"Faça-me sentir especial
E faça-me sentir amado
Faça-me sentir algo
Ultimamente a vida tem me feito entorpecido."
Ilusm - Gnash
(Então não me largue)
—Ah! —Gritei assustada e percebi que havia acordado, um sonho estranho me fez despertar, algo como Chris dizendo que não conseguiria me largar, mas óbvio que era um sonho, assim que abri os olho e olhei ao redor percebi que estava sozinha, mas jurei que havia dormido no tapete, agora meu corpo estava sobre a cama como que com uma mágica estranha do sono.
Me levantei ainda tonta e coloquei as pantufas, caminhei até o corredor e desci as escadas, olhei no relógio e eram cerca de quatro da manhã.
Caminhei até a cozinha e abri a geladeira, peguei uma garrafa d'água e bebi até a metade, senti uma respiração atrás de mim e meu coração acelerou.
Me virei girando a garrafa como um taco de baseball e ouvi um grunhido histérico.
—Você quer me matar com uma garrafa sua louca?! —Ellie gritou ligando a luz e por alguma razão eu tive um ataque de riso, a marca da garrafa estava vermelha e estampada na sua testa.
—Desculpa, modo de defesa sabe... —expliquei e ela riu pegando a garrafa da minha mão.
—Chris me contou o que aconteceu. Você está bem? —Ellie perguntou e eu respirei fundo, eu estava bem, mas meu medo era de que Chris não estivesse bem. —Ele está bem mal, as marcas dos dedos ficaram no pescoço dele —Ellie falou e eu quase engasguei, a encarei assustada e senti minhas batidas congelarem, como se o tempo estivesse parando pouco a pouco.
—Ele estava ruim mesmo... —falei vagamente e comecei a caminhar em direção aos degraus, meu corpo se movia sozinho, como se algo sobrenatural me puxasse pela escada.
—Vai dormir, eu sei que você está cansada, vou ficar aqui na sala, então grite se precisar —Ellie falou e eu sorri, subi as escadas, mas eu senti que deveria olhar como ele estava, uma força estranha me puxando sempre na direção dele.
Sempre na direção daqueles olhos azuis.
Empurrei a porta do quarto de Chris e me impressionei por não me sentir culpada com o que estava fazendo, talvez porque eu realmente queria fazer.
—Chris? —tentei ajustar meus olhos na escuridão e observei o ambiente, logo consegui ver onde ele estava. Chris estava deitado sobre a cama, o lençol jogado no chão e ele usava apensas uma calça moletom, deixando seus músculos à mostra.
Na minha cabeça eu tentei me controlar, dizendo que só precisava olhar se ele estava bem, e nada além disso.
—Eu espero que você não tenha se machucado tanto —Sussurrei me sentando ao seu lado na cama ele se moveu para o lado me dando um susto.
Coloquei a mão no peito e percebi que estava sendo idiota, isso não ia adiantar com os meus batimentos acelerados.
Me abaixei e toquei seu pescoço com cuidado, as marcas dos dedos apareceram de repente iluminadas pela luz da noite e eu arfei assustada, eram como grandes hematomas, acariciei o local e senti uma onda estranha me invadir, ele me fazia querer protege-lo, mas apesar disso ele também queria me proteger.
Eu só estava complicando as coisas, talvez porque eu sempre precisei ser a minha proteção. Era realmente errado achar que ele iria sumir se eu o tocasse?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Insanidade
RomanceOlá. Talvez não seja um prazer, não sei. Não confie nas pessoas, todas elas mentem. Meu nome é Charlie Watson, e essa é a história de como eu cruzei a linha entre a sanidade e a insanidade. Essa é a história de como eu conheci o amor da minha...