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- O que é? – meu estômago estava começando a revirar de nervoso, e só piorou quando descemos das pedras e começamos a caminhar.

- Eu sei que sou pobre, que não posso te oferecer muito...

Não sei quem estava mais nervoso, eu ou ele.

- Também não o cara mais bonito e perfeito do mundo, mas Ayla – ele pausava a fala no momento mais crítico ou para fazer suspense, ou para ter a garantia de que não ia ter um ataque cardíaco – Eu seria o homem mais feliz do mundo se você disser sim para essa pergunta.

Marc deu alguns passos para o lado e puder as palavras escritas na areia:

"Ayla Miller, me daria a honra de ser a minha namorada?"

Cobri o meu rosto tentando conter as lágrimas, mas foi em vão. Nunca pensei que algo assim poderia acontecer, quer dizer, para mim eu já era a namorada de Marc, mas pelo visto ele quis oficializar da melhor maneira possível.

- Você não gostou? Acha que foi cedo de mais? – ele perguntou com a cara em pânico por pensar que tinha estragado tudo.

- Sim – consegui dizer através dos soluços.

- Eu estraguei tudo não é? Deveria ter comprado as alianças, ou nem feito o pedido...

- Para de ser bobo – segurei o rosto dele com as duas mão – A resposta para a pergunta na areia é SIM!

- Sim?

- Sim!

- SIM?!

- SIIM!!!!

Marc se levantou, me ergueu pelas pernas e gritou.

- ELA DISSE SIM!!

Comecei a rir enquanto ele me descia.

- Sim é a resposta para todas as perguntas que você me fizer – falei passando o meu braço por cima dos ombros dele.

- Até quando eu achar que estraguei tudo e der piti? – ele riu de si mesmo e segurou na minha cintura.

- Você não precisa surtar. Para mim, se eu estiver com você, tudo é perfeito.

Encostei os meus lábios nos dele, um minuto antes de ouvir um grito.

- VIVA OS NOIVOS!

- Eles ainda não podem casar, seu maluco – Elisabeth bateu no ombro de Demian enquanto o resto dos nossos amigos chegavam devagar.

Marc sussurrou no meu ouvido enquanto os outros dois ficavam discutindo.

- AINDA não...mas um dia ainda seremos marido e mulher.

Sorri ao imaginar como seria casar com ele, como seria vê-lo parado em cima do altar me esperando...

- Promete?

- Com todo o meu coração.

Consegui beijá-lo de leve até ouvir Gretel gritar.

- Vamos pessoal! Sinto muito, mas já está anoitecendo.

- Ah meu Deus, agora que eu consegui chegar aqui e já tenho que voltar – Ana reclamou e todos começaram a voltar, incluindo Amara, Catarinne, Alberth, Aurora e Camille.

Não havia percebido que o sol já tinha ido embora, o que também não me importava já que o meu sol, minha lua e as estrelas estavam dentro dos olhos de Marc.

...

O voo de volta foi tranquilo e uma ótima oportunidade para observar o céu noturno de cima.

- Vocês viram a lua? Estava cheia! – Aurora saiu da limusine deslumbrada com a possibilidade de ver a lua mais de perto.

- Estava muito bonita, mesmo – Alberth disse e Camille confirmou com a cabeça.

Felipe estava na porta do palácio para nos receber.

- Olá príncipe – cumprimentei formalmente só para irritá-lo mas não funcionou.

- Olá senhorita – ele brincou – Tenho um presente para você e Marc.

- O que tem eu? – ele perguntou se aproximando.

- Gostaria de presentear vocês dois pelo namoro.

- Como você sabe? – perguntei

- Sei de muitas coisas, boas e más. Porém prefiro compartilhar apenas as boas.

Fiquei confusa com aquele comentário, mas não me deram tempo para perguntar quais eram as coisas ruins que ele sabia.

- Bom, isto é para Marc – ele entregou a máquina fotográfica – E este é para você, Ayla.

Ele me entregou um álbum de fotos de capa dura, branca e dourada.

- Não podemos aceitar – falei e Marc concordou.

- Vocês não tem opção. É um presente simples, mas assim como vocês, um completa o outro.

Era verdade, não temsentido ter fotos sem ter aonde guarda-las; assim como não tem sentido ter umálbum de fotografia vazio. E era assim que eu e Marc éramos, nenhum vivia sem o outro.

Les AllésOnde histórias criam vida. Descubra agora