria de solidão sem um namorado. Ela era como um coelho. Mas Haruka não estava desesperada para encontrar alguém.

— Haruka, você nunca realmente se apaixonou. — Miki costumava dizer isso a ela.

Era verdade.

Mesmo quando ela pensou em sua vida, ela sentiu como se nunca tivesse tido um romance em que se sentisse como um romance de verdade.

— Então, vá com alguém. — Miki também disse isso.

No entanto, Haruka não sentiu vontade de tentar desesperadamente encontrar alguém para amar. Ela pensou que o amor viria naturalmente, que não era algo a ser decidido, como com compras quando decidir sobre bens e verificar o conteúdo de uma carteira.

— Eu realmente sou antiquada...  — murmurou Haruka, soltando um suspiro que saiu branco por conta da temperatura.

Depois de chegar à rotunda em frente à estação, ela ouviu um som de freio de carro. Um carro branco desacelerou e girou, parando na frente dela.

Foi um pouco suspeito. Haruka estava de guarda quando ela recuou. Então, a janela do assento do passageiro se abriu e as luzes do carro se acenderam.

— Haruka-chan, vou dar uma carona.

Por que ele sabe meu nome?

Ela sentia-se ainda mais desconfiada.

— Você não pode ter esquecido, certo? Estávamos juntos há pouco.