20, 21 e 22

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Capitulo 20: O dragão negro.
Iron
Quando Yamato abriu a porta me assustei, era um enorme dragão negro adulto. Existem três tipos de dragões, os azuis que vivem nos mares e soltam jatos de alguma coisa que não se sabe o que é exatamente, mas funciona igual nitrogênio liquido. Também tem os vermelhos que possuem um poder fogo imensamente alto, entretanto os mais perigosos eram os negros. Os dragões negros soltavam fogo como os vermelhos, só que eles alem de maiores eram muito mais fortes fisicamente e é claro, se camuflam melhor a noite, isso só dificultava pois estava quase anoitecendo.
-Nossa (comecei a dizer) os negros são bem maiores que os vermelhos. Te contei da historia quando um jovem matou um dragão vermelho em minha cidade?
-Isso não importa (disse Yamato parecendo nervoso) temos que mata-lo antes que anoiteça.
O dragão deu um rugido e soltou fogo em nossa direção, ouvi um barulho semelhante a de algemas se soltando. Desviamos do fogo e o dragão saiu para fora, ele devia ter uns cinco metros de comprimento, era todo negro e seus olhos vermelhos.
Yamato pulou em cima dele e tentou enfiar a espada em sua cabeça, mas a fera levantou voou e derrubou o guerreiro. O dragão estava ganhando vantagem de terreno, isso seria horrível para nós, um monstro enorme cuspindo fogo em cima da gente que não poderia fazer nada para se defender.
Olhei para o lado, havia uma arvore bem alta, corri em direção a ela e depois subindo em seu galho, nem eu sabia que podia fazer aquilo. Sai de sua copa e saltei, consegui me segurar no rabo do dragão que olhou com cara feia para mim. Ele sacudio o rabo e usei o impulso para cair em cima de suas costas:
-Incrível (eu disse) parece um cavalo gigante.
Devíamos estar voando a uns seis metros de altitude, o dragão saiu de perto do celeiro e Yamato corria por entre as arvores que ficavam atrás dele. O dragão começou a girar para tentar me derrubar, me segurei firme mas ele me derrubou em uma pastagem do sitio. Cai de costas e vi o dragão se preparando para cuspir fogo, não ia conseguir levantar e desviar do golpe, seria meu fim. O dragão se preparou e mandou uma enorme rajada de fogo em minha direção, a defesa que usava contra os golpes de Mat não ia funcionar pois um mostro daquele na fase adulta era muito mais poderoso.
O fogo parecia se aproximar de mim em câmera lenta, ai me lembrei de como Mat usava sua katana para conduzir suas rajadas de fofo. Coloquei minha katana na frente do meu peito e pensei em um raio de luz branca saído dela, derrepente seu brilho branco ficou mais intenso e um raio de magia saiu de minha espada confrontando com o golpe do dragão. O mais incrível foi que o monstro não podia segurar seu golpe por muito tempo então o meu acabou o atingindo.
Nesse momento surgiu Thay, mas agora voando e possuído por Kasshia:
-Belo golpe Iron ( ela disse por ele) consegue repetir?
-Creio que sim (respondi).
Kasshia deu um sorriso e invocou dois tentáculos e usou-os para amarrar o dragão, ele começou a rugir. Sabia que a parte interior dele era mais frágil pois não teria a grossa pele para protege-la, mas como conseguiria chegar a altura da boca do bichou para lançar um golpe La dentro?
Pensei em como usar a magia para fazer isso, ainda não tinha aprendido a voar, na verdade nem Thay sabia, ele precisava do espírito, sem Kasshia ele ainda era de terceiro grau. Então me lembrei das esferas que marcam os graus, invoquei minhas duas e as coloquei no ar. Com um salto sai do chão para a primeira e com outro para a segunda, saltei a ultima vez e fiquei cara a cara com o dragão. Ele abriu a boca, ia soltar outra rajada de fogo, mas eu fui mais rápido e o acertei com  minha rajada de energia. O dragão caiu com muita força no solo e o rachou.
Thay voltou a invocar Yamato, estávamos na mesma altura, ele invocou sua katana espiritual e me disse:
-Hora de aceta-lo e acabar com isso
Nós dois caímos e cravamos as katanas na cabeça do dragão, o velho se aproximara da gente, deu-nos nosso dinheiro e fomos embora, foi uma boa aventura até.
General Shiro
Assim termina o oitavo dia de testes, Maik se juntou com seu irmão e conseguiram roubar o banco de Maguda, foi uma ótima missão e receberam 600 pontos cada, possuem respectivamente 1000 e 1700 pontos no nível 2. Mat fez dois ataques com seu pai, um na base que tentei defender e um na base próxima, recebera 500 pontos indo para 1000 pontos no nível 2.
Thay e Iron receberam 500 pontos por matar um dragão negro, agora ficaram com 1900 e 1500 pontos no nível 1.
A partir de agora as coisas vão ficar mais interessantes.
Capitulo 21: Ataque no deserto.
Iron
Hoje está um belo dia para se sair das matas do reino do Sul e voltar para os desertos do Oeste. Após uma noite em uma pousada Thay e eu acordamos cedo para ir ate o vilarejo Sul de Machi. Quando estávamos para sair das muralhas da cidade encontramos um grupo de viagentes, era uma família com pai, mãe e um casal de filhos. O casal nós ofereceu carona, aceitamos, andar de carroça seria bem mais rápido e pratico que caminhar.
Durante o percurso estava ouvindo alguns barulhos estranhos, olhei para Thay e ele também parecia incomodado. O deserto era um local bem perigoso, sempre podíamos encontrar dragões ou coisa pior, um herói de verdade sempre tem que estar atento a todos os ruídos, nunca se sabe quando alguém vai querer te matar:
-Thay, alguma coisa esta estranha( disse) o chão parece estar tremendo.
-Isso é por causa da carroça (disse o homem) alem de estar velha esta com muito peso.
-Kasshia e Yamato estão dizendo que alguma coisa pode acontecer (disse Thay) mas eles não sabem o que.
Nesse momento a terra ao nosso lado se levantou em três montes, como se uma criatura cavasse muito rápido por debaixo dele. Um dos montes acelerou e entrou na frente da carroça, ele saiu do chão e era uma enorme minhoca de areia.
As centopéias de areia são aquele tipo de monstros mais perigosos que os dragões, alem de atacar de surpresa por debaixo da terra seu corpo é muito mais resistente ela é toda coberta de espinhos pela lateral, se bem que esses “espinhos” são maiores que chifres. Claro o mais importante delas, geralmente tem quinze metros de comprimento e um rabo com um espinho que o atravessa, aquilo é quase do meu tamanho e alguns guerreiros usam aquilo literalmente como arma.
O homem que nos levava tentou brecar a carroça, mas ela acabou capotando. Thay e eu saltamos antes disso, ele invocou Yamato e disse:
-Me siga.
Com uma imensa habilidade ele saltou na carroça ainda em queda e a usou como impulso para chegar até a criatura que nesse momento descia de volta para o solo. Aquele era um filhote pois não era tão grande assim, do mesmo jeito Yamato subiu em sua boca e saltou de novo, a criatura abriu a boca circular que era rodeada por três camadas de dente. Yamato invocou sua espada e a soltou, ele colocou o pé em sua base a lançou com imenso poder. A katana espiritual atravessou a coluna vertebral da criatura que caiu morta no chão:
-FAÇA O MESMO (ele gritou para mim enquanto caia) ESSAS CRIATURAS SO PODEM SER MORTAS DE DENTRO PARA FORA.
Yamato vinha correndo em minha direção enquanto as outras duas criaturas nos circulavam, acho que ele ia me lançar no ar para fazer o mesmo que ele. Comecei a correr na direção dele, ele fez algo igual a um “pezinho” para me dar impulso, fui jogado muito alto e nesse momento outra criatura se levantava, não consegui chegar ate sua cabeça, saquei minha katana e tentei enfiar no mostro, fui descendo e á rasgando, porém o monstro não sentiu nada:
-Mas que droga (disse para mim mesmo) Yamato o que estava fazendo?
-Me jogue (ele respondeu correndo em minha direção) não podemos enrolar aqui, eles podem ferir os outros.
Ai me toquei que essa luta não era como a contra o dragão, a qualquer momento aquelas minhocas de areia podiam virar para as pessoas que estavam nos dando carona, mas como levantaria o corpo de Thay tão alto?
Comecei a correr em direção a ele, a criatura estava caindo com a boca aberta para me devorar, não teria força para levantá-lo aquela altura com minhas mãos, então tive uma idéia. Quando ele chegou perto de mim eu escorreguei pela areia e coloquei as pernas para cima, ele pulo nos meus pés e eu dei o impulso. A criatura ainda estava a uns 10 metros de altura quando Yamato entrou em sua boca e atravessou cortando a criatura. Restava só mais uma.
Levantei-me e vi a outra criatura, ela estava prestes a saltar do chão e bem próxima de mim. A minhoca saiu do chão, coloquei minha katana na bainha e segurei entre os dentes dela. Era incrível a força daquele animal, em alguns segundos estávamos a uns dez metros de altura, virei meu corpo para entrar dentro do monstro e matá-lo, mas algo deu errado. Não consegui me apoiar e comecei a cair para o estomago da minhoca.
Tudo estava escuro e só tinha a luz da Lamina que brilhava. Senti a criatura virar e entrar na terra. Sabia que aquelas minhocas quando comem uma vitima cavam fundo no subsolo para digeri-las, precisava sair de lá rápido. Olhei para o lado que entrei e corri para o outro, sairia perto da cauda. Quando bati em algo solido sabia que tinha chegado no fim da criatura, me afastei um pouco e lancei um raio por minha katana, ouvi um urro forte do animal, havia feito um buraco em seu rabo. Olhei para cima e vi Thay sem estar possuído olhando para mim, estava a uns sete metros de profundidade já:
-Quer ajuda para sair daí? (perguntou Thay).
-Seria ótimo (respondi).
Thay invocou Kasshia e que me tirou de lá com um tentáculo de energia, o homem que nos deu carona agradeceu por temor salvado ele e a sua família e nos pediu para que carregássemos os corpos das criaturas. As minhocas de areia por terem uma couraça muito dura são usadas para fazer armaduras bem resistentes, valiam um bom dinheiro.
Ajudamos o homem a carrega-las, eles nos deu cinquenta moedas de ouro que dividimos, cada um daqueles monstro valia aquilo, talvez não o menor que deveria render umas trinta. De qualquer forma chegamos no vilarejo por volta do meio dia, já havíamos ganho 300 pontos então estávamos no lucro.

Capitulo 22: Um chamado especial.
Iron
Após chegarmos ao vilarejo Sul de Machi, Thay sugeriu que passássemos a tarde treinando, como já havíamos ganhado pontos hoje concordei. Ele estava quase aprimorando seu quarto grau em magia enquanto eu fortalecia meu segundo, treinávamos do lado de fora da cidade até que uma caravana se aproximou de nós:
-Vocês são Thay e Iron, guerreiros que tentam o titulo de herois pelo pelo Instituto de Herois? (perguntou o homem que dirigia a carruagem).
-Sim (Thay respondeu).
-O Governador da cidade de Machi deseja falar com vocês.
Não que em nossa sociedade não existissem carros, acontece que os reis e governadores costumavam se locomover em carruagens em curtas distancias. Nossa sociedade era dividida basicamente assim, nas grandes capitais vivia os reis, e nas outras cidades seus governadores (exceto no reino Sul e Norte que eram imperadores e governadores), O reino do Oeste possuía sua capital Gasuto, e outras quatro grandes cidades, Maguda (a da divisa com o reino do Oeste), Machi (a mais ao sul), Inazumi (a mais ao Oeste) e por fim Natsu (a mais ao norte e minha cidade natal). Cada umas dessas cidades tinha seu governador, pessoa abaixo do rei no comando, mas o que será que o governador de Machi iria querer conosco? Se fosse alguma missão de Domon ele iria se comunicar pelas pedras.
Um homem usando uma bela armadura prateada e com duas espadas cruzadas nas costas saiu de dentro da carruagem:
-Menino Thay (ele disse) tenho uma missão importante para você, ia pedir para seu pai, mas ele se disse muito ocupado. Creio que esta em discussão com o rei do mundo dos espíritos.
-Sim eu sei (respondeu Thay) desde a fuga dos cães ele se irritou, mas tenho certeza que não atacara.
-O problema não é esse, o cão que fugiu está no palácio dos espíritos devorando almas, por isso a situação delicada e por isso preciso de sua ajuda.
-Eu ainda estou aqui (respondi).
O rei me olhou com uma cara feia, mandou que subíssemos na carruagem e ia nós levar a Machi, no caminho foi me explicando a situação:
-Não sei se você conhece a historia Iron, mas vou lhe contar. Sempre que alguém morre ela vai para um dos selos de passagem do nosso mundo para o mundo dos espíritos, existem dois deles, um fica no palácio de Machi e o outro no palácio de Yusseusu no reino do Leste. Se uma alma é boa ela passa para o pós vida e vai para algum lugar desconhecido, se é meio termo ela reencarna para viver novamente, mas sé é má, bem.
-Ela vira escrava de Kaiete, o rei do mundo dos espíritos (disse Thay), ele vive em um palácio onde possui vinte espíritos de cães que impedem que seus escravos fujam. No dia em que nos separamos ajudei meu pai a captura os cinco que tinham fugido, mas um deles escapou.
-Sim (prosseguiu o governador) agora ele esta na passagem, atacando as almas que vão para lá e busca do julgamento.
-Derrotar um cão fantasma? (disse em tom risonho) não será tão difícil.
-Quem dera (disse Thay) as coisas do outro lado sempre são mais difíceis.

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