BEM VINDA

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Eu não sentia minhas pernas, minha mente era apenas uma escuridão que tinha pontos pequenos de luz branca, que osilavam em cima de mim.

Podia ouvir vozes ao meu redor, mais não conseguia indentificar de quem eram, sabia que ainda estava passando pelo parto, podia sentir formigamentos sobre minha pele e algo se mexendo ainda dentro de mim, querendo sair, o líquido gelado que era meu sangue, a enfermeira que não parava de falar do meu lado.

Barulhos ao meu redor, sons de máquinas que me monitoravam, a mim e ao meu filho.

Peeta e eu teríamos um filho, um menino como planejamos, como sonhamos durante toda minha gestação, minha fera me deu o melhor presente de todos.

Seu amor em forma de um mini peeta, tantas lembranças boas vinham como um filme romântico na minha cabeça, primeiro olhar intimidador de peeta, querendo me fazer medo, querendo me afastar, esse sempre foi seu objetivo, mais ele tinha mais medo de mim do que eu mesmo dele.

Nosso amor crescendo a cada dia, a cada obstáculo conseguido, não sabia se conseguiria viver sem isso, sem peeta do meu lado, sem seu corpo para esquentar minhas noites, sem seus lábios, sem ele pra me amar e me mostrar que havia mais dá campina, que nossos sonhos podiam sim ser reais.

Meus olhos ardiam, e as lágrimas caiam com mais frequência, senti um puxão saindo de dentro de mim.

_ saiu, vamos cortar o cordão....

_ está roxo senhor....

Disse alguém. Meu filho não chorou, meu coração se apertou esperando por algum suspiro de vida vindo dele, algum sinal que indicasse que ele estava vivo. Que ele também não me deixou.

Queria me levantar, mais não sentia meu corpo, nem nada. Foi quando num silencioso mortal, o choro preencheu o lugar, trazendo não só o desespero do bebê, mais os batimentos do meu coração que se alívio ao ouvir aquele choro estridente.

Consegui virar na direção de onde vinha o choro, mesmo sonolenta e com dores por todo lugar vê aquela coisinha se mexendo em desespero, era pequeno e estava coberto de sangue.

Consegui virar na direção de onde vinha o choro, mesmo sonolenta e com dores por todo lugar vê aquela coisinha se mexendo em desespero, era pequeno e estava coberto de sangue

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_ parabéns mamãe.... É uma menina....

Disse o médico sorridente ao segurar minha filha. Era uma menina, menina..... A escuridão me tomou novamente me puxou com força e deixei que ela me levasse.

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Peeta....

Meu corpo era movimentando para algo duro, ouvia algumas vozes me chamando, esperando alguma reação minha.

_ senhor mellark?

A voz chamava, levantei minha mão tirando aqueles fios e trecos de cima de mim, tentei me levantar mais me impediram.

_ não pode, está muito ferido.

Disse alguém, ainda não conseguia enxergar direito, quando abri bem os olhos estava num quarto todo branco, uma enfermeira aplicava algo em meu braço, protestei não querendo.

Ice HeartOnde histórias criam vida. Descubra agora