Parte 5

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— Oi, Yakumo. O que é que foi isso? Explique.

Gotou fez essa pergunta para Yakumo, que estava segurando o telefone móvel com uma expressão desapontada.

— Eu vi a criança na foto — disse Yakumo, entregando as fotos de volta para Gotou.

— Você sabe quem é criança? O rosto foi destruído, então...

— Embora não seja certo, você deve ser capaz de descobrir isso a partir do sexo, da altura e da forma, certo?

Faz sentido. Gotou aceitou isso.

Em vez de procurar uma identidade, Yakumo estava apenas colocando rostos juntos.

Ainda sim...

— Onde?

— Ele estava sentado no banco de trás de um carro. Que foi provavelmente o carro que o atingiu.

— Entendo.

Gotou abriu a janela e acendeu o cigarro.

— Se você está vai fumar, por favor, vá para fora.

— Oi, oi, este é o meu carro. Você não tem o direito de reclamar. Assim é que parece que o fantasma do garoto vai fazer alguma coisa?

— Talvez... Embora eu não percebi quando eu estava no túnel, agora que penso nisso, eu deveria ter sabido e considerado algo completamente diferente na mesma...

Yakumo mordeu o lábio em sua frustração. Isso significava que um acidente poderia ocorrer em algum lugar.

Gotou queria fazer alguma coisa, mas para ser honesto, seria difícil. Se ele usasse seu gps para seguir o carro, ele poderia ser capaz de evitar o acidente.

No entanto, não havia nenhuma razão para fazê-lo. A polícia não podia mover-se, porque um fantasma pode provocar um acidente. Mesmo que ele tentasse explicar qual era o carro que tinha atingido a criança, tudo o que tinha para provar isso agora era o testemunho de Yakumo.

— O proprietário do carro é seu amigo?  — Gotou fez a pergunta que de repente veio à cabeça.

— Não. Eu não seria o amigo de alguém assim, mesmo que fosse um pago.

— Entendo.

— Apenas

— Apenas o que?

Mesmo ele não dizendo, Gotou tinha uma idéia. Ele poderia dizer pela inquietação de Yakumo.

— Um conhecido meu está no carro.

— Aquela menina?

O rosto da garota chamada Haruka apareceu na cabeça de Gotou. Ela era tão bonita e amável que não combinava com Yakumo.

— Sim — disse Yakumo.

— Droga.

Gotou jogou os documentos no banco de trás e inclinou-se para trás em sua cadeira.

— De qualquer forma, foi útil.

Yakumo terminou a conversa e abriu a porta do carro.

— O que você vai fazer?

— Não é como se ela fosse minha amiga, mas eu não posso deixar ela sozinha.

— Você tem alguma idéia?

— Não.

Agindo difícil como sempre.

Mesmo que ele não tenha quaisquer ideia. Ele só poderia honestamente pedir ajuda. Era tudo tão problemático.

Detetive Psíquico Yakumo - Volume 1Onde histórias criam vida. Descubra agora