Sim ou Não

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entrei na sala de negócios de plutarch, o velho estava atras da mesa fumando um enorme por ronco que tinha cheiro de ervas fortes. entendia disso pois minha mãe trazia algumas para casa, para fazer unguento em ferimentos.

_vejo que cumpriu com sua promessa senhorita everdeen.

_não vou deixar minha família ficar na rua, vim fazer minha parte espero que faça a sua.

ele se levantou com a droga na boca e veio ate mim, me rondando como um lobo faz com sua presa. eu estava encurralada tinha que salvar o que era de minha família por mais que fosse sujo isso.

_você tem mesmo uma coragem indomável, o tipo de mulher perigosa.

_eu vim para cumprir meu trato, podemos andar logo com isso?

estava tremendo de medo, aguentando tudo para não chorar, plutarch se aproximou mais de mim cheirando meus cabelos, fechei os olhos quando a porta abriu de uma vez. dois homens entraram deixando o velho maldito perplexo.

_o que é isso?

me virei vendo peeta com seu manto negro cobrindo todo seu corpo, usava algo no rosto que eu não conhecia o que era. talvez uma mascara, não entende pra que isso exatamente. e o outro era um advogado.

_saia de perto dela agora mesmo.

ordenou peeta, a voz grossa transmitindo medo ao falar. plutarch voltou para sua cadeira e ficou encarando os dois homens, peeta era o mais curioso. por trás de algo que cobria o seu segredo que me deixava ainda mais curiosa, o que me fazia lembrar que eu o odiava, por causa dele que estava aqui.

_o que você quer mellark?

_sente-se senhorita everdeen.

mandou o advogado, me sentei cruzando os braços, peeta sentou no sofá e ficou me olhando calado, me fazendo sentir um calafrio enorme percorrer meu corpo.

_o que querem aqui?

perguntou plutarch voltando a fumar seu mal cheiroso por ronco. e encarou o advogado que abriu a pasta colocando vários papeis. documentos fichas.

_viemos tratar de negócios, do interesse do senhor.

_o que poderia ser do meu interesse, não tenho nada a tarar com vocês.

_a casa da senhorita everdeen, o senhor não pode tomar dela.

_claro que posso ela não pagou a hipoteca e fizemos um trato ela também não cumpriu.

_sua forma de trato é suja e repulsiva.

disse peeta se levantado serrando os punhos ao encarar plutarch que mantinha ainda sua postura vitoriosa. me encolhe estava me sentindo suja por ter aceitado, mais não tive escolha. meus olhos ardiam agora mais reprime o choro.

_ela aceitou então não foi tão repulsiva assim.

plutarch riu como um homem nojento que era. abaixei meu rosto envergonhada da escolha que fiz.

_você é um porco

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_você é um porco...

falei mais me calei em seguida com peeta em cima da mesa apertando o pescoço de plutarch que se assustou.

_senhor mellark se acalme não viemos aqui resolver com brigas.

disse o advogado, fiquei olhando peeta soltar o velho que mesmo assustado ainda mantinha aquele sorriso idiota no rosto. peeta se sentou de novo e não parecia nada contente com a situação. não sabia que ele era tão violento.

_viemos aqui por que meu cliente quer comprar a casa.

encarei peeta no mesmo instante, ele queria me ver mesmo na rua, me odiava tanto a esse ponto.

_comprar, mais ela não esta a venda, um comprador já assinou todos os papeis ela ira ser demolida e sera bem justo pois a anos elas não ligaram em pagar as contas.

_não tive como pagar, e ainda não tenho pois fui injustamente demitida.

olhei peeta e ele entendeu o recado, mais não disse nada, apenas continuo com sua postura viril e seria. não demonstrava nenhum sentimento, apenas a frieza que vivia dentro de si.

_agora é meio tarde para isso senhorita everdeen..

_pago o quanto for pela casa, diga seu preço senhor heavensbee.

_já disse que tem outro comprador..

_aonde ele esta então, não sairei daqui sem resolver isso.

peeta foi firme e estava mesmo disposto a comprar minha casa, não sei porque ainda estava aqui, no final do dia ficaria sem ter aonde morar.

peeta pegou uma coisa do bolso do enorme manto, e jogou sobre a mesa de plutarch, o mesmo quase cai pra trás da cadeira.

_abra.

ordenou peeta, continuei olhando ate plutarch decidir olhar o que era, abriu o envelope e arregalou os olhos fechando o mesmo no mesmo minuto, amassou e encarou peeta.

_como achou isso?

_me diga seu preço e ninguém terá que saber disso.

ele estava com as cartas na manga, algo negro sobre plutarch e ele sabia como usar, fiquei observando os dois se entre olhar, e o velho irritante se render, quem tinha dinheiro e poder tinha tudo, agora que notei isso.

_aqui esta senhor mellark, agora é sua, suponho que ira fazer bom proveito.

zombou plutarch. me levantei e caminhei ate a porta, como suspeitei estava sem casa, nem sabia como iria chegar e dizer a minha mãe e a prim.

_aonde vai everdeen?

perguntou peeta segurando meu braço me impedindo de sair. puxei o braço com força.

_arrumar minhas coisas e sair da sua casa senhor mellark.

_não precisa sair de lá.

_seria muita generosidade sua deixar eu e minha família ficar lá.

_claro que eles podem ficar lá.

suspirei aliviada, então ele não era tão ruim assim como eu pensava.

_obrigada mesmo de verdade.

_contanto que você venha morar comigo..

fiquei sem palavras, peeta não me olhava ate porque a mascara que ele usava me impedia de ver seu rosto, só via apenas a imensidão azul, profunda a espera de uma resposta.

_então, é sim ou não?

fiquei de mãos atadas.

Ice HeartOnde histórias criam vida. Descubra agora