Capitulo 85 ∆ I'm so fucked up

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Olho, pela que parece, milésima vez para o telemóvel que acabara de retirar do bolso de trás das calças e não vejo nenhuma notificação de mensagem no ecrã. Suspiro uma vez mais e dou um gole na minha terceira cerveja, se não estou em erro.
Decido abstrair-me um pouco do facto de Abigail não querer saber de mim ao não responder às minhas mensagens, como tal, viro-me no banco do balcão do bar onde me encontro e começo a observar as pessoas. Rapidamente avisto pessoas no espaço a dançarem, outras a esfregarem-se umas nas outras, outras a namorarem/curtirem/comerem-se, resumindo, vejo um pouco de tudo.

Assim que olho para um canto do espaço reparo numa rapariga que se encontra de costas para mim. Ela tem uns longos cabelos castanhos, estatura média e o seu corpo definido balança calmamente ao som da música a tocar. De certa forma ela faz-me lembrar a Abigail. Tem cabelos longos lisos e castanhos tal como ela, a sua altura é idêntica e já para não falar que o tipo de roupa que ela está a usar é completamente diferente das restantes raparigas que aqui estão, típico de Abigail. Ela transporta umas calcas de ganga um pouco largas, uma camisola de meia manga branca assim como uns ténis, também eles brancos. Se ela se virar para mim quase que posso jurar que a rapariga não está a usar maquilhagem, ou se tem, então deve ser demasiado leve para não chamar muito à atenção.

Quase como por instinto decido aproximar-me da rapariga. Continuo a observar o seu corpo a dançar ao som da música e reparo também que ela carrega um copo na sua mão direita, isto enquanto me aproximo calmamente. Assim que chego à sua beira, a rapariga nota a minha presença e vira-se imediatamente na minha direção. Tal como calculei ela não tem qualquer tipo de maquilhagem, tens uns olhos verdes completamente viciantes e bastante apelativos.

Ela sorri na minha direção e aproxima-se mais da minha pessoa, começando a mexer-se e fazendo-me acompanhá-la. Instantaneamente levei a minha mão à sua pele morena que se demonstrou macia ao meu toque. Ela fecha os olhos mas rapidamente os volta a abrir e vejo os seus lábios carnudos a entreabrirem-se. Antes que a rapariga consiga dizer alguma coisa eu levo o meu dedo indicador até à sua boca imediatamente, parando-a. Simplesmente abano a cabeça negativamente tentando fazer com que ela perceba que não quero que ela diga nada. Ela ri-se mostrando-se já um pouco embriagada e algo me diz para me afastar dela por isso.

Rapidamente esse pensamento desvaneia-se da minha mente ao sentir o seu toque por baixo da minha camisola. Seguidamente sinto os lábios da rapariga no meu pescoço até chegarem aos meus lábios. Eu sei que ela está embriagada, eu sei que estou embriagado e que isto não devia de estar a acontecer, mas assim que os seus lábios tocaram em mim eu apenas consegui pensar numa coisa: Abigail.

Comecei a pensar no seu toque, nos seus lábios nos meus, no seu sorriso, nos seu olhar, na sua pele tão macia, nos seus cabelos castanhos compridos, na maneira em como ela conseguia me fazer sentir com um simples sorriso tímido, da sua maneira bastante reservada de ser, do formigueiro que se alastra por todo o corpo, a famosa sensação das borboletas na barriga.

Instantaneamente comecei a imaginar que era Abigail que estava aqui comigo, pensei que era ela quem me estava a beijar, pensei que era ela que neste momento me guiava pela multidão até algum sítio.

Eu apercebo-me que estou numa casa de banho assim que entro no espaço e vejo os pequenos compartimentos. Um pouco atrapalhadamente sou levado para dentro de um dos compartimentos e rapidamente encostado à porta que se fecha. Sinto novamente umas mãos a tocarem por baixo da minha camisola e sei perfeitamente que é a rapariga de à pouco, mas a minha mente insiste em pensar como se fosse a Abigail a tocar-me neste momento, mas não é isso que eu sinto.

Os meus lábios são atacados novamente e não sinto a típica sensação no estômago que Abigail me dava. Decido trocar-nos de lado e, como tal, agarro nos braços da rapariga, que eu desejava ser Abigail, e rodo-nos, encostando-a contra a porta.

Imagina que é a Abigail, Hayes.
Imagina que é a Abigail, Hayes.
Imagina que é a Abigail, Hayes.

Digo para mim mesmo as vezes que se mostram necessárias ao mesmo tempo que procuro o botão das calças de ganga que a rapariga transporta e rapidamente o desaperto fazendo-a livrar-se da peça de roupa o mais rápido possível. Ela ajuda-me a fazer o mesmo com as minhas calças e rapidamente baixo a minha roupa interior também. Faço uma pequena força atrás das suas coxas, dando-lhe a entender para ela subir para o meu colo, e assim o faz. Com ajuda da minha mão, desvio um pouco as suas cuecas e faço com que o meu membro se pressione dentro dela, ouvindo-a a soltar um som em aprovação.

Sem me preocupar se a magoava ou não comecei a entrar e sair dentro dela um pouco violentamente, mas penso que ela não se estava a sentir incomodada devido aos sons saídos pela sua boca.

Eu apenas queria pensar que aquela rapariga era a Abigail, queria tentar fazer com que as saudades que eu sentia dela desaparecessem ou, pelo menos, diminuíssem. Eu sinto-me frustrado neste momento, sinto-me quebrado, sinto-me inútil e, acima de tudo, sinto-me como se estivesse a magoar Abigail.

Para além disto, eu não consigo sentir mais nada, é impossível esta rapariga se tornar na Abigail, é impossível ela me fazer sentir tudo aquilo que a Abigail me faz sentir.

Eu estou a fuder uma rapariga na casa de banho de um bar e não consigo pensar em mais nada senão em Abigail. Eu não estou contente com o que estou a fazer, de forma alguma, eu apenas precisava de uma distração. Eu precisava de esquecer a rapariga de longos cabelos castanhos por uma noite, precisava que este vazio que sinto dentro de mim se preenchesse, nem que fosse apenas por um curto espaço de tempo.

Estou tão fudido...

Dating Text, AGAIN ∆ H.GOnde histórias criam vida. Descubra agora